O tempo é curto

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1 semana depois.... 

POV Shikamaru 

A poucas horas uma enfermeira passou com o bebê, a criança que saiu de Naruto ainda muito frágil e prematura. Sua fisionomia não ajudava muito a indentificar quem era o verdadeiro pai dela, sim, ela. 

Era uma garota, de cabelos negros, os olhos ainda não se abriram direito, mas mostravam de longe um brilho azul. O chato é que tanto Sai como Sasuke tinham cabelos pretos, o exame de DNA era mais que necessário ser feito no Sasuke. 

Lembro que da primeira vez que fizeram em Sai deu negativo, mas Sai alegou que poderia ser por conta da grande quantidade de transfusões sanguíneas e das cirurgias que ele fez, algo em mim não se convenceu disso. Eu gostaria muito de contactar Sasuke, e faze-lo fazer o exame. Ele já está fora a bastante tempo, creio que já passou da hora de retornar

A situação saía do controle e estava já desesperadora. Meu melhor amigo estava morrendo aos poucos, e eu não sabia se deveria ou não avisar isso a Sasuke, Gaara me disse que seria mas prudente deixar Sasuke fora disso, pelo menos até Naruto estar fora de perigo, mas algo em mim queria muito ligar para ele e lhe contar tudo o que aconteceu, principalmente para que ele se prepare piscicologicamente pra a possível morte do loiro. Eu espero muito que não precise chegar a isso.  

Sem dar ouvidos para o ruivo eu deixei o Naruto na U.T.I. sob a vigilância de seu "namorado" Sai, eu acreditava mais que tudo que a história que Naruto me contou sobre o Sai e ele terem ficado seja apenas uma mentira, por outro lado, eu poderia levar em conta o fato de que aparentemente Sai não consegue mentir. Então, ou a história de fato é real, ou Naruto fez algo com Sai para que ele acreditasse que é real. Algo dentro de mim acha que a segunda opção é a mais provável. 

Ao chegar em casa notei o silêncio e fui em direção ao meu quarto, Temari estava deitada na cama dormindo calmamente, sua barriga de 8 meses estava grande como nunca, eu tentava ficar o maior tempo possível com ela, por medo de algo acontecer e eu não está perto. 

Peguei meu celular que estava na cabeceira da cama e saí do quarto, fechando a porta pra ela poder dormir, fui até a sala me sentando no sofá. 

Disquei o número de Sasuke e liguei. Para minha sorte, ele atendeu rapidamente. 

Alô? –Ele parecia estar com voz de sono, quase não notei mais graças ao fuso horário, lá devem ser 5:00 da manhã, a medida que aqui já são 8:00.

–Sasuke, você precisa voltar, agora! 

Eu encontrei meu irmão, vamos para aí em alguns dias, só faz o Naruto esperar mais.–Pediu. 

–Se você ficar mais alguns dias ele pode não estar mais vivo quando você voltar.–Joguei a bomba de uma vez. 

Como assim? –Senti a respiração dele ficar fraca e entre cortada, ele parecia um pouco desesperado. 

–Se senta.–Pedi. 

SENTEI. ANDA. DESEMBUCHA! –Nunca vi ele tão desperado. 

–Não sabemos ao certo, por que, nem quem fez isso, mas o Naruto foi agredido, e está na UTI em estado grave,em coma.O bebê teve que nascer meio prematuro, mas ele vai sair em questão do hospital de alguns dias.–Expliquei.

–.... –Eu só o ouvia respirar descompassadamente, provavelmente ele e estava tentando se acalmar. 

O Naruto vai ficar bem?–Perguntou após um longo suspiro. 

–Sinceramente? Não sei.–Dei uma longa pausa para ele absorver a informação. 

O que é?–Perguntou, meio que do nada.

–O que é, o que?–Franzi as sobrancelhas. 

O bebê... Menino ou menina? 

–Uma menina Sasuke, olha, eu queria muito falar isso com você, mas exigiram um exame de DNA pra liberarem a criança pra ficar com o Sai.–Eu dei uma pausa esperando que ele fosse fizer algo, mas ele só me esperou prosseguir.–De primeira o DNA não bateu. Sai acha que é por causa de seu corpo está bastante modificado por conta de inúmeros transplantes, cirurgias e transfusões. 

–...Mas? –Adoro quem me conhece ao ponto de prever o que eu quero dizer, pois comigo, sempre tem um mais. 

–Quero que volte e faça o teste, Sasuke.. Se for compatível... 

–....Eu fico com ela? 

–Até Naruto melhorar, sim, mas ou você volta até amanhã ou ela será dada a um lar adotivo temporariamente. 

–Você sabe o quanto as viagens demoram, vou tentar alçar vôo daqui a pouco, me deseje sorte pra que eu consiga chegar aí. 

–Boa sorte, amigo. 

Ah, Shikamaru. 

Sim? 

Providencie meus papéis de divórcio.–A felicidade que ele tinha em dizer aquilo era tamanha, sei o quanto esse casamento foi um erro. 

–Pode deixar.–Era uma satisfação enorme dizer isso. 

Obrigado. 

Eu que agradeço. 

Pelo que? 

–Por ter ido tão longe por ele, você não tem ideia do quanto doeu pra ele te dizer tudo Aquilo e se afastar de você, ele não diz, mas é visível nos olhos dele cada vez que alguém diz seu nome.–Eu escutei um sorriso do outro lado da ligação. 

Me ligue se algo acontecer. Chego aí em 10 horas. Eu espero.

–Eu também espero... 

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