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        O PASSADO VOLTA  A TONA

Oi, tudo blz?

Esta é a primeira  história que escrevo deste jeito, espero que gostem

      Inclino minha cabeça levemente para trás,soltando a fumaça do cigarro de meus pulmões lentamente, e após o ato, permaneço na mesma posição observando o céu estrelado, enquanto permitia viajar para qualquer lugar que fosse a minha mente.
   
  Gosto de ficar aqui, na varanda deste apartamento, sentada nessa cadeira velha, observando o céu noturno, sentindo o ar frio da noite batendo em meu rosto. De alguma forma essa sensação me dá paz.

- Ai, vai passar a noite inteira na varanda- Catrina diz enquanto se encosta ao lado da porta, cruzando os braços- jà está começando a esfriar e eu não quero ser a culpada por você ficar doente- eu me viro para ela

- hà hà engraçadinha

- claro que sou- reviro os olhos com o seu comentário- mas diz ai.....-  ela faz uma pequena pausa enquanto estende sua mão para eu lhe dar o cigarro, e eu o entrego- o que cê acha que vamos fazer quando isso tudo acabar?- ela diz antes de tragar o cigarro e logo depois soltar o ar

- vamos fazer o que sempre fizemos, continuar roubando

- sabe muito bem do que eu tô falando, não vamos poder continuar com isso para sempre, por que  uma hora ou outra vai acabar

- eu sei, mas até lá , ainda seremos filhas da puta- dou um sorriso e ela rir

- você gosta mesmo disso não é?

- claro que sim, é uma forma de liberdade, de eu me sentir livre, você não?

- claro que gosto, porque estaria aqui se não gostasse

- sei lá,você é uma puta louca

- sou sim, e aliás....é por isso que somos ótimas juntas

- porque somos loucas

- isso!

- me dá- digo me referindo ao cigarro que ainda estava entre seus dedos

Tá aqui- ficamos em silêncio por algum tempo só ouvindo o barulho da noite até Catrina voltar a falar- os doces acabaram, e você sabe o quanto eu adoro doces

- humhum

- nada de "humhum", levanta essa bunda daí e vai comprar os doces- diz após se retirar da varanda- o dinheiro tá em cima do hacker!- gritar

- vaca!- grito para ela e ponho- me de pé preguiçosamente

   Me chamo Lápis Lazuli, tenho 33 anos, roubo lojas, joalherias e etc, e sabe qual a melhor partir disso? sentir a ação e a adrenalina correndo pelas minhas veias. Sinceramente não sei como viveria sem isso, aliás, sei sim, ouve um tempo em que fui aconcelhada pela minha querida tia-psicologa a tentar ter uma vida normal,e eu tentei, mas acontece que não deu muito certo, já que me encontro aqui, novamente, na vida do crime, e quer saber.....Estou muito bem desse jeito.
 
  Eu vou até meu quarto, tiro minha blusa, abro o guarda-roupa pegando a primeira blusa que vejo em minha frente, visto uma blusa de frio, pego um elástico e o amarro em meus cabelos, fazendo o coque desajeitado, deixando somente alguns fios castanhos soltos. Ando até a sala e pego o dinheiro.

- tá gata ein!- trina rir de sua piada idiota sobre meu visual

- É, e você está parecendo a Gisele Bint- digo brincando

- jura!, não sabia que eu era tão bonita assim ao ponto de ser comparada com a Gisele Bint- sorrir brincando com minha resposta

-Não, você é a merda da branca de neve- ( branca de neve é o apelido da Catrina, pelo simples fato de sua pele ser muito clara e seus cabelos negros azulados lizo- satisfeita?

- Não, prefiro ser a Gisele Bint- diz num tom brincalhão

- tanto faz, o que vai querer que eu compre?

- sei lá, qualquer coisa que seja doce, menos aquelas rosquinhas açucaradas, elas me dão dor de cabeça

- ok branca de neve

-ah, vai se fu***- fecho a portar antes de sua frase terminar( a trina odeia seu apelido que leva desde o Colégio)

    Saio do apartamento, vou até garagem, depois ligo o carro e dou partida. Paro em frente a um mercadinho.

    Entro no estabelecimento e logo sinto a claridade da luz em meu rosto. A minha direita, tem uma mulher que aparenta ter uns 30 ou 37 anos, usando uma camisa de listras atrás do balcão enquanto ler uma revista, que não sei do que se trata e nem quero saber.
  
Ando em direção as pratileiras a procura dos doces da Catrina, só que aqueles doces estavam mas difíceis de se encontrar do que uma agulha no palheiro, então optei por perguntar a moça atrás do balcão.

- colicensa- digo educadamente enquanto me aproximo, mas a mulher estava tão concentrada no que estava lendo que nem notou minha presença- hum hum- faço um gesto para a mulher prestar atenção em mim, ela levanta seus olhos, agora me observando como alguém que acabou de ser perturbado e com aquele olhar que parece querer dizer " O QUE VOCÊ QUER?" - oi, poderia me dizer onde ficam os doces?- pergunto tentando ser o mais educada possível

- estão no final da ótima pratileira a esquerda- responde com desgosto e volta a sua leitura

- valeu- agradeço a mulher chata mesmo sem querer

   Escolho alguns doces que considerei que devem ser bons e voltei, mas antes que pudesse chegar ao balcão, paralisei com a cena em minha frente.

É ele
É ele
É ele
É ele

Concerteza é ele

    Repetia isso a todo momento em minha mente, quase como se quisesse me fazer acreditar no que estava vendo.Meu corpo estava totalmente paralisado e logo as lembranças daquele dia voltarão como um raio.
 
    O homem a minha frente, de cabelos curtos negros e barba por fazer, estava passando suas compras no caixa como qualquer pessoa normal que nunca esteve em um tiroteio, o que, é claro, ele esteve.
  
   Após alguns minutos me recompôs e contínuo o meu caminho. Quase não acredito que estou ao, não necessariamente  ao lado dele, mas perto, corro o risco dele me reconhecer, e se isso acontecer eu tô fodida, mas nesse momento estou nem ai para isso, minha cabeça está uma confusão.

   Me perdir em um bilhão de pensamentos que nem percebir que o homem havia se afastado. O observei  sair do mercado e desaparecer totalmente de minha visão.

  Passo minhas compras normalmente e quando estou lá fora algo me veem a cabeça.

  
   Droga!, perdir a chace de abordar esse filha da puta !!!


E então, gostarão da fic?

Em breve postarei o segundo capítulo. Obrigada por chegarem até aqui ❤❤❤

Bjs





 

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⏰ Última atualização: Aug 15, 2020 ⏰

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