𝐀 𝐍 𝐆 𝐄 𝐋

PRÓLOGO

Bares nunca foi o meu forte.

Pelo menos não quando estou sóbria.

O fato de está em um ambiente com vários caras me encarando me faz querer vomitar.

Mas nas condições em que eu estava, eu não tinha muita escolha. Entre morrer de frio, ou entrar em um bar, eu entraria no bar sem excitar.

A chuva estava bastante forte, e pelo visto não iria parar nem tão cedo. Sentia minha pele arder pelo vento frio cortante, e meus dedos congelados pelo frio. O fato de não está vestida de acordo com o temporal não ajudava muito. Meus cabelos estavam molhados, mas graças a uma velha capa de chuva que protegia minhas roupas de baixo, eu não estava completamente encharcada.

Minha mala de rodinhas com meus pertences não estava tão molhada, mas eu tinha certeza que teria que pôr quase todas as roupas que estavam dentro para secar.

O vento embaraçoso fazia meus cabelos cobrirem meu rosto com muita facilidade, me dando uma péssima visão de um pequeno bar do outro lado da rua.

Atravesso a rua e paro em frente ao bar, abrindo a porta do mesmo, sem pensar duas vezes.

Naquele mesmo instante senti minha pele arder, com todos os olhares sobre mim, olhares bem curiosos, um deles de um cara no balcão principal, a uns quinze metros de mim. Ando até lá iguinorando os olhares.

- Eu sou nova aqui, sabe me informar onde posso pegar um táxi? - pergunto ao cara do balcão principal, enquanto ponho minha capa encharcada em um banco próximo.

- Com essa chuva? - sorri sarcástico, pondo um copo de vidro sobre o balcão e pegando uma cerveja.- Acho melhor esperar essa chuva passar, se não quiser ficar no meio da estrada. - completa enchendo o copo de cerveja.

Merda!.

No momento eu só conseguia pensar em uma única coisa; um lugar quentinho e aconchegante.

- Toma. - desliza o copo com cerveja em minha direção.

Não penso duas vezes antes de pega-lo. Eu não fazia ideia de quando essa chuva iria parar, e ir a pé parecia suicídio já que eu ainda não estava em Forks, provavelmente eu já estaria no meio do caminho se o táxi que me deixou a dois quarteirões atrás pudesse me levar até Forks, mas como a estrada era perigosa, e ainda mais com essa chuva, ele não podia continuar, arrumar outro táxi que me leve até lá hoje, e praticamente impossível, pelo menos nesse momento.

A única opção que me restava era permanecer nesse bar, até a chuva parar.

Caras bêbados, cigarros, e algumas mulheres, era apenas o que tinha ao meu redor. Me fez lembrar das festas em que eu frequentava.

A porta de entrada do bar se abre, fazendo com que o frio da chuva e a ventania que estava lá fora preenchesse o local.

E então meu peito congela, não pelo frio, mas por ver ele, depois de três anos. O cara que atualmente estava mais bonito que antes, pele bronzeada, cabelos castanhos bagunçados, e olhos marcantes. Estava mais forte, e um pouco mais alto.

Sentia minhas mãos encharcadas de suor, meu peito batia forte, e eu não conseguia parar de olha-lo naquele momento.

Era ele.

Oh Deus, era ele.

Eu nunca esqueceria aqueles olhos marcantes.

Suas roupas não estavam tão molhadas, mas sua blusa branca, que caia muito bem nos seus músculos rígidos, fazia a mesma ficar transparente, dando a perfeita visão dos seus músculos.