(S/N) Era considerada por todos uma simples garota com um grande coração, e uma linda família que a ama.
Ela é jovem, tendo apenas 20 anos, frequentando a faculdade e vivendo com seus pais.
Todos a amavam, e ao mesmo tempo invejavam.
Aparentemente s...
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O farfalhar das folhas podia ser ouvido pela garota através do silêncio.
A grama sendo esmagada aos seus pés faziam pequeninas coscegas em seu tornozelo.
Seus cabelos se esvoaçam em seu rosto pela brisa.
E os tons verdes da natureza contrastavam com sua pele (C/P) e macia.
Com certeza a caminhada pelo monte Ebott havia a acalmado mais do que imaginara.
Ter que forçar um sorriso a todo momento e mentir a toda hora cansa mais do que você imagina.
As vezes ela só gostaria de fugir de seus pais e viver uma vida calma onde ela pode ser ela mesma, sem obrigações exageradas, sem mentiras e fingimentos.
Mas não podia.
Não, ela não poderia nem sequer pensar na opção de fugir e deixar seus pequenos irmãozinhos sozinhos nas mãos daquelas pessoas que se autorizem ser seus pais.
Hum, "pais".
Nunca! A garota se recusava de chamar aqueles seres de pais! Afinal os pais deveria amar e cuidar de seus filhos, e nem um bom dia eles lhe davam!
Somente dor, culpa e violência.
A garota suspirou, claramente cansada de seu dia "maravilhoso".
Continuou andando, agradecendo a si mesma por ter lembrado de trocar para uma roupa mais quente e confortável antes de sair, estava fazendo bastante frio, mas de uma forma boa.
Mesmo que mais calma, (S/N) ainda estava dispersa, alheia ao que estava acontecendo ao seu redor.
A briga que tivera com seus pais havia sido realmente séria. E sua ansiedade não hesitou em aparecer para atrapalha-la.
Quem diria que um único 9,5 causaria tanto dano a uma pessoa.
(S/N) admite que não foi nada fácil retirar seu irmãozinho e irmãzinha da briga.
E oque lhe restou havia sido uma bela de uma marca de um tapa e várias horas de xingamento.
Mas quem mais ajudaria seus irmãozinhos? É sua obrigação e dever protege-los de qualquer mau lhe possam cometer! Mesmo que lhe machuque!
Pelo menos é o que ela acreditava.
A vida inteira (S/N) se pôs no lugar dos outros e deixou de pensar em si mesma para pensar neles. E isso lhe custou caro.
Mesmo negando a si mesma, ela sabia que estava sendo inocente demais com tais pensamentos, fora considerada uma pessoa realista nas muitas opiniões formadas em sua cabeça.
Mas sabia que todas se quebravam com esta característica, que é considerada uma qualidade, enquanto ela era a prova viva de que na verdade poderia ser uma maldição.
O altruísmo.
A garota parou por um momento, olhando as copas das árvores se movimentarem com o vento, como se estivessem dançando juntos.
Ela gostaria de dançar também.
A fêmea riu com esse pensamento.
Não tinha tempo para esse tipo de coisa.
Continuou caminhando sem realmente prestar atenção ao de pisava, estava finalmente calma e relaxada, não deixaria essa paz e tranquilidade se perderem por causa de um caminho! O máximo que podia era tropeçar em uma pedra!
Não acreditava realmente nos rumores e boatos sobre o monte.
Era claramente uma história para assustar as crianças e impedi-las de caminhar pelo local e acabarem se perdendo!
Oh, como ela estava errada.
Andando tranquilamente, (S/N) acabou por tropeçar o pé em uma trepadeira.
Abriu os olhos esperando vêr o chão antes de dar de cara com ele.
E acabou por ver um abismo escuro e gigante, onde ninguém sobreviveria a uma queda.
