180_Crítica Social

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Essas situações frustrantes são frequentes no nosso cotidiano, onde a mulher é desvalorizada e o homem ocupa um posto de soberano.

Isso não é de hoje e nem de agora.
Isso já tem tempo, isso tem história.


Ou já se esqueceram das princesas raptadas, enganadas e violentadas em celas?

Nem posso imaginar suas dores, medos e mazelas.

Ou já esqueceram dos comércios sexuais que hoje, graças, é fora da lei?

Lei...

A lei existe, mas não impede.

Medidas são tomadas, mas não cumpridas.

Os homens se irritam e as mulheres morrem, são ofendidas e agredidas.

Onde está a justiça?

Justiça...

Uma palavra incompreendida.

Pois como podem deixar impune pessoas que matam, batem e abusam?

E as mulheres? Ah... Sempre as mulheres.

Mulher...

Uma palavra que para muito representa fraqueza, mas falando com franqueza, a palavra 'mulher' se iguala a 'guerreira'.

Por não se afligir perante as dificuldades, dificuldades essas, como a inferioridade.

Homem...

Uma palavra que tem me dado medo.

São agressões e mais agressões.

Insultos e mais insultos.

Estupros e mais estupros.

Por que esse comportamento? Por que essa atitude?
Será que tudo começa na juventude? Na fase das descobertas?

Não sei, mas deve ser.

Já que também descobrimos, que a sociedade está à favor de você,
menino-homem.


Outra palavra incompreendida é a 'sociedade'.

Como pode em algo tão importante, haver tanta desigualdade?

Por que apoiar só aos homens e as suas vontades?

É preciso de ajuda, é preciso de uma fuga.

Mas para onde ir? E a quem recorrer?

Se o sistema é falho, o quê podemos fazer?

Nessa sociedade corrompida e de cultura mau, o quê vamos fazer para nos proteger afinal?

E as pessoas que treinam para nos proteger, se até elas nos agride, como vamos sobreviver?

E além dos órgão competentes, tem outra coisa que chega a ser mais negligente:

Família...

Como pode um pai, estuprar sua filha?

Se até o marido bate na sua esposa, como posso confiar que desconhecidos são pessoas boas?

E nem adianta dizer que no Brasil não acontece com frequência.

No 13° Anuário de Segurança Pública, podemos ver os registros desses atos e das súplicas por ajuda.

76% dos autores são conhecidos, parentes ou amigos.

Mas o povo só acorda quando mais uma criança vira vítima, e o ocorrido consegue ir à TV.

O caso fica no ar por alguns dias, repercutindo com lamento, indignação e sofrimento.

Mas depois de um tempo o povo volta a dormir.

Assim, do nada, de repente.

O que é preciso fazer, para esse "gigante" permanecer acordado para sempre?

82% das vítimas são meninas.
54% tem até 13 anos.

Ouçam as lástimas, vejam as lágrimas...


E não só de quem é estuprada. Há a dor de quem também foi violentada
psicologicamente, quero dizer, sabemos como uma palavra pode ter poder,

ao ponto de nos levar aos mais altos céus e  ao ponto de nos abaixar até nos sentimos réus.

Réus da depressão;
Réus da opressão;
Réus de palavras más;

E o sentimento é de que somos cada vez mais ínfimas.

Na questão de violência doméstica, são 88 casos por dia.

E esses foram alguns registros de casos que acontecem pelo território brasileiro.

Mas é só um pouco do que acontece por ai à fora, porque se formos procurar, acharemos muitas histórias.

Tem tanta coisa ruim e é por cada coisa imbecil.

Que alguém salve a Pátria Brasil!

A ideia de "donos do mundo" já está enraizados na cabeça de muitos.

Como mudar um conceito formado?

Talvez não dê para mudar, já está muito aprofundado...

Se não podemos quebrar o elo de ações más, que um dia se entrelaçou entre as pessoas.

Vamos zelar, para que esse elo não se amarre à geração vindoura, que já está crescendo no meio desse caos.

Conscientize, denuncie, faça o bem, ajude alguém.

180 é o número da Central de Atendimento a Mulher, e presta serviço a todo Brasil.

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