PROLOGUE

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Jeon Jungkook


Quinta feira, 14 de maio de 1997.


O dia estava ensolarado na grande cidade de Busan, não havia uma nuvem sequer naquele lindo céu azul. Céu esse que Jungkook adorava observar com seus pais no quintal de sua casa, agora, antiga casa.

O garoto e sua mãe, Hyeri, estavam embalando as poucas coisas que seu pai havia os deixado levar para Seul. Foi em uma das várias caixas que Jungkook encontrou seu antigo diário — que começou a folhear, tendo ótimas memórias do passado.

Jeon se lembrava de cada mínima aventura que tinha tido com seus amigos, além das tardes de domingo em que passeava com seu cachorro no parque perto de sua casa. O moreno nunca fora de muitos amigos, mas, os poucos que tinha estavam ali pra ele sempre que precisasse. E isso era o que mais doía no menino: ir embora e deixar os únicos amigos para trás, sem ao menos avisar. Sabia, sim, que era sua culpa, mas era tão sofrido pensar que no auge da sua vida, no meio da faculdade, teria que deixar tudo o que mais amava em Busan e se mudar para a capital do seu país, onde não tinha absolutamente nada.

Mas uma parte do jovem ansiava em viver na capital. Queria ter as mais insanas experiências, afinal, estudar na melhor universidade do país tinha sim suas vantagens. Ele só não esperava ter que lidar com tantas desvantagens também.

Saindo de seus devaneios, terminou de ajudar sua mãe a colocar as limitadas caixas que haviam espalhadas pela calçada e mais algumas 6 malas, sendo 4 apenas do mais novo ali presente.

— Tudo pronto filho? Podemos ir? — Hyeri sempre foi uma mãe muito atenciosa e sempre se preocupou com o filho. Era a única que sabia da orientação sexual daquele ali sentado ao seu lado. — Você me parece meio triste.

— Só é difícil deixar tudo pra trás, mamãe. — Jungkook tinha um olhar triste, porém um pequeno sorriso no rosto tranquilizava a mãe. — A senhora sabe como sou em relação a novas amizades, tenho medo de não me adaptar à faculdade e acabar ficando sozinho também.

— Meu lindo, isso jamais aconteceria, — deiixou um leve carinho na bochecha do filho — Você nunca estaria sozinho pois me tem ao seu lado. Eu nunca vou te abandonar, meu bebê.

O menino não teve palavras para responder a mãe, então apenas a abraçou com toda sua força.

— Certo, certo. Você pode me abraçar o quanto quiser, mas nós temos 325 quilômetros a serem percorridos. Serão 4 horas de viagem, meu filho, então me abrace quando chegarmos.

— Ok, mamãe — disse rindo, aquele sorriso que sua mãe tanto amava — Vamos!

E, assim, o primeiro passo para a nova vida de ambos havia sido dado. No rádio do Toyota MR2 prata tocava alguma música hit daquela semana, talvez uma nova banda underground, visto que o garoto não soube identificar. Fez uma nota mental para pesquisar sobre, já que ainda não possuía um telefone para poder anotar coisas importantes — como esta — e seu diário atual estava dentro de alguma bagagem no porta malas do carro.


Kim Taehyung

Quinta feira, 14 de maio de 1997.

Diferente de Busan, Seul estava chuvosa. Diversas nuvens acinzentadas no céu e um vento gelado que percorria a grande cidade. O esperado para aquela época, no país.

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⏰ Última atualização: Oct 22, 2020 ⏰

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