Capítulo 5

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5 - O Poema

Draco não era feio e Harry não negava isso mas se olhar no espelho e ver a imagem dele era um novo nível de bizarrice.
Ele nunca iria se acostumar com isso, ficar assim para sempre estava fora de cogitação.

— O que faz aqui, Potter? — A figura de Harry se aproximou.

Ele estava olhando livros na sessão restrita.
Draco enchia a boca para dizer "Potter" o que (geralmente) irritava Harry.

— Você realmente achou que eu iria deixar você fazer tudo e ficar se gabando por aí?

— Acha mesmo que eu me gabaria de trocar de corpo com o santo Potter? — Perguntou Draco.

Qualquer um que olhasse com pouca atenção diria que Harry estava imitando os trejeitos de Malfoy para caçoar dele. Mesmo olhando com atenção ninguém jamais saberia o que estava acontecendo.

— Não sei, talvez você se gabaria falando sobre meu pênis. — Harry sorriu após dizer essa frase, Draco pisca várias vezes olhando para ele.

— Potter eu passei três dias com seu corpo e posso dizer que não há nada aqui para se gabar. — Malfoy mentiu e revirou os olhos, Harry estava claramente se divertindo com aquilo.

Queria continuar xingando Potter mas isso não o levaria a lugar algum naquele momento.
Harry na verdade se sentiu estranhamente frustrado, Draco e ele haviam tido um momento de cumplicidade ontem e agora parecia que nada havia acontecido. Sempre voltando a estaca 0.

— O que Zabini pediu para você falar com o Snape? — Perguntou Harry.

— Não prestei atenção na história toda mas acho que ele quer a receita escrita da amortentina. — Disse Draco.

— Para que ele precisa de amortentina? — Perguntou Potter, Draco revira os olhos.

— Vou ter que repetir que não prestei atenção na história toda? Sei lá para que Zabini precisa da amortentina. — Draco devolve o livro que ele segurava para a prateleira.

— E você vai dar? Digo, você não sabe para que ele quer, pode ser qualquer coisa. — Harry diz se sentando em uma cadeira.

— Eu poderia ligar o suficiente... mas não ligo.

(...)

Os dois estavam indo para o jantar no salão principal, andando lentamente e falando baixo.

Haviam olhado meia biblioteca e achado dois casos: um que os dois ficaram trocados para sempre; um que não se sabe o paradeiro dos dois mas que haviam trocado por um acidente no meio de um experimento com poções.

— Certo, o que os dois casos tem em comum? — Pergunta Draco, parecia tentando revisar o que eles tinham acabado de ler.

— Acidentes. Todos eles, e não sabemos se todos conseguiram destrocar... na verdade até onde conseguimos achar nenhum deles conseguiu trocar. — Disse Harry.

Harry havia anotado palavras aleatórias para se lembrar do que havia lido sem as pessoas sequer suspeitarem. Draco não havia anotado palavras mas números que de alguma forma faziam sentido para ele.

— Claro. — Disse Draco de repente. — Acidentes raros acontecendo com Potter, não é a primeira vez.

— Não começa, Malfoy. — Harry respira fundo olhando para o papel. — Acho que deveríamos contar para Mione. — Draco pisca olhando para ele.

— Não acho. — Completa Draco. — Ela não tem o que ajudar, sem contar que ela vai nos dedurar para McGonagall.

— Não foi uma pergunta, Malfoy. — Harry diz e Draco para de andar.

— Como é? — Malfoy tenta dizer em um tom ameaçador.

Harry também para e chega mais perto de Malfoy. Olhando para baixo já que Potter era mais baixo que Malfoy por alguns centímetros.

— Ela é a pessoa mais inteligente que eu conheço, não conseguimos pensar em nada sozinhos. — Harry da uma pausa. — Talvez ver as coisas por outro ângulo seria melhor. — Draco da de ombros.

— Não vou falar com a Granger sobre isso. Sem contar que ainda acho que ela iria nos dedurar ia para McGonagall.

— Ela não faria isso.

(...)

— O que houve, Draco? — Perguntou Pansy que colocou a mão sobre o ombro do mesmo enquanto todos caminhavam até o salão comunal da sonserina.

— O que? — Pergunta Harry a encarando. — Não tem nada de errado. Tem? — Pansy da de ombros.

— Você anda mais esquisito ainda. — Diz Blasio que Harry não tinha notado que estava ali até o momento.

— Não sei. Além de ter passado o jantar inteiro encarando Harry... você parece meio, abatido. — Harry da de ombros e Pansy se afasta.

— Você sempre passa o jantar encarando o Harry. Isso não é diferente de sempre. — Diz Blasio.

— Eu não faço isso, Zabini. — Diz Harry de um modo bruto como já ouviu Draco falar milhares de vezes (a maioria apenas hoje).

— Claro que faz, Malfoy. E você trouxe a receita da minha amortentina? — Blasio o encara Harry abre o livro de poções, tinha anotado em uma folha solta e colocado dentro do livro.

— Aqui. — Harry entrega a folha e Blasio parecia querer beija-lá.

— Valeu, Malfoy. — Foi assim que Blasio sumiu no meio da multidão.

Era estranho para Harry estar sozinho já que Hermione e Rony o faziam companhia quase todo o tempo (e as vezes tinha alguns colegas de casa junto com eles ou os próprios Weasley) mas parecia que Draco estava quase 90% do tempo sozinho e quando não estava sozinho tinha Crabbe e Goyle que não eram uma companhia muito boa na opinião de Harry. Então ele preferia ficar sozinho.

No dormitório Harry estava praticamente sozinho já que dois garotos dormiam em um sono pesado em camas mais a frente. Ele procurava nas gavetas de Malfoy um pijama parecido com o que ele tinha visto o capitão do time da sonserina usar (Harry achava que o nome dele era Flint mas torcia para não precisar falar).
Harry puxa forte o pijama assim que o vê. Um papel cai das peças de roupa verde e branca que ele havia puxado.

Harry vê várias frases riscadas aquele pedaço de pergaminho era um rascunho.

— Achei que tivesse sido a Gina. — Diz Harry, não pode evitar em verbalizar aquilo.

So I Pretend To Be You || DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora