𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐅𝐎𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑,𝖼𝖺𝗋𝗅 𝗀𝗋𝗂𝗆𝖾𝗌

𝗮𝗹𝘄𝗮𝘆𝘀 𝗮𝗻𝗱 𝗳𝗼𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 | 000 ➸ 𝗉𝗂𝗅𝗈𝗍𝗈.

Naquela manhã, a garota acordou com os raios de sol que entravam em seu quarto pela janela levemente aberta, ouvindo leves barulhos de fogo sendo acesso no andar de baixo, ela havia dormindo tarde com preocupação, uma nova doença poderia chegar a sua cidade.

Ela estava quase terminando de escrever a carta cujo a mandaria para seus pais, que a deixaram com o tio a dois anos atrás para trabalharem no exército.

——— Bom dia,querida! ——— A voz jovem ecoou pelo quarto fazendo a garota derrubar o lápis no chão.

Gleen, sem dúvida alguma, era o melhor tio que alguém poderia dejesar, era cuidadoso, atencioso e muito amoroso, era primo de seu pai e a garota simplismente o amava.

——— Tio! já falei pra não entrar assim, quer me matar? ——— Lilian diz se abaixando para pegar o lápis,permitindo o tio a dar uma risada fraca.

——— Hoje você não vai na escola, a doença chegou aqui na cidade e Fizeram todos ficarem em quarentena.

——— Mas ——— Ela da um suspiro forte, Sentando na cama ——— Como vou mandar a carta para os meus pais?

——— Querida, precisamos que você entenda uma coisa, Abraham e Rosita vão se cuidar e vão ficar bem, e tudo isso vai passar, ok? E você poderá mandar milhões de cartas para eles,ok?

——— Obrigado por cuidar de mim, tio.

——— Ok,sem choro, vamos descer para comer, temos nada pra fazer hoje.

——— E seu trabalho? Você também não vai trabalhar hoje? ———  Lilian diz enquanto seguia seu tio descendo as escadas.

——— Eu tenho que ir. ——— Suspirou e entrou na cozinha. ——— E você não ouse sair de casa, senhora Lilian.

——— Você também não é pra sair,tio ——— A garota se levanta e se aproxima do tio. ——— Eu me preocupo com você, eu te amo, não saia por favor! E se você pegar essa tal doença estranha, não quero perder você.

——— Oh, querida! ——— Ele começa e puxa a garota para um abraço apertado  ——— Nada vai nos separar ok? Eu também te amo, mas eu preciso sair, eu tenho que sair, eu prometo que vou ficar bem e se alguma coisa acontecer, eu prometo que venho correndo pra casa. - A garota sente seus olhos esquentarem e abraçou forte o tio.

——— Você promete que vai se cuidar, tipo, se cuidar muito, muito,muito?

——— Óbvio que eu vou, você é praticamente uma filha para mim, Rose. ——— Glenn segurou as lágrimas e soltou a ruiva. ——— Eu preciso ir agora, coma e fique fazendo alguma, mas o principal, não saia de casa!

——— Tchau. ——— A garota diz com uma de choro, ela acharia que iria perder ele. ——— Você Não Deveria Ir...

A garota já estava preucupada demais com o tio para pensar positivamente, ela não conseguia pensar que ele ficaria bem, ela só queria obedecer o tio.

——— Ok, vamos fazer alguma coisa! ——— A garota falou para si mesma enquanto ia para a sala ver algum filme ou alguma coisa que estava passando na televisão.

Quando havia chegado na metade do filme, a garota já queria gritar e sair de casa, ela se sentia como uma prisioneira.

"Porque essa Doença Tinha Que Surgir Agora?" Pensou a garota, já se levantando para ir trocar de filme.

A garota sem querer, acabou errando o canal e pondo no canal de notícias, era o canal que ela mais odiava, mais no momento despertou interesse em saber o que a mulher da televisão estava falando.

——— Pessoas com a nova doença mundial fugiram do hospital ——— Neste momento a garota parou de prestar atenção nas palavras da moça e vibrou os olhos na imagem, uma pessoa com rosto deformado, parecia pele podre, e ele estava atacando uma senhora de idade, ele mordeu ela, a garota realmente estava com medo, ainda mais quando o bicho começou a atacar outras pessoas da rua.

Olhou para o lugar onde aconteceu isso, via 5,na mesma via onde Lilian morava, e onde seu tio trabalhava.

Ela só conseguia chorar pensando em seu tio, e se ele estivesse morto? A garota que estava perdida em seus pensamentos, perdeu-se deles quando ouviu o telefone que estava encima da mesinha tocar.

——— Residência dos Rhee, alô? ——— Disse com a voz trêmula.

——— Ai meu Deus ——— um suspiro forte foi ouvido do lado da linha e a garota sorriu a reconhecer a voz,mais em alguns segundos,ele sumiu. ——— Rose, por favor, não sai de casa, eles estão na rua, tem milhares dele, é só isso que eu te estou te pedindo, querida.

Lilian concordou com a cabeça e ouviu um grito do outro lado da linha, arregalou os olhos e a chamada caiu.

Ele não está morto, ele não morre fácil.

A garota sabia que sair seria a pior escolha, mas, ela tinha que sair.

Ouviu a porta ser balançada, eram os mortos, ela tinha certeza.

Ela preparou uma pequena bolsa, como os pais eram do exército ela sabia coisas que tinha que pegar e fazer.

Ela pegou três faças afiadas na cozinha, uma faca pequena, mas boa para se defender e pós encima da mesa, ela pós várias roupas, comidas enlatados e uns  dois sapatos e colocou dentro da bolsa, ela colocou um coturno no pé e pôs a faca lá dentro, ela estava pronta para sair.

Ela estava com algo preso na garganta, ela queria chorar mais, muito mais, mas não podia, se seu tio estivesse morto ela sabia que chorar decepcionaria ele.

Algumas horas depois, a garota ainda estava no quarto, ela observou a rua um pouco, e voltou a se deitar na cama, ouviu alguns gritos, mas não se tratava dos bichos, os vizinhos provavelmente estavam desesperados.

A garota estava também, estava tudo meio calmo,apenas ouvindo o grunido dos bichos,mas ela sabia que isso não iria restar muito tempo, ela adicionou mais três coisas na mochila nessas horas:papel, caneta, lápis, borracha e um diário, ela chamava o diário de diário do morto, idiotice? Talvez, mas ela gostava e sempre gostou de escrever.

Ela se sentou na cama, mas deu um pulo na hora, estava ouvindo barulhos de tiros, ela pegou sua bolsa e desceu, ela estava pronta para enfrentar tudo.