𝐈𝐧𝐯𝐢𝐭𝐚𝐭𝐢𝐨 𝐚𝐝 𝐀𝐬𝐭𝐫𝐚⋆

Septimus

☠︎

Mark suspirou ao ver o relógio bater exatas duas e quarenta da madrugada. Não conseguia dormir por nada e estava começando a ficar irritado. Qual era a dificuldade de seu cérebro desligar por um momento? Levantou da cama, soltando um xingo graças ao chão gelado. Pegou o cobertor que usava e foi decidido para a sala, deixando-o ali e seguindo para a cozinha. Abriu a geladeira e procurou com os olhos o que realmente queria. Sorriu ao ter finalmente o pote em mãos. Pegou uma colher e voltou para a sala, se enrolando no cobertor. Abriu o pote de sorvete — sim, ele estava reclamando do frio agora pouco e agora iria tomar sorvete. Mas não o julguem, adolescentes não tem muito na cabeça — e pegou uma colher cheia de deliciando com o sabor de menta

– Menta.... – murmurou para o nada

Sua cabeça voou para longe, mais especificamente para o ômega com cheiro de menta. Desde que havia entendido que gostava de Donghyuck, não havia mudado muita coisa. Haviam sim ficado mais próximo mas não era aquela coisa grandiosa nem nada. Eram apenas amigos. Bons amigos. E aquilo incomodava o alfa. Não queria ser apenas um amigo, mas não tinha atitude suficiente para tentar ser algo mais. Suspirou e jogou a cabeça para trás, estranhando ao ouvir batidas na porta. Franziu o cenho e se levantou, seguindo em direção a porta. Será que era algum dos vizinhos? Cheirou o ar e notou não ser nenhum dos vizinhos, mas ainda sim um cheiro conhecido. Sorriu grande e abrigou a porta, puxando o ômega para um abraço firme

– Hyuck, o que você tá fazendo aqui? – perguntou preocupado começando a tatear o corpo do menor a procura de um machucado ou algo do tipo – Aconteceu alguma coisa?

– Não Mark – riu afastando as mãos do alfa do corpo, mas ainda sim as segurando em suas próprias – Eu só queria...hm

Mark durante o tempo que se aproximou do ômega notou que o mesmo sempre tinha umas ideias esquisitas e aleatórias. E ele era totalmente decidido quanto a elas, mas quando precisava chamar o alfa se sentia levemente envergonhado. Com isso em mente Mark riu baixinho

– Você que ir a algum lugar? – perguntou vendo os olhos do garoto brilharem

– Sim! Mas está meio tarde

– Meio tarde? Hyuck é madrugada! – riu deixando o mais novo envergonhado – Mas tudo bem, onde você quer ir? Onde você quiser ir, a gente vai

– Eu quero ir na praia – exclamou

– Na praia?! – arregalou os olhos – Lá deve tá frio pra caralho!

– Você disse que a gente ia ir onde eu quisesse! – cruzou os braços

– Mas tá tão frio Hyuck! – manhou tentando convencer o ômega a escolher outro lugar. Notou que não adiantou em nada e suspirou – Tudo bem, só me deixe trocar de roupa

– Yep! – soltou um gritinho animado – Mark hyung você é o melhor!

– Eu sei, eu sei..... – caminhou em direção a quarto para trocar de roupa

Não demorou muito e retornou, encontrando o ômega jogado de qualquer jeito no sofá. Se aproximou e sorriu, pegando a chave da moto e seguindo para fora do apartamento com um Donghyuck animado em sua cola. Repetiu o mesmo processo de sempre — ajudar o mais novo a subir na moto, para logo depois fazer o mesmo — e finalmente a ligou, dando partida.

Donghyuck o abraçou forte, encostando seu corpo o máximo que podia ao do mais velho. Se perdeu em pensamentos e só voltou a si mesmo ao ver o alfa parar a moto. Desceu da mesma em um pulo e saiu correndo, deixando o mais velho para trás. Mark riu e balançou a cabeça de leve, seguindo para o lado de Donghyuck. Se sentaram lado a lado e ficaram em silêncio por um tempo. Sorrateiramente Donghyuck enlaçou sua mão à de Mark, ganhando um sorriso tímido e bochechas lindamente coradas. Tomou fôlego e coragem: