Seus olhos eram de uma imensidão negra que me chamava. Sua voz sedutora e sua pele quente que me trazia lembranças maravilhosas.
Maeve um dia foi embora, odiava ser o centro das atenções. Ela só queria amar sem dilemas, triângulos amorosos ou intri...
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Maeve estava nervosa, sabia que se Klaus tivesse a reconhecido iria atrás e a questionaria sobre a menina. A morena prende os volumosos fios negros e pega uma bolsa pequena aonde guarda algumas coisas. Iria atrás de outro lugar para ficar, no fundo previa esse encontro, mas tinha esperança de que demorasse mais um pouco.
Seria esquisito querer se mudar? Afinal se voltou já sabia que o reencontro seria inevitável. Maeve escuta alguém bater na porta e antes que descesse as escadas Faith a abre e fala com alguém. A morena desce e para ao pé da escada observando aquele homem, seu primeiro amor, conversar com a pequena.
— Olá, pequena Faith.
— Pensei que não gostasse de mim.
— Me desculpe pela grosseria — ele sorri.
— Te desculpo — ela abre um sorriso espontâneo que mostra o dente que faltava em sua boca.
— Vejo que perdeu um dente de leite.
— Perdi quase todos — parece pensativa — sabia que minha mãe teve um motivo especial para escolher o meu nome?
— E qual foi o motivo?
— Ela disse que fui seu motivo para ter fé na vida.
— É um belo nome, e você é uma garota muito gentil.
— Precisamos conversar — diz Maeve com um nó preso em sua garganta.
...
Foram longos segundos aonde os dois se encaravam sem dizer uma palavra sequer. A vontade do híbrido original, era de a abraçar e sentir novamente a sua pele macia. Ele ainda lembrava do sabor de seus beijos e do aroma adocicado do perfume que ela costumava usar.
— Você está mais bela do que me lembrava — diz antes de sentir o tapa em seu rosto.
— Vi que a filha que teve com aquela lobisomem se tornou uma linda menina — diz com um tom de ressentimento.
— Você soube sobre a gravidez — ele tenta a tocar, mas ela recua — foi apenas uma noite, não sinto por ela o que sinto por você.
— Se me amasse não teria dormido com outra na primeira oportunidade.
— A Faith tem a mesma idade que Hope, ela é minha filha?
— Faith é apenas minha, não precisamos de mais ninguém.
— Ela puxou o seu sorriso — diz acariciando os fios negros da mulher — não seja rancorosa, amor.
— Você acha que sou aquela garota ridícula que te achava um príncipe? Saiba que Faith não é sua filha e eu tive outra pessoa.
— Da para notar no seu tom de voz que está mentindo.
— Vá embora, eu preciso ficar sozinha.
...
— Está triste? — indaga Faith.
— Apenas pensativa — ela sorri fraco.
— Não precisa fingir, eu estou aqui com você.
— Não sei o que faria se não tivesse a minha pequena princesa — ela coloca a menina em seu colo e a enche de beijos.
— E você é a rainha — ela sorri.
— E a rainha e a princesa não precisam de um rei, porque são felizes juntas.
— Me leva para ver minha nova amiga?
— Outro dia, está bem? — a garota assenti.
O sangue parecia falar mais alto, Maeve não impediria as duas irmãs de se aproximarem. Hope não tinha culpa pelas desavenças do passado e as duas pareciam ter simpatizado uma com a outra. Ela só queria ver sua menina feliz, que sua princesa sorrise sempre.
Soltei capítulo antes do tempo, gostaram? O que estão achando da história?
