Dad's In Love

I

🐱

Ser pai cedo nunca foi, na realidade, um sonho de consumo. Na verdade, se dependesse de Yoongi, ele nunca seria pai, nunca se casaria e viveria de comidas gordurosas que lhe dariam um grande problema no colesterol. Não sairia de dentro da própria casa — só para comprar o básico do básico para não morrer — e se transformaria em um acumulador de bonecos e pelúcias do Kumamon, Anpanman e de álbuns dos grupos de k-pop que gostava.

Mas, como dito antes, era se dependesse dele, só que nada de sua vida foi decidido por si mesmo.
 
O destino parecia querer ferrar-lhe até ele gritar por arrego. Enfiou uma mulher em sua vida enquanto aproveitava uma festa adolescente, por que, ele era a merda de um adolescente catarrento que ainda cheirava a urina! Nem Yoongi, nem a garota entendeu alguma coisa quando acordaram no dia seguinte, da forma que vieram ao mundo dentro do quartinho de limpeza da casa em que a festa ocorria. Eles estavam só o pó da 'rabiola e não se lembravam de absolutamente nada do que tinha acontecido.
 
Normal. Ele tinha bebido como se o mundo fosse acabar no dia seguinte, estava a ponto de entrar em coma alcoólico quando aquela garota apareceu. Eles tinha transado! E Yoongi nem gostava de garotas! É claro que, alguns meses depois, a mesma garota apareceu na casa de sua mãe — incrivelmente, eles se conheciam porque estudavam no mesmo colégio — falando que estava grávida de si.
 
Grande bosta.
 
Yoongi não ligou — e nem acreditou é claro —, mas sua pobre mãe praticamente arrancou sua traqueia fora quando conversou com a menina e descobriu que ela havia sido praticamente engolida pelos próprios pais. Eles ainda eram crianças! Um de dezesseis e outro de dezessete! E ele ainda era o mais novo!

Yoongi ficou a um pequeno ponto azul no meio do oceano de se bater até ficar tão machucado que nem sentiria mais dor.
 
Burro, burro, mil vezes burro!
 
Eles se casaram após o nascimento de Taeyung, saíram de Daegu para se matarem em Seul. Ficaram juntos por três anos, até que, Misuki Hanabi, sua esposa, decidiu que já estava bom de ficar insistindo em um casamento que, com certeza, estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar e pediu o divórcio. Foi uma separação calma, eles não tinham nenhuma propriedade em seus nomes, então, não tiveram que dividir nada... Só que não.

Taeyung existia. Estava com três anos e meio, quase quatro e rolou, gritou, esperneou, implorou e ameaçou até aceitarem que ele ficasse com o pai.
 
Hanabi não conseguia nem ferver uma água direito! Mataria os dois no primeiro dia e nem saberiam a causa da morte!
 
Hoje os dois são amigos. Tae ficava alguns fins de semana com Han e assim eles revezavam. Conseguiam ser uma família harmoniosa apesar de tudo.
 
E, às vezes, Yoongi cogitava se não teria sido melhor ignorar os gritos desesperados de Taeyung para morar consigo. Aquele garoto era sua cópia e não, não era de uma forma boa. Era uma peste!

Como seus melhores amigos tinham dito: "crianças são agentes secretos, como os Pequenos Espiões. Eles observam as coisas para depois dar com a boca no trombone e contar tudo se não fizéssemos tudo o que eles querem". E aquele diabinho era dessa forma, se não pior.
 
Min Yoongi passou por diversas fases, sua mãe lhe contou todas como se tivesse gravado tudo em sua mente. Contou-lhe cada mínimo detalhe de sua personalidade quando criança, pré-adolescente e adolescente, até não conseguir segurar o próprio pinto dentro da calça e engravidar Hanabi. E, é claro, avisou, antecipadamente, que Taeyung seria da mesma forma, porque, segundo ela:

"[...] o sangue ruim que seu pai tinha passou todo para você. ‘Ô raça ruim! Quando você era um bebê, parecia um anjo, 'dava zero de trabalho, mas quando cresceu... Deus me perdoe, mas eu quase te ‘taquei no caminhão do lixo umas quatro vezes [...]". Informações que deixaram Yoongi a beira de um colapso nervoso.
 
Agora, podia dizer mesmo que Taeyung era ele todinho. Quando bebê, até o oitavo mês, foi um anjo. Após esse período, caiu do céu e não foi no sentido bonitinho. A criatura não parava quieto de maneira nenhuma!