epílogo

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21 de junho.

Meu aniversário.

O dia passou voando e quando me dou conta, percebo que já é de noite e está na hora de sair de casa para encontrar meus amigos e família na pizzaria que alugamos para esta ocasião.

Kageyama ainda está no banho, por isso, dou três batidinhas na porta para apressá-lo e ele solta um "Já vou." abafado pelo barulho da água e pela porta que nos separava.

Pois é, estamos morando juntos. Vai fazer cinco meses e tem sido a experiência mais empolgante e satisfatória de nossas vidas.

Tudo começou quando acabamos o ensino médio e fomos contratados por times de vôlei profissionais diferentes. Passamos por uns mal bocados por sempre estarmos viajando e quase nunca termos tempo para aproveitar um ao outro, chegamos até mesmo nos separar uma vez por uma briga boba, mas assim como qualquer desafio, decidimos encará-lo juntos.

Por recebermos uma boa quantia de salário, fazíamos de tudo para economizar e quando batesse aquela saudade poder comprar a primeira passagem de avião para a cidade que o outro estava e assim nos encontrarmos.

E por isso, decidimos que era melhor comprar um apartamento, ter um cantinho para chamar de nosso e ser o ponto de encontro sempre que quiséssemos nos ver. Até então, estava dando tudo certo e estávamos felizes assim, fazíamos o máximo para aproveitarmos a presença um do outro.

Houve uma época que rolava umas crises de ciúmes por ambas as nossas partes, porém conseguimos lidar com isso muito bem e no fim das contas nos serviu de aprendizado como casal.

E Kageyama mesmo havia me dito uma vez que jamais ficaria triste comigo jogando com outro setter,  ele apoia o meu desenvolvimento e evolução como jogador, assim como eu apoio ele. Isso significa que nós poderemos jogar por mais tempo juntos, principalmente agora que fomos escalados para a equipe oficial da liga japonesa.

Os times que nos contrataram são rivais e eu simplesmente amo a adrenalina de pisar numa quadra jogando contra Tobio.

Ver ele fazendo saques perfeitos e eu conseguir recebê-los é realmente algo muito satisfatório, o que mais me deixa animado é vê-lo boquiaberto por eu ter dominado essa parte do vôlei que ele pegava tanto no meu pé no ensino médio para treinar mais.

A energia que nos envolve quando jogamos contra é realmente contagiante e perceber a tensão do público ao ver a partida é de arrepiar os pelinhos do braço.

Contanto, mesmo sendo de times adversários, faço questão de lembrá-lo que "Eu estou aqui". Essa frase marcou nossas vidas, tanto na nossa relação como jogadores profissionais quanto na nossa relação de namorados.

Tobio nunca mais estaria sozinho em uma quadra, eu estaria lá por ele, nem que fôssemos rivais.

Me perdendo um pouco nessas memórias acabo nem percebendo que ele já havia saído do banho, só realmente me despertei desses pensamentos quando o senti dando um beijo molhado em meu pescoço.

Me arrepiei inteiro, aquilo era muito bom e de quebra, meu ponto fraco.

Ele estava lindo, ou melhor, ele é lindo, usava apenas uma toalha na cintura e seu tronco estava totalmente descoberto, me dando uma ampla visão de seu abdômen definido que possuía várias gotículas de água escorrendo por ter acabado de sair banho.

Percebo que estou o devorando com os olhos e apenas nos atrasando mais ainda.

— Anda logo Tobio! Já estamos atrasados e você sabe como a Nat é!

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⏰ Última atualização: Nov 11, 2020 ⏰

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