Todos os dia pela manha César espera por um vislumbre da mulher misteriosa que perturba seus pensamentos.
Todos os dia pela manha Mari procura em meio as flores o homem que povoa seus sonhos.
sobra atração, mas falta coragem.
No dia dos namorado...
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São sete e quarenta e cinco, o ônibus das sete e quarenta esta atrasado hoje. Penso enquanto arrumo algumas violetas nas prateleiras.
Três minutos depois quando coloco o ultimo vaso no lugar vejo o ônibus 456 parando. Espero alguns minutos vendo as pessoas descerem até que ela sai apressada.
Hoje ela esta vestindo uma calça amarela e uma blusa vermelha nos pés sapatilhas caramelo. Não sei como ela consegue fazer essas combinações de cores darem certo, mas a verdade e que nela fica maravilhoso; Não tenho tempo de observar muito, pois ela mal desce e sai correndo provavelmente atrasada para o trabalho já que o ônibus não chegou no horário correto.
-Você vai falar com ela algum dia?- Escuto minha irmã perguntar atrás de mim. - por que você sabe, mesmo ela dizendo não, mais patético que isso não fica.
-Não sei do que você está falando.
-Não sabe? Te lembro, estou falando da linda mulher negra de cabelos cacheados para quem você fica olhando todo os dias as sete da manhã. Aquela que faz você sair do balcão lá atrás e vir arrumar as prateleiras da frente dos os dias no respectivo horário.
-Sabia que é um saco ter irmãos mais novos? Eu era feliz quando havia só eu, dai mamãe resolveu ter gêmeos. -Falo e vou em direção aos fundos da loja. Pego a tesoura de poda, algumas folhagens e um bonito vaso transparente e começo a arrumar um arranjo que vai ser entregue ainda hoje pela manhã.
-Eu sei que você nos ama maninho. E sei que ama a mulher misteriosa.
- Eu não a amo, nem mesmo a conheço é que história é essa de mulher misteriosa?
-Você pode não amar, mas tem um super queda por ela. E eu e a mamãe a chamamos de mulher misteriosa obviamente porque não sabemos o nome dela.
-Você contou pra mamãe?- pergunto perplexo.
-Claro você é a nossa fofoca favorita.
Quando estou para responder o sino da porta toca e ela se vira para atender o cliente que entrou. Concentro-me em delicadamente retirar os espinhos de algumas rosas, fico divagando sobre a mulher misteriosa.
A primeira vez que a vi estava parado só olhando para a vitrine a minha frente tentando imaginar maneiras de torná-la mais atraente para os clientes. De repente o ônibus parou e dentro dele desceu apenas uma mulher à primeira coisa que me chamou atenção foi sei casaco ele era rosa, muito rosa mesmo, ela tinha longos cabelos cacheados e volumosos que iam para todos os lados balanceados pelo vento. Em um piscar de olhos depois ela sumiu da minha vista. No outro dia enquanto arrumava algumas flores nas prateleiras da frente mais uma vez a vi dessa vez ela usava um casaco amarelo tão amarelo que faria inveja em uma gema de ovo. E assim se passaram seis meses e todos os dias, menos as quartas, ela descia do ônibus das sete horas e todos os dias às sete horas eu arrumava algo para fazer perto das vitrines.
