With your knee socks

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Talvez algo estivesse errado naquela noite a medida que Sanemi olhava para o céu da varanda de sua casa, o cèu que antes estava estrelado, agora estava ficando esbranquiçado, era um sinal claro que dali para madrugada, uma chuva forte estaria caindo com força contra seu telhado.

Suspirou, parecia que não seria hoje que teria um tempo mísero de paz enquanto uma música aleatória tocava de sua playlist, na sua boca estaria um ohagi e poderia admirar as estrelas com apenas a sua companhia, seu gênio difícil dificultava estar com qualquer outra pessoa, até mesmo seus amigos, seu irmão era uma exceção, Genya era tudo pra si e até que compartilhavam um pouco do mesmo gênio, porém Genya tinha um jeito mais doce de ser, o que se aflorou mais ainda depois de conhecer aquela pequena "peste".

— Tch...— Lembrar de quem Genya estava, fazia seu estômago revirar e uma raiva sem motivo lhe tomar conta, o jovem de cabelos ruivos, cicatriz no topo da cabeça e o olhar mais inocente que vira, segundo as palavras de seu irmão.— Esse tal de amor fode nossa percepção...

Por falar nesse casal, eles estavam ali na calçada, conversavam enquanto estavam sentados olhando para os carros e pessoas a passarem, conversavam animados, o ruivo parecia falar pelos cotovelos com um sorriso no rosto, enquanto Genya apenas o olhava e respondia algo de vez em quando, Sanemi sabia que o mais novo estaria com o rosto vermelho demais, sempre fora bastante vergonhoso.

Aquele namoro de porta estava fazendo seu estômago ir e vir, fazendo-o ter aquela sensação de ânsia até, namorar estava em uma lista imaginária de coisas que ele não se dava o trabalho em ligar, quem sabe não estaria no topo.

O vento que antes era ameno e dava uma sensação de frescor, acabou se tornando mais forte à medida que os segundos se passavam, estava ali já se formando a parte do temporal que cairia ou agora ou mais tarde, às vezes o tempo apenas pregava peças.

Ao olhar para o casal lá embaixo, viu que o ruivo fez movimentos como se estivesse cheirando algo e daquela ação lembrou que o irmão comentara que o garoto tinha um olfato apurado até demais, conseguia saber de coisas sobre as pessoas apenas sentindo seus cheiros, dizendo ele: "Cada um tem um cheiro único, assim como seus estados de espírito".

O ruivo dito como Tanjirou Kamado se levantou e pode ouvi-lo se despedindo de Genya, que também levantou e o envolveu num abraço, fazendo o ruivo sumir pelo seu corpo grande e ao término do abraço, Genya depositou um beijo na testa de tanjirou que apenas riu envergonhado, e quando ia se virar para ir embora, olhou mais atento para a casa do maior e pode vir na varanda o irmão esquentado e de fios platinados, deu um sorriso e balançou a mão, Genya seguiu a direção em que o menor acenava e assim que viu seu irmão, deu um olhar de súplica para que pelo menos retribuísse o aceno, mas Sanemi fazia o que lhe cabia, apenas levantou as costas e foi para o quarto se jogando na cama.

— AAAAAAAAA QUE PIRRALHO CHATO... — Gritou contra o travesseiro, seu gênio não batia em nada com aquele garoto que seu irmão saia, podia ter aceitado o "lance" que os dois tinham, mas ainda estava longe de aceitar o garoto em si, ouviu a porta de seu quarto ser aberta.

— Aniki???— Ouviu a voz de Genya, podia ter passado vários anos, mesmo que Genya tivesse crescido, ainda parecia ser um bebê aos olhos de Sanemi

— Sanemi não está no momento, por favor deixe seu recado que se ele se importar, ele responde. — Falou com o rosto ainda contra o travesseiro.

Genya riu da atitude do irmão, entrou no quarto e pulou em cima do irmão.

— AAAIII CARALHO, TU NÃO É LEVE NÃO PORRA!!! — Sanemi finalmente se mexer e prendeu o irmão, que ria bastante, em seus braços. — PEDE ARREGO MERDINHA!!

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