Capítulo 1

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1 - Hogsmade

Harry esperava Ronald se arrumar, todos iriam para Hogsmade hoje e o garoto estava decidindo se arrumar um pouco mais.

— Acha que vai fazer mais frio? — Perguntou Rony e Harry deu de ombros.

— Acho que precisa se apressar. Até Simas e Dino já saíram. — Rony o ignora.

Hermione entra no dormitório, seu rosto estava perfeitamente vermelho e sua expressão era de raiva pura.

— Atrasados! — Ela disse em um tom autoritário.

— Ron está. — Harry diz em um tom calmo. — Estou esperando ele.

— Lindos, agora vamos. Se a Professora Minerva não nos vê lá, ela pode ir sem a gente. — Disse ela rapidamente

Rony desvia o olhar para dois suéteres em cima da cama e, por fim, coloca os dois.
Eles chegaram tão rapidamente no pátio que Harry nem notou que já tinham chegado lá (talvez por ele conhecer o caminho muito bem).

— Potter, sua autorização. — Disse Minerva assim que o viu.

Os alunos se dirigiram até as carruagens, caminhando.
Haviam risadas atrás dos três que  estavam praticamente sufocando Harry, ele sabia quem era que estava as provocando.

— Ei, Potter! — A voz arrastada e fria de Malfoy fez as risadas cessarem, não queria olhar para trás, não iria dar a ele esse gosto, não agora. — Potter! — Ele repetiu um pouco mais baixo agora, quase sussurrando. O garoto estava mais perto de Harry do que o mesmo achava o que fez o menino arrepiar.

— O que você quer, Malfoy? — Responde Rony afastando Harry de Draco.

— Só queria o perguntar onde o melhor amigo dele comprou as roupas. Espere, me deixe adivinhar eram dos seus irmãos? Provável que Fred e Jorge as destruíram com as anomalias que eles chamam de piadas. — Disse Draco com um tom extremamente superior na voz.

— Bom, ao menos eles são engraçados de verdade. — Disse Harry, por fim. — Enquanto você só tem esses seguidores que riem das suas "piadas" para não te deixar mal.

Malfoy pressionou a boca, estava pronto para dizer algo até que foi interrompido por Minerva.
Eles haviam chegado nas carruagens.

(...)

Rony despejou seu ódio por Malfoy e toda a sonserina por todo o percurso, Harry apenas concordava com um nó na garganta pensando no momento que o chapéu seletor cogitou manda-lô para a sonserina. Hermione não ficava atrás nos comentários maldosos, apesar de serem mais sutís e serem apenas sobre o Malfoy.
Mesmo os comentários de Hermione machucavam Harry, ele não entendia o porquê já que odiava Draco Malfoy.

Os três acabaram trombando com Draco em praticamente todo lugar que iam em Hogsmade, não foi um problema já que Malfoy ainda parecia estar juntando coragem para falar com Harry novamente.

— Deve estar pensando em argumentos bons para dizer. — Disse Rony. — Ele não é muito bom nisso de pensar. — Completou o garoto como uma facada em Harry.

— Não é bem assim. — Disse Harry quase como um reflexo.

— Como? — Rony olhou para ele, os olhos verdes de Harry fitavam o loiro na mesa da frente nos três vassouras.

— Deixe isso para lá, Rony. Vamos na Dedosdemel. — Disse Hermione pegando a bolsa que ela colocou na cadeira que sobrava.

Harry saiu de uma espécie de transe enquanto olhava para o garoto de olhos acinzentados da mesa da frente.

Devo estar passando mal. Pensou Harry.

Na Dedosdemel, Rony e Harry discutiam se levavam uma caixa com feijãozinho de todos os sabores ou não. Hermione encontrou Gina e as duas conversavam mais a frente.

— Acha que Malfoy está seguindo a gente? — A pergunta repentina de Rony assustou Harry.

— Creio que não. Deve ser conhecidencia.

— Eu acho que ele seria capaz de tudo só para irritar a gente. — Rony diz e Harry da de ombros.

— Acho que não. — Rony olha torto para ele. — Digo, ele é detestável mas estamos em hogsmade... não é bem o lugar de ficar seguindo as pessoas só para ser odiado. Não? — Rony assente.

—  Tem razão, Harry. Estou estressado atoa. — Ele diz dando um longo suspiro.

(...)

Chegando perto da hora de voltar para hogwarts, Hermione queria passar "rapidinho" em uma loja de antiguidades.

— Ah, de novo esse mauricinho aqui? — Perguntou Rony virado para a primeira pessoa que ele viu, nesse caso era Hermione.

— Entramos agora, Ronald. Ele já estava aqui. — Hermione também não era de defender o Malfoy mas hoje especificamente Rony estava inspirado, talvez a história de falar de Fred e Jorge tenha o irritado um pouco mais. — Certo, vou procurar o presente para minha mãe. — Disse Hermione olhando feio para os dois. — Vou ser rápida, tentem não tocar em nada. Tudo é sensível aqui dentro.

Harry e Rony foram juntos olhar a mesma coisa: um espelho. Não havia nada demais nele, nada mágico. Ele tinha as bordas de cobre com arabescos e corações.
Parecia uma loja de artigos trouxas mais do que uma loja em hogsmade.
Rapidamente Rony se distraiu com alguma outra coisa mas Harry continuava encantado com o espelho, o admirava.

— Potter! Veio comprar algo para seu tio presidiário? — Malfoy disse.

Draco estava chegando mais perto de Harry. Perto o bastante para os dois ficaram na frente do espelho.

— Cala a boca, Malfoy! Sirius não é mais presidiário. — Draco riu com a declaração de Harry. — O que há de engraçado nisso?

— Nada. — O canto da boca de Malfoy retorceu, Harry notou isso.

— Foi preso injustamente. Acho que o único familiar que deveria ser preso nessa sala deveria ser seu pai, Malfoy.

Draco esticou a mão, não iria bater em Harry, mas apontou o dedo para ele. Claro que não antes de esbarrar no espelho e faze-lo deitar na prateleira.

— Veja o que você me fez fazer, Potter. — Disse Draco levantando o espelho que estava sem uma pequena lasca na parte de cima.

— Você quebrou ele, Malfoy! — Harry falava baixo mas mesmo assim chocado. Malfoy revirou os olhos.

— Larga de ser exagerado, Potter. É só um espelho.

— Agora vamos ter que pagar. — Harry disse tirando uma bolsinha com alguns galeões.

— Ah, Potter! Ficar com aquela Granger te deixou certinho foi? — Malfoy se abaixou e começou a tatear o chão, procurando o pedaço do espelho.

— Você não sabe como eu sou, Malfoy!

— O que está acontecendo? — Disse Hermione atrás deles.

— Nada. — Disse Harry rápido.

Sua língua quase coçou para dizer que Malfoy quebrou o espelho, no entanto, ele saberia que Hermione faria: traria um problema enorme para os dois mesmo que Harry não tenha tido uma participação nisso.

(...)

Harry respirou fundo e abriu os olhos, ele esperava ter que se acostumar com a claridade do dormitório da grifinória, no entanto isso não aconteceu. Estava escuro, muito escuro, e estranhamente úmido. Ele não pode evitar em ficar confuso, tinha acordado muito cedo?
Ele se sentou na cama e reparou que estava sem óculos, não precisava dos óculos.
Os lençóis da cama eram verde escuro totalmente diferente dos vermelho sangue dos que ele havia se deitado ontem a noite.

O que estava acontecendo?
Harry foi até o espelho mais próximo.

— Não pode ser.

So I Pretend To Be You || DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora