07 - Eu te amava

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Resolvo aceitar já que ela não desistia...

Minha manhã foi tranquila, acordei tarde, tomei café, assisti um filme e quando vi já era hora de almoçar. Tomo um banho e escolho o look de hoje. Escolhi um moletom azul e vermelho, uma calça preta e o meu tênis de sempre. (Foto de mídia)

Quando chega 14:00 minha mãe me chama para irmos, ela pega seu carro e vamos buscar Wendy e Noah. Ela me faz ir atrás só para Wendy ficar do lado dela, até minha mãe me trocando?

Noah entra atrás junto comigo, ele fica o mais longe possível sem nem sequer fazer contato visual. Por muitos anos eu tentei superar o fato de ele me odiar, sendo que fui eu quem obriguei-o a isso, mas me partia o coração saber que meu melhor amigo me odiava.

Wendy e minha mãe conversam sobre vários assuntos, meus pensamentos estão na lua como sempre. Quando chegamos só percebo pelo fato de eles sairem do carro, saio acompanhando eles.

-Você e Noah podem ir nas lojas que querem enquanto eu e sua mãe vamos onde queremos.- Diz Wendy.

Minha mãe me dá um dinheiro e nos separamos, Noah tinha seu próprio cartão, então não precisava gastar o dinheiro de sua mãe.

-Onde você quer ir?- Pergunto.

-Tanto faz, escolhe você.- Diz ele entediado.

-Eu queria passar na livraria.- Digo e ele assente me levando em direção a livraria.

Eu amo livros, ele me fazem viajar para outro mundo, independente de qual seja.

Seguimos em silêncio até lá, vejo diversas prateleiras e vou na que diz " Romance".

Ele me segue e bufa.

-Vai demorar muito? Escolhe qualquer um ai.- Fala ele impaciente.

-Eu perguntei se não tinha problema, você que quis vir.- Respondo.

-Ah sim, meu sonho vir na livraria com Any Gabrielly Rolim Soares.- ironiza ele.

-Quer parar de me chamar pelo nome completo? Eu odeio e você sabe disso.- Reviro os olhos.

-Ah desculpa madame, estou sobre suas ordens.- Ironiza ele novamente.

-Para de ser ignorante Noah.- Grito.

-Olha, eu só estou aqui porque minha mãe acha que ainda somos amigos e eu sei que a sua também acha. Por que não contamos a elas o que você fez e pronto?- Pergunta ele.

-Não!- Digo mais desesperada do que eu queria.- Quer dizer... Não acho que seja necessário.

-Quê? Quer continuar fingindo que somos amigos?- Aquilo me deu uma ideia que eu até então não havia percebido.

Noah e eu estávamos realmente fingindo ser amigos, e Joey não comentou nem fez nada, toda vez que eu fazia um amigo em Los Angeles ele me ameaçava, mas com Noah não, talvez porque ele soubesse que por causa da minha mãe éramos obrigados a se ver, podíamos ter sim uma amizade... Uma pontada de esperança nasceu, só havia um problema... Noah me odeia.

-Que tal tentarmos ser amigos?- Pergunto com medo de sua resposta.

-Quê? Primeiro você manda aquela mensagem dizendo que não queria falar comigo, me bloqueia em todas as redes sociais e quando eu te liguei uma noite você disse que nunca gostou de mim e que nossa amizade era algo que nunca existiu, agora você quer que sejamos amigos de volta? Francamente Any.- Diz ele.

Sim, ele havia me ligado uma vez e eu falei aquelas coisas, eu devia ter pensado em algo menos terrível para falar, mas eu era uma criança passando por dificuldades que não eram comum, enquanto as outras crianças se preocupavam se iriam conseguir convencer suas mães para comprar Mc lanche feliz, lá estava eu me preocupando que meus amigos não sejam machucados.

-Noah, não era verdade, eu precisava que você me odiasse.- Digo com lágrimas nos olhos.

-Precisava? Por quê?- Pergunta ele irritado.

-Eu não posso te contar.- Digo.

-Você me deve explicações Any.

-Digamos que eu passei por dificuldades, mas tudo que fiz foi não meter você nos meus problemas.

-Devia ter perguntado se eu aceitava essa sua decisão...Mas não, você resolveu decidir tudo sozinha.- Diz ele com os olhos marejados.

-Eu sinto muito, mas eu não poderia te meter naquela situação, eu não posso.- Falo.

-Não pode? O quê você está escondendo Any?- Pergunta ele.

-Eu não posso contar, não insista.

Ele suspira, abaixa a cabeça e fica em silêncio por alguns minutos.

-Sabe, você era a pessoa em quem eu mais confiava, eu te amava Any.- Diz ele se virando e saindo da livraria.

Aquelas palavras "Eu te amaVA" doeram profundamente em meu coração.

Pego o livro que escolhi e vou até o balcão pagando pelo mesmo. Quando saio ele está me esperando ali fora, sorte a minha não precisar procurar ele. Seguimos em silêncio procurando nossas mães, ele percebendo que eu estava mais que magoada tenta dizer:

-Any eu não quis...

-Não quero falar sobre isso.- É tudo que eu digo.
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