*●《~♡~》●* (1° dia)

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JÚLIA'S POV'S

Talvez um sonho de ser mãe para algumas meninas seja algo comum, mas pra mim é algo maravilhoso, a sensação de descobrir que está grávida, descobrir o sexo, sentir o bebê se mexendo ou chutando, comprar as roupinhas. EXATAMENTE TUDO É MARAVILHOSO.

De ver os primeiros passos, ajudar a comer, ir nas reuniões escolares, se sentir uma mãe.

Bom... eu moro com minha irmã, a Gabi, minha avó/ madrinha (ela é mais minha madrinha e é só vó da Gabi), meu avô/padrinho e meu pai. Moro numa casa média em Cascavel PR, minha família tem uma condição financeira média, ou seja, não sou nem pobre nem rica.

Eu me chamo Júlia Victória e tenho apenas 13 anos e tenho esse grande sonho. Pretendo ter um filho com 24 a 25 anos, espero que até lá eu continue com esse entusiasmo de ser uma grande mãe.

Ou era isso que eu achava.....

EU VIREI MÃEEE!!!

Calma eu vou explicar. Naquele dia estava tudo normal, era uma quinta-feira, dia 19 de julho, e eu estava indo à escola junta com minha irmã, a Gabi, tudo nas aulas passava completamente normal. No fim tocou o sino para que fossemos embora novamente. Na saída eu esperava a Gabi.

Voltamos para casa conversando como sempre faziamos até que, quando cheguemos no lar , mais especificamente dizendo, na porta de entrada havia um cesto, e nele tinha duas crianças ali dentro. Foi nesse exato momento que eu entrei em pânico e, automaticamente, deduzi: abandonaram dois bebês na porta da casa dos meus pais!

Foi naqule momento que a minha vida mudou completamente, mas foi pra melhor. Eu entreguei minha mochila para Gabi, para que eu pudesse pegar o cesto. Ao entrar dentro de casa, me deparo com minha avó/madrinha fazendo um bolo e, ao seu lado na chaleira elétrica, esquentando água que provavelmente será para o café. Antes de falar com ela eu respiro umas três vezes, depois me direcionei até ela e disse com uma calma que eu não sabia da onde tinha tirado:

-- Oi madrinha! Então... vou direto ao ponto -- respirei novamente três vezes -- Alguém deixou um cesto com duas crianças dentro na frente de nossa casa, e se ninguém quiser EU quero!

Minha madrinha me olhou com a testa franzida e, cuidadosamente, olhou dentro do cesto que eu segurava como se fosse um tesouro. Ela, do mesmo modo que eu, respirou três vezes e disse com muito cuidado e leveza:

-- Bom... se estava na frente de nossa porta é porque ninguém quis, mas não significa que vc, ou melhor, nós teremos que adotá-lo.

Naquele momento meu coração parecia estar sendo apertado, eu queria eles, eu teria eles. Agora num tom de súplica indago:

-- Madrinha, por favor, eu vou ser totalmente responsável por eles, você sabe que eu sou muito responsável, eu sempre cuido dos cachorros!

Logo ela me olha com uma cara de pensativa e, depois de alguns segundos, ela olha novamente para os meus bebês no cesto e, com uma expressão de rendimento, diz:

-- Tudo bem, mas você sabe a responsabilidade de criar duas crianças. Quando seu pai chegar você pede, também, a permissão dele.

Ao ouvir aquilo eu explodi de felicidade e, com isso, dei um gritinho, essa foi a minha sorte porque os bebês estavam dormindo, como anjinhos, os MEUS anjinhos.

Levei eles no quarto juntamente da madrinha e, quando cheguei notei que Gabi estava dormindo, mas logo comecei a chacoalhar ela, em resposta ela deu um resmungo e abriu devagar os olhos, para aconstumar com a claridade, pois nosso quarto não tem cortina.

Quase que num berro eu digo:

-- Mana tu não acredita! Eu virei mamãe, e tu será a madrinha deles, legal né?!

Ela me olhou assustada e desviou seu olhar para madrinha e diz meio preocupada:

-- Como assim tu virou mãe? -- ela me olha incrédula e depois desviou o olhar para madrinha e pergunta -- vó como ela é mãe?! Não me digam que vocês pegaram os bebês do cesto?!

Eu abri um sorriso de ponta a ponta e digo rapidamente:

-- SIMM!!! Isso não é de mais? Agora eu vou ser mãe, ou melhor, eu sou mãe e você vai ser a madrinha deles!

Minha madrinha parece um pouco pensativa, e acaba falando:

-- Bom, já que agora tu virou mãe, temos que ir no cartório dar o nome. Mas quem vai escolher será você Júlia.

Fiquei mais animada do que eu já estava, se isso é possível, fui cautelosamente até o cesto de palha dourado e abri o pedaço de tecido que havia em cima e tirei. Meus olhos chegaram a brilhar quando vi aquelas duas criaturas maravilindas. Eram uma menina e um menino, os dois loirinhos de olhos claros, e pareciam ser gêmeos. Olhei fixamente para os dois, o garoto tinha cara de Lucas, Matheus, Lorenzo, mas eu queria Adrien. Já na garotinha poderia ser Fernanda, Camila, Steffany, mas eu optei por Marinette. Os nomes ficaram para o garoto Adrien Rafael e, para a garota Marinette Fernanda.

Fomos ao cartório quando meu pai, Felipe, chegou. No início ele quase teve um ataque cardíaco, mas eu consegui convense-ló de que era uma ótima ideia. Depois dos meus filhos ganharem nomes minha madrinha pediu para que eu fosse na lotérica jogar pra ela na lotofacil, sim, ela joga todas as semanas com os mesmos números, fiz o que ela pediu e voltei para casa.

Meu padrinho também teve a mesma reação do meu pai, mas conseguiu entender.

Eu dormi na minha cama junto com os meus filhos, minha cama era de casal e eu e a Gabi dormia-mos nela, mas fiz ela dormi no sofá, coitadinha. Amanhã seria um novo dia...

957 palavras pessoinhas do meu core ♡

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19 De JulhoOnde histórias criam vida. Descubra agora