Parte 2.

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09 dias para Victoire ir embora

— Bom dia chuchu — disse Teddy, extremamente animado invadindo a mesa da corvinal se sentando ao lado da melhor amiga.
— Você sabia que na verdade o apelido chuchu não vem do legume mas sim do francês onde a palavra “chouchou” significa “querido”? — Victoire respondeu enquanto passava geleia em uma torrada.
— Sabia sim, por isso que eu te chamo assim. Você é minha querida e ainda é francesa. Sem falar que ninguém realmente gosta do legume chuchu, não tem gosto de nada.
— Eu acho que ele é o quarto estado da água.
— Como assim? — Teddy perguntou, pegando a torrada da mão da garota e comendo, ela pacientemente começou a passar geleia em outra.
— Bom o primeiro estado da água é o sólido, em segundo temos o líquido, em seguida o gasoso e o quarto e último é o estado do chuchu.
Teddy gargalhou.
— Está com seus trajes de banho? — ele perguntou.
Ela assentiu e afastou levemente a blusa para mostrar a alça do maiô.
— Ótimo! — Teddy começou a pegar um pouco de cada tipo de comida que tinha na mesa e colocar com cuidado em potes que tirava da mochila — Vamos.
Victoire não reclamou, pegou suas próprias coisas e foram em direção aos jardins. Na margem do lago, deixaram as mochilas, tiraram suas roupas e entraram na água.
A garota era uma ótima nadadora, sua casa, o Chalé das Conchas era a beira-mar portanto ela sabia nadar antes de saber andar, na verdade ela nadava melhor do que andava, Victoire tropeçava constantemente em tudo, incluindo em seus próprios pés. Por muitas vezes apareciam machucados e arranhões em todo seu corpo e ela nunca sabia exatamente onde tinha trombado para que eles aparecessem. Teddy implicava com ela a respeito disso o tempo inteiro, mas na maioria das vezes acabava tropeçando mais do que a própria garota.
Ambos mergulharam e começaram a nadar em direção a parte mais funda do lago, onde sabiam que a lula gigante ficava.
— Está pronta? —  Teddy perguntou.
— Eu nasci pronta, Edward! — respondeu rindo.
Ele segurou a varinha e apontou para a própria cabeça lançando o feitiço de cabeça-de-bolha, depois fez o mesmo com a amiga. Ambos sorriram e mergulharam em direção ao fundo do lago.
— Lumus — disse Victoire quando a escuridão da água se tornou densa. O feitiço abafou o som e Teddy não a ouviu, mas ao perceber a luz, fez o mesmo com sua própria varinha.
Alguns metros abaixo, começaram a perceber uma movimentação na água. Teddy apontou e Vic assentiu. Ali estava a lula que carinhosamente eles nomearam de Zuka Ricardinho.
A lula parecia estar fazendo… coisas de lulas e não notou a aproximação dos jovens mesmo quando eles se enrroscaram em um dos tentáculos e abraçaram-o. Teddy e Victoire seguraram os braços um do outro para dar apoio para se caso … tentasse expulsá-los, mas ela não o fez, continuou nadando normalmente, o que deixou o passeio agradável. Quando finalmente os notou começou a balançar os tentáculos e soltou um jato de tinta que atingiu bem a cabeça de Teddy.
Victoire estava rindo demais da situação para ficar preocupada, a cabeça de bolha que antes era transparente agora estava totalmente tingida de um tom roxo escuro e ela duvidava que ele estava enxergando alguma coisa, portanto segurou sua mão e o guiou de volta para a superfície. Quando saíram da água as bolhas estouraram e a tinta se espalhou pelo rosto,  pescoço e tronco de Teddy.
— Você está cada dia mais parecido com o Blue da mansão foster para amigos imaginários — a garota disse rindo.
— Isso faz de você a Coco? — Ele perguntou, também rindo.
Vic mostrou a língua para o amigo  e começou a jogar água em direção a ele, o que acabou com os dois engajando em uma guerra de água até finalmente nadarem de volta às margens do rio.
E assim riscaram da lista Mergulhar no lago e abraçar um dos tentáculos da lula gigante.

08 dias para Victoire ir embora

Era um Domingo a noite e Victoire já estava pronta para curtir o dia: deitada em sua cama enrolada nas cobertas com seu exemplar de Orgulho e Preconceito em mãos e os óculos que só usava para leitura, no rosto. Até que ela ouviu três batidas na porta de seu dormitório. Tentou ignorar e fingir que não tinha ninguém ali dentro (até porque suas colegas de dormitório estavam sabe-se lá deus onde), mas quem quer que estivesse do lado de fora era insistente e voltou a bater na porta. Ela levantou bufando e abriu a porta de uma só vez, irritada. Nada. Não havia ninguém ali. Ela franziu a testa colocando a cabeça para fora e olhando de um lado para o outro tentando achar alguém que pudesse ter feito uma pegadinha tão sem graça quanto aquela. Não havia ninguém. Esfregou os braços tentando se livrar dos pensamentos de ser uma assombração ou um feitiço que ela não conhecia e então fechou a porta e se virou, pronta para voltar para a cama e continuar sua leitura.
Nada a prepararia, no entanto, para a cena que viu a seguir: A cabeça flutuante de Teddy Lupin sobre sua cama. Vic soltou um grito e demorou alguns segundos para que seu cérebro fizesse as sinapses necessárias para entender que ele havia entrado pela porta usando a capa de invisibilidade de seu padrinho e que agora era a mesma capa que cobria seu corpo e dava a impressão de que sua cabeça estava “flutuando”.

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⏰ Última atualização: Sep 02, 2020 ⏰

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