For You, For Me, For Love

12

Cinco anos atrás (Parte 10)

Sina Deinert

Ao parar o carro no acostamento, franzi o cenho e o olhei novamente.

O que está fazendo, Urrea? - perguntei de um modo firme, o olhando séria, mesmo que no fundo eu estivesse nervosa e confusa -

Eu não sei o porquê está tão descontrolada, Sina… Sinceramente - Ele balança a cabeça de um modo tão sínico que eu poderia xinga-lo ali mesmo - Mas vou contar a verdade…

Ao ouvir o que ele diz, sinto até um alívio, afinal, mesmo que nosso antigo relacionamento fosse cheio de incertezas e mesmo assim ele mentindo algumas vezes para mim, dessa vez, eu senti a necessidade de acreditar nele.

Então Sina... - ele começou - Mesmo que você não acredite, eu não seria um filho da puta tão enorme quanto você acha que eu sou, afinal, eu te amo - ele toca minha mão e eu o olho confusa - sim, mesmo que duvide, eu te amo, sei que já tive várias recaídas e que eu te decepcionei, mas acha mesmo que eu iria te trair, mesmo que não estejamos mais juntos, com a Any? Ela nem é tão interessante assim, é uma metida, que se acha só porquê foi reconhecida pela Beyoncé e como os fãs dela diz "Carrega o Now United nas costas"... E mesmo que você não acredite, é apenas você quem eu amo e tem meu coração - Ele declara, pondo minha mão em seu peito, me fazendo olhá-lo. Eu estava com pena e apaixonada. E eu me odiava por saber que esse idiota me prendia à ele, apenas com um sorriso ou com uma puta mentira. Tal como essa agora -

Eu fiquei o olhando, por alguns segundos, ele suplicava meu perdão, apenas com aquele olhar. Os carros passavam vezes rápido, vezes na média. A escuridão deixava, com relances da luz do luar e alguns faróis, um ambiente ótimo. E infelizmente, eu o beijei. Sim. Eu o beijei. Me julgue por ser apaixonada nesse canalha.

Nosso beijo era diferente de todos o que tínhamos dado em todos esses 5 anos. Era como se nossas bocas continuassem a ser interligadas, mas sem nenhum resquício de paixão e amor. Na verdade eu já sentia isso, mas imaginar que antes de estar te beijando, ele não havia provado outra pessoa.

Ele me puxou mais para ele,mesmo sendo impossível, porque estávamos dentro do carro. Ele reclinou o banco, puxou meu corpo contra o ele, o que logo o fiz, me sentando no colo dele. Beijei o pescoço dele, lambi e mordi, seguindo até sua boca. Em questão de segundos, estávamos apenas com roupas íntimas e bom, você já deve imaginar o que aconteceu….

Eu só sei que quando chegamos em casa, eram por volta das 23 horas. Eu usava sua camisa, tinha chupões por meu corpo todo, assim como ele e nossos cabelos estavam desgrenhados, sendo acompanhados por sorrisinhos bobos, grande parte, vindos de mim.

Droga. Eu havia me entregado à ele. Novamente e provavelmente, meu chifre não passe pela porta.

Depois que eu entrei em casa, subi para meu quarto, cantarolando e sendo surpreendida por Heyoon e Kris no meu quarto com uma cara de safados.

Hm… Então, parece que a reunião foi ótima - provocou Kris - Talvez um tal de Noah Urrea seja o culpado

Sim amiga, eu tenho que concordar. Quando saiu daqui, fiquei com medo do que poderia acontecer naquela reunião com o Simon, mas parece que o mais importante aqui é que você e o Urrea voltaram - Ela fala animada me abraçando e eu dou uma leve risada -

Gente foi pior do que poderia imaginar - falo me jogando na cama em meio aos dois e ambos me olham confusos -  Não com Noah. Com ele foi perfeito…  Me refiro ao Simon, nosso chefe

Como assim, Maria? - perguntou Kris arqueando a sobrancelha -

Eu estou restritamente proibida de participar das atividades do grupo, por mandá-lo ir tomar café na colher - Falei me levantando e indo pegar uma toalha no armário -