Capítulo 12 - Destiny

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Enquanto a Enzo e Zoe, eles continuavam aprontando todas com a perua. Essa era a salvação dos dias. E enquanto ao meu coração... Ele só pertencia a uma pessoa: Noah Urrea. Eu sabia que nada conspirava ao meu favor, mas não tinha como acabar com esse sentimento de uma hora para outra.

Estava sendo difícil, posso afirmar.

A campainha começara a tocar e então, logo desci dando de encontro com o homem de olhos esverdeados.

...

— Achei esse o lugar mais apropriado para trazer uma dama como você. — Ri de lado e Zed deu­-me uma piscadela

— Se eu soubesse que me traria a um lugar tão adulterado, teria me arrumado de uma maneira melhor. — murmurei.

— Melhor que isso? Impossível. — Corei levemente.

— Zed quero que saiba que... Isso não passa de um bom jantar entre bons amigos. Espero que não esqueça disso.

— Nem se eu quisesse esquecer, você deixaria, Sina. — gargalhei baixinho. — Eu não costumo não ter o que falar com mulheres bonitas, mas é que... Você é diferente.

— Zed, nada de elogios acima do que um bom amigo discorreria.

— Wow! Tudo bem, vamos pedir? — Assenti levemente.

Enquanto Zed dizia ao garçom o que iriamos querer, meus olhos rodaram por todo o restaurante. Com certeza, aqui só viriam pessoas de condições altivas. Ainda fazendo meus olhos jorrarem pelo local, eles simplesmente repousaram no moreno de olhos castanhos. Noah Urrea estava ali com ela. Ele a trouxe para um jantar romântico. Isso realmente era demais para meu desprovido coração.                       

Oh, destino, me diga: Se não somos um para o outro, por que sempre o coloca em meu caminho?                      

— Sina? Sina?! — Zed estalou os dedos perto de meus olhos e então eu saí do meu pequeno – e ao mesmo tempo grande – transe. — Está se sentindo bem?                       

— E-­Eu? Sim, claro. Eu estou ótima. —Forcei meu melhor sorriso. — Zed, será que me daria um segundo? Preciso ir ao toalete. — Ele assentiu com um sorriso afetado                      

Adentrei ao banheiro e logo passei as mãos molhadas sobre minha jugular. Deixei que as lágrimas rolassem, por já não aguentar mais, tudo a minha volta. Soltei, por fim, um longo suspiro. De repente, a porta se abre mostrando a mulher que atualmente tanto me enojava.                       

— Ora ora ora... A empregadinha num restaurante tão fortuito. — Enxuguei rapidamente as lágrimas sobre minha face e a fitei com com indiferença.                      

— Creio que fora do meu ambiente de trabalho exijo respeito e que não me trate por "empregadinha".                       

— Mas, querida, não é um simples ambiente de trabalho que distingue do que você é realmente.

— Cale a boca, sua perua. — Ela gargalhou friamente de mim

— E ainda por cima é violenta. Oh, Deus, quem meu noivo colocou para cuidar de meus queridos enteadinhos? — ela enfatizou a palavra "noivo", como de alguma forma, soubesse que aquilo, realmente me afetava.

— Não inclua Enzo e Zoe nessa história, sua hipócrita.

— Como não os meterei? Eu serei a futura mamãe deles, queridinha. — pegou de dentro de sua bolsa um batom avermelhado. — E quando isso acontecer, acredite, eu demitirei você com todo o prazer desse mundo. — Começou a passar devagar nos lábios.

— Porquê tem tanto ódio de mim? O que eu a fiz?

— Não se faça de sonsa, empregadinha. Pensa que não vejo como olha para Noah? —guardou o batom na bolsa e começou a tirar as imperfeições. — O devora com seus belos olhinhos azuis, mas, considere isto: Ele é meu.

— Eu... Eu não sei do que está falando. — Engulo seco

— Ah, sabe. E como sabe. No entanto só quero que fique ciente de que, Noah Urrea é meu futuro marido. É comigo com quem ele escolheu ficar e casar. — Me fitou. — E você... Você não passa de uma insignificante empregadinha.

— Sabe de quem mais tenho pena? Das crianças, pois elas realmente, não merecem uma madrasta como você.

— Fique longe do Noah. Este é meu único aviso para você.

— Eu só espero que você não o intoxique com seu veneno, afinal de contas, você não passa de uma cobra. — Ela gargalhou se menosprezando de mim.

— Tenha uma noite desagradável, querida. — E então saiu rebolando seu traseiro avolumado
Eu não iria chorar. Não havia mais lágrimas. Eu apenas saí de lá com minha cabeça arisca, mas notei que finalmente, Noah havia me visto.

— Você demorou, está tudo bem Sina? — Zed perguntou assim que sentei-­me na cadeira.                      
— Apenas um dor de cabeça muito chata. — Sussurro, mas tento agradar-­lhe com um meio sorriso.                       

— Tem certeza que é só isso? Se preferir, podemos ir embora e deixar o jantar para um outra oportunidade. — Neguei freneticamente com a cabeça.                      

— Imagine Zed, não deixarei uma maldita dor de cabeça estragar nossa noite                       

— Nossa noite? — Ele franziu o cenho e deu um belo sorriso                      

— É. Ou você não quer que seja nossa noite?                       
— Eu não sei, talvez isso me diga. — Ele se ergueu de sua cadeira e num ato célere, senti seus lábios se colarem com os meus. Eu tentei me esquivar, mas a sua magnitude não deixou. E então, descolamos nossos lábios com um selinho rápido.                      

— Não devia ter feito isso. — ri um pouco tímida, até olhar para o lado devagar e notar que Noah estava beijando Khadijha.                     

Talvez tudo que ele tivesse me dito não fosse realmente verdade. Talvez todas aquelas palavras e aquele beijo não tenham sido importantes para ele tanto quanto foram para mim.                      

Talvez eu fosse apenas o que Khadijha havia dito: Uma insignificante empregada. Uma maldita e ingênua babá que jurava que as palavras que saía da boca de Noah Urrea, podia, de alguma forma, serem sinceras. Mas não eram. E, num rápido instante, a pergunta que eu havia feito para o destino tinha sido respondida: Ele apenas queria que eu visse que não adiantava amar por si só. Que ele está me dando a chance de recomeçar. Em palavras mais exatas: Ele só queria, de uma vez por todas, me dizer que, Noah Urrea nunca me pertencerá.

nossa adorável babá | noartOnde histórias criam vida. Descubra agora