🌙Cap 9

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Depois de aguentar aquela fila enorme, nós resolvemos ir para o jardim. Se a coordenadora visse a gente aqui, iríamos se canetadas.

Canetada, porque sempre que os alunos fazem algo de errado, seja uma coisa pequeno ou grande, ela coloca o nosso nome em um caderno que ela tem. Ele é preto e grande. Só Max, já deve ter umas trezentas canetadas, nunca vi, oh garoto pra se meter em enrascada. Ele chama o caderno de (O Caderno da Morte) por causa daquele anime Death Note.

- Oh, tá ouvindo? - Lia fala, com a mão no ouvido.

- Ouvindo o que maluca? - me sento na grama, enquanto ela continua em pé.

- O silêncio. - ela da uma risada bizarra. É cada amizades estranhas que eu tenho. - Aí que bom! - se senta ao meu lado.

- Você é muito demente, mas eu tenho que concordar. Esse silêncio está maravilhoso.

- Eu sempre estou certa!

- Nem sempre. Como por exemplo, na segunda não é mesmo. Aonde você estava? - abro o pacote de biscoito.

- Xii, é segredo. Ninguém pode saber. - fala de um jeito safado.

- Quem é a peça? - me deito de lado e fico olhando pra ela. Ela me olha de um jeito engraçado e se deita.

- Diogo! Sabe, aquele do terceirão?

- Sei. E como foi? - ela se vira, ficando com a barriga pra cima.

- Aí, foi perfeito. Ele beija tão bem. - olhando para o céu, ela fala. - Ah, foi bem ali! - ela aponta para o lugar, aonde Max e seus amigos estavam sentados.
Eu conheço a ter uma crise de risos.

- Deixa de ser besta e para de rir. - ela percebe que eu não vou consegui para, e começa a rir também. - Sua idiota, vão descobrir a gente.

Sento novamente, e vejo Max mechendo os braços freneticamente. O que me fez rir mais ainda.

- Por que que verdinho tá balançando os braços daquele jeito? - ainda sorrindo, Lia se senta também, olhando para ele.

- Ele sabe que você está chamando ele disso de novo? - ela ri. - Verdinho. - agora é ela quem tem uma crise de risos.

- Vocês estão drogadas ou o que? - olhamos para trás, e vemos a tão esperada morte. Ou melhor, a nossa coordenadora Sueli. - E estão fazendo o que aqui? Vocês sabem que não podem. - com o caderno da morte na mão ela fala.

- Susu! Preciso da sua ajuda, pode vir comigo? - Max chega atrás dela falando. Olho para Lia e ela me olha, dando de ombro.

- Não está vendo que eu estou ocupada agora? - se vira pra ele apontando para a gente. Mas ele faz aquela cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança.

- Por favor, é rapido. - ele insiste. Ela ajeita o seu óculos e da um suspiro.

- Fiquem sabendo, que vocês não se livraram disso mocinhas. - Max da passagem pra ela ir na frente, e ele se vira pra gente dando uma piscadela.

****

Depois daquele acontecimento, a gente resolveu sair do Jardim e fomos para a sala. Logo bateu o sinal, e os alunos foram chegando. Max demorou um pouco pra entrar, mas chegou sem que o professor o visse.
Estamos agora esperando o professor de química, por que até agora nada dele aparecer. Lia até aproveitou para ir no banheiro, enquanto eu e Max ficamos conversando.

- Ai vou ficar na porta, vai e ele tá ali fora fazendo não sei oq. - me levanto, cansada de ficar sentada já.

- Pera, vou com você! - Max fala se levantando.

Eu fico encostada no batente da porta, e ele fica encostado na parede do lado de fora da sala. Ficamos conversando coisas aleatórias, até eu avistar hum garoto no corredor vindo em nossa direção. Eu aperto os olhos para ver se é aquilo mesmo que eu estava vendo, e realmente era. Com sua blusa e calça preta mais uma jaqueta jeans, ele se aproxima, dando um aperto de mão em Max.

- E aí cara?! Mari esse é o Vitin, Vitin essa é a Mari. - tiro o meu olhar das mãos deles, e miro naqueles lindos olhos verde esmeralda.

- Então essa é a famosa Marisol. Prazer, Vitor Hugo! - ele abre um sorriso e estende a sua mão.

- Prazer! - com um sorriso tímido aperto a sua mão, e sinto o meu estômago embrulhar. - Como está a sua perna? - aponto para a mesma.

- Ah, está bem! Aquilo não foi nada. - ele diz olhando a perna. Mas logo voltando a me olhar.

- Vocês se conhecem é? - acordo de meus devaneios e olho para o meu amigo, que estava com os braços cruzados.

- É....eu...sim? - me embolo para responder.

- Ela meio que foi me socorrer naquele dia que eu caí de skate. - coloca suas mãos no bolso.

- Quando meu irmão foi te buscar? - ele acena com a cabeça e Max me olha.

- Seu irmão era o outro garoto então.- falo mais pra mim mesma do que para eles.

- Hm?- Max pergunta e eu balanço a cabeça negativamente.

- E então, você já estudava aqui? - pergunto a Vitor.

- Sim, só que era na parte da tarde. Mas estava tomando muito do meu tempo, então resolvi mudar de horário. - ele diz olhando em meus olhos. - E vocês estão fazendo o que aqui? Sem aula?

- É, saímos pra ver se o professor estava por aqui, mas até agora nada. - Max fala.

- Opa, opa. Quem é essa belezinha? - olhamos para o lado e vemos Lia vindo.

- Meu amigo, e você está aonde? - ela revira os olhos.

- No banheiro ué, eu falei que iria! - ela vai para frente de Vitor. - Prazer Ahlia! Mas pode me chamar de sua mulher. - estende a sua mão a Vitor. Eu e ele rimos, já Max não.

****

Eu estava agora saindo da escola, o professor faltou, então tivemos que esperar dar o horário da outra professora.
Chegando perto do portão, vejo Miguel lindo. Estava eles e seus amigos conversando, mas ele se vira e olha pra mim e sorri, pelo menos eu acho. E então ele acena, eu olho para trás mas não vejo ninguém fazendo o mesmo, olho para frente novamente e ele aponta pra mim. Então dou um tchauzinho com um sorriso de canto e continuo o meu caminho.
Se eu achei estranho? Com certeza! Não tínhamos o costume de conversar, muito menos dar tchau.

Pego meu fone na bolsa e conecto no celular. E assim foi a minha caminhada, até o meu grande refúgio.

*****

E então gente, estão gostando?
Oque acharam desse capítulo? Espero que estejam gostando, e comentem para eu saber a opinião de vocês também.

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