classic - taekook

Único

— Que homem gostoso. Deus do céu, como eu queria chover nessa horta.

— Vai em frente, ele fede a hétero.

O moreno ditou com a boca cheia de salgadinhos. Farelos voando para direções contrárias e sujando a boca melecada com gloss de melancia.

— Sabe o nome dele? — perguntou, curiosa. Fechando a cortina e olhando para o Jeon.

— Pelo o que minha mãe disse, é Taehyung. É divorciado e trabalha como advogado, algo do tipo.

— Divorciado?! — Seulgi o olhou com os olhinhos escuros bem arregalados. — Como uma mulher deixa um homão desses?!

— É... Ele até que é bonitinho. — abriu um pouco a cortina da sala, tendo a visão perfeita de Taehyung em seu sofá. A janela da casa ao lado era enorme e sem nenhuma cortina. Jeongguk tinha visão de toda a sala e divisão com a cozinha.

— Bonitinho? Jeongguk, pelo amor de Deus! Esse homem é... Socorro, não dá nem pra descrever em palavras.

O moreno continuou olhando-o, curioso. O homem estava deitado no sofá, mexendo no celular. As roupas que usava eram um número maior que ele e o calção solto subia pelas coxas por conta da posição que se encontrava.

Subiu os olhos pelo tronco, a camiseta marcava levemente o peitoral e sem se tocar, olhou o rosto do de cabelos castanhos. Ele tinha o lábio preso entre os dentes, olhos bem fixos a tela do smartphone e balançava a perna de um lado para o outro.

— Você é um pouco exagerada, Seulgi. Ele não é tudo i- Cacete! — fechou a cortina com brutalidade. O corpo gelou e o coração acelerou. Tinha sido pego no flagra.

Taehyung o viu.

O homem percebeu que tinha um estranho lhe secando pela janela.

Cristo, aonde enfiaria sua cara agora?

— O que foi, viado?

— Ele me viu, porra. — atirou uma almofada na garota depois de se jogar no outro sofá.

— Relaxa.

— Ele é meu vizinho, como eu posso relaxar?

— Tá surtando demais pra quem disse que ele é apenas bonitinho.

O garoto ficou quieto, olhando para o nada enquanto Seulgi insistia em endeusar aquele homem que recém havia se mudado para a casa ao lado.

Não ia negar, o cara era bonito e tinha um físico de dar água na boca, mesmo que de roupas.

Já tinha o visto chegar do trabalho, ele sempre saía de terno, perfeitamente arrumado para um dia de trabalho. Quando voltava, segurava o casaco na mão e a camiseta sempre tinha dois botões abertos. Gravata frouxa e o cabelo saindo da linha cheia de gel e topete.

Os cabelos bagunçados no final da tarde, o deixavam sexy.

Saiu de seus devaneios quando a campainha da casa tocou. Seulgi permaneceu atirada no sofá, porque — obviamente —, ela não tinha nada que ver com as visitas na casa do Jeon.

Jeongguk caminhou até a porta entre alguns tropeços, limpando a boca com a manga da camiseta e jogando os fios de cabelos para trás.

Quando abriu a porta, os olhos que já eram grandes, dobraram o tamanho.

O vizinho estava ali, na sua porta. Com um sorriso lindo nos lábios, segurando um pote que reconheceu ser de sua mãe.

— Oi, eu vim entregar o pote da senhora Jeon. Ela me levou kimchi esses dias e eu esqueci de devolvê-lo.