Armored Heart

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Notas Iniciais:

Cap 18+ (só um pouquinho hehe)

Vamos entender um pouco a cabecinha do Alec.

Have fun =)

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Quando sai do armário, aos 18 anos, fui direto para a cama de um amigo do meu primo. Ele era cinco anos mais velho e deixava bem claro, com intensos olhares, o quanto me desejava. Ele me ensinou tudo sobre o prazer entre quatro paredes. Beijos de verdade que me faziam flutuar, toques que despertaram minha libido, posições que eu nem sabia que meu corpo forte e grande era capaz de fazer.

Por oito meses vivemos uma louca paixão. Eu, ingênuo na época, acabei me apaixonando por ele. Comecei a sonhar com o dia em que ele me pediria em namoro oficialmente aos meus pais. Toda vez que eu tocava no assunto, ele se esquivava, dizia que era cedo, que eu era muito novo e que por isso meus pais se oporiam a nossa relação.

Um dia, sem suportar mais me encontrar com ele apenas escondido, eu disse a ele que contara aos meus pais que eu era gay, que nós estávamos juntos, que eles aceitaram numa boa e que nada mais impedia que assumíssemos nosso namoro. Seus olhos negros que eu tanto adorava me encararam com fúria e eu me encolhi quando ele gritou comigo, me acusando de não ter o direito de ter feito tal coisa. Confuso e ferido, perguntei por que ele era tão relutante em relação a nós e em meio ao desespero para tê-lo definitivamente acabei confessando meu amor.

Se ele tivesse me dado uma bofetada teria doído menos do que a risada de escárnio que ele soltou ao saber que o amava. Ele me chamou de garotinho ridículo e carente. Revelou que eu era apenas um passatempo até que sua esposa voltasse de uma viagem de um ano. Naquele momento senti meu coração quebrar em mil pedaços. Meu corpo implorava para chorar, mas eu não chorei. Aproveitei que era maior e mais forte que ele e o arrebentei.

Extravasei minha mágoa e raiva em seu rosto. Deixei sua cara debochada coberta de hematomas, seus olhos que foram a primeira razão de eu cair por ele, ficaram inchados como duas bolas de ping pong. O deixei caído no chão, roubei todas suas garrafas de bebidas que consegui carregar e prometi a mim mesmo me vingar o que ele fizera comigo em outros outros homens sedutores e nunca mais me deixar levar por olhos encantadores e falsas promessas.

Por três anos, com o coração blindado, venho cumprindo minha promessa. Meus alvos são homens mais velhos que se acham irresistíveis. Meus 1,90 cm de altura, meu corpo sarado, resultado de horas de academia, são vantagens que sei usar muito bem, eles nunca desconfiam que eu seja tão novo.

Quando meu escolhido está no ponto, me aproximo – ou deixo ele se aproximar - e permito que ele pense que está no comando. Eu o satisfaço, deixo que me domine por um tempo na posição que quiser e então eu assumo o controle e o levo a loucura. Ele fica tão aturdido e com tanto tesão com minha ousadia, que se entrega totalmente, me implora que eu o foda com força e no dia seguinte, quando já deixei minha marca, me procura querendo mais. Quando se apaixona por mim, eu me entedio e sigo em frente sem um pingo de remorso.

Até hoje.

Diante do dono desses olhos verdes dourados divinos, que me encara tão gentilmente do outro lado da mesa, sinto meu coração tentando se libertar das amarras que o aprisionei, uma oscilação de sentimentos dentro de mim ameaça me dominar. Magnus Bane, sem perceber, está tentando se infiltrar no meu coração.

Sua beleza exótica não permite que meus olhos se desviem de seus traços marcantes. A pele caramelo macia e cheirosa, a boca cheia e pequena tão viciante, os olhos puxados que se fecham quando ele ri, o nariz, apesar de um pouco largo é estranhamente harmonioso, reto, porém com a estrutura masculina proeminente, afilado nos lugares certos para não ser feminino, tudo nele forma uma combinação perfeita, cada detalhe do rosto dele complementa o outro, um conjunto perfeito talhado pelos deuses.

Blow Your Mind (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora