BÓRIS

Capítulo Um

BÓRIS

Capítulo um

Bóris estava em seu escritório no décimo quinto andar na famosa New York admirando a paisagem, esse foi o motivo por ter escolhido o lugar. Ainda não havia se acostumado com os costumes americanos. Eles não param um minuto sequer, sempre indo e vindo em uma cidade que não dorme. Em alguns minutos seu expediente terminaria e ele voltaria para casa, quando pensava em lar se lembrava automaticamente de sua amada Rússia. A decisão da mudança há meses atrás teria sido de sua mãe, porque apesar de amar seu status social de esposa de um descendente da nobreza, depois que o seu amado marido falecera ela quis voltar a sua terra. E Bóris achou muito justo apoiar a decisão dela. Mesmo que só descobrisse ha não muito tempo que sua origem era americana. Por que ele aos 30 anos nunca havido escutado os pais mencionarem que sua mãe era americana? O pai sempre foi um homem honrado e não aceitava que quebrassem as tradições ou que pessoas não ligadas diretamente a realeza e sua descendência se misturassem e ele foi o que mais transgrediu as regras casando-se com uma estrangeira, mesmo que ela tenha vivido a sua vida inteira na Rússia isso não a fazia uma nobre ou descendente de um, como a seu pai. Lembrava de sua ex amante Anastasia, era uma mulher insaciável, ele adorava sua companhia, mais ela decidiu querer mais do que somente momentos prazerosos com ele, então viu-se obrigado a deixá-la. Na sua família a regra era nunca se envolver com nenhuma mulher que não tivesse uma linhagem real igual a sua. Mais os encantos de Anastasia o envolveram de tal forma que resolveu experimentar viver uma aventura as escondidas de sua família. Quase todas as noites quando saia da Universidade de Hamburg na Alemanha ele a encontrava no em um apartamento perto do seu e se entregaram a longas torturas de prazer. Eles haviam se conhecido no campos da Universidade e desde sempre se encontravam em segredo. Terminou seu curso em administração e voltou a Kiev onde seus pais o esperavam ansiosos para que ele assumisse os negócios da família, diferentemente de seus irmãos Bóris Orlov sentia uma satisfação em ser descendente da nobreza imperial e mais ainda por ser ele quem seria o guardião dos bens. Mais sua vida pessoal como um pretendente de linhagem pura estava ameaçado por Anastasia que saiu da Alemanha a Kiev a sua procura. Antes de voltar ao lar ele havia terminado seu romance com ela. Mais pela ameaça que vinha fazendo a ele era sinal que não tinha aceitado o término do romance. Ela se mostrou uma mulher ardilosa e perigosa, fingiu estar grávida para fazê-lo casar-me com ela, mais o que ela não contava era que a mãe dele descobrisse tudo e a obrigado a fazer todos os testes para provar a mentira dela. A mãe sempre salvará os filhos das mulheres interesseiras, principalmente o filho do meio Alek, mais era a primeira vez que fazia uma coisa dessa natureza por o primogênito que era um homem centrado e sabia de suas responsabilidade sem nunca ter se metido em situação embaraçosa. Por isso ela pagaria uma quantia razoável para que Anastasia sumisse da vida de Bóris. Apesar dela não ser a primeira mulher com quem se envolvesse. Era a primeira vez que apresentava um perigo real, pois sua família nunca havia sido sofrido ameaças por uma caça status. Mais isso era passado e depois de uma experiência que quase arruinou sua honra, não queria mais saber de nenhuma garota. Agora estavam em outro país e ele se preocuparia apenas em cuidar da família e deixaria sua vida pessoal trancada em um cofre a sete chaves.

Ele parou seus devaneios e pegou as chaves do carro e sua pasta e saiu para os elevadores, seu escritório ficava a uma altura razoalmente distante do chão e ele gostava disso, pois se sentia inalcançável. Ao adentrar ao elevador se deparou com seu sócio Gustav que era seu amigo desde a faculdade e ele o convidara para a sociedade em expandir os negócios no mercado de engenharia civil. Por ser apaixonado por construir coisas teve que levar dois diplomas para casa o primeiro por obrigação e o segundo por amor. Administração de empresas e engenharia civil. Isso só veio a somar quando assumiu a presidência da empresa dos pais. Ao vê-lo Gustav foi logo dizendo:

- Bóris Orlov o construtor do Paris State!

- Gustav Flautemberg o conquistador barato.

Ambos sorriram apertando as mãos, eram amigos e sócios, se conheceram na Alemanha, dividiram um apartamento, tinham a mesma formação em engenharia civil e desde então continuaram a manter contato. Antes de Bóris mudar-se para a New York, Gustav já trabalhava desde sua formação como engenheiro de uma grande construtora em Los Angeles na Califórnia em uma de suas conversas, havia feito o convite de fazerem sociedade em uma construtora criada por eles. Esse era o sonho deles desde a faculdade. Após a morte do pai ele assumiu a empresa que estava na falência, vendeu-a pelo um bom preço. Quando sua mãe resolveu mudar- se para os Estados Unidos viu sua grande chance de realizar seu sonho. Comprou uma construtora falida e estavam transformando-a em um império das construções Orlov.

- Ainda não nasceu a mulher para me salvar da promiscuidade amigo. - ele sabia que o amigo sempre foi um namorador sem igual, só perdia para seu irmão do meio. - Como está a senhora Matrioska?

- Está bem e conhecendo seus muitos parentes que resolveu encontrá-los. - respondeu de maneira sisuda, ainda não tinha se conformado em saber que sua mãe era americana e nunca ter lhe contado. - De repente vejo nossa casa cheia de pessoas desconhecidas que nunca sonhei em possuir. O importante é que ela está mais feliz do que estava na Rússia lembrando do papai.

- Quando eu cheguei na Califórnia, achei tudo estranho. Tudo muito quente, foi difícil me acostumar, a única coisa que achei fácil foi as mulheres que andavam seminuas, isso eu adorei. - Gustav não se contém em falar de mulheres, acho que é o seu vício. Tem minha idade e ainda não se casou. E por se considerar um solteiro convicto esse status tão cedo mudará. - O que vai fazer hoje? Fora ficar fazendo as plantas daquela nossa nova...