[𝘳𝘦𝘦𝘴𝘤𝘳𝘦𝘷𝘦𝘯𝘥𝘰]
─── ❝me deixa entrar por favor
por favor, eu preciso
de ajuda ───
𝐎𝐍𝐃𝐄 O jovem Josh Richards
só se preocupa com uma coisa,
fugir de seus problemas sentimen...
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ACORDAR CEDO NUNCA FOI O MEU FORTE E, pra falar a verdade, não sei se é necessário ter um para realizar tal ato. Há exatos três meses eu comecei a ir na psicóloga, não fui muito fã no início mas após o incidente senti que quanto mais sessões terminarem melhor me sinto diante das situações.
Começar o dia com dor no braço se tornou mais frequente depois de tantas crises silenciosas. minha psicóloga acredita que dormir em cima do braço foi um jeito que meu cérebro encontrou para me lembrar que eu ainda preciso viver. novamente dormi em cima do mesmo. Me encarei no espelho onde percebi o quanto eu estou destruída
─── que lixo em Violetta, nem pra se cuidar um pouquinho ───
A voz de dentro de minha cabeça, conhecida por muito como consciência, já eu chamo ela de "voz da discórdia". Noah tentou me ensinar durante anos o que seria uma voz da discórdia e só depois da sua morte eu consegui entender o que ela seria.
A voz da discórdia começa a surgir após uma falha nos sentimentos ou quando você decide procurar ajuda para sair do fundo do poço. Quando meu pai foi chamado novamente eu senti todas as minhas linhas de defesa se desarmarem e essa voz surgiu, o irritante som que por meses não deixou o sono se aproximar começou a perder as forças quando Noah me ligava durante a madrugada para que eu conseguisse dormir.
Noah Beck, para mim foi a âncora que me ajudou a permanecer com minha própria essência, mas infelizmente agora, meu barco se encontra a mercê do vento que sopra sobre o imenso rio que deságua em uma cachoeira. Essa voz da discórdia me assombra quando percebo que ainda vivo, que a vida segue e que em todos os momentos da minha vida as feridas estarão juntas, cicatrizadas ou não.
