Essas situações frustrantes são frequentes no nosso cotidiano, onde a mulher é desvalorizada e o homem ocupa um posto de soberano.
Isso não é de hoje e nem de agora.
Isso já tem tempo, isso tem história.
Ou já se esqueceram das princesas raptadas, enganadas e violentadas em celas?Nem posso imaginar suas dores, medos e mazelas.
Ou já esqueceram dos comércios sexuais que hoje, graças, é fora da lei?
Lei...
A lei existe, mas não impede.
Medidas são tomadas, mas não cumpridas.
Os homens se irritam e as mulheres morrem, são ofendidas e agredidas.
Onde está a justiça?
Justiça...
Uma palavra incompreendida.
Pois como podem deixar impune pessoas que matam, batem e abusam?
E as mulheres? Ah... Sempre as mulheres.
Mulher...
Uma palavra que para muito representa fraqueza, mas falando com franqueza, a palavra 'mulher' se iguala a 'guerreira'.
Por não se afligir perante as dificuldades, dificuldades essas, como a inferioridade.
Homem...
Uma palavra que tem me dado medo.
São agressões e mais agressões.
Insultos e mais insultos.
Estupros e mais estupros.
Por que esse comportamento? Por que essa atitude?
Será que tudo começa na juventude? Na fase das descobertas?Não sei, mas deve ser.
Já que também descobrimos, que a sociedade está à favor de você,
menino-homem.
Outra palavra incompreendida é a 'sociedade'.Como pode em algo tão importante, haver tanta desigualdade?
Por que apoiar só aos homens e as suas vontades?
É preciso de ajuda, é preciso de uma fuga.
Mas para onde ir? E a quem recorrer?
Se o sistema é falho, o quê podemos fazer?
Nessa sociedade corrompida e de cultura mau, o quê vamos fazer para nos proteger afinal?
E as pessoas que treinam para nos proteger, se até elas nos agride, como vamos sobreviver?
E além dos órgão competentes, tem outra coisa que chega a ser mais negligente:
Família...
Como pode um pai, estuprar sua filha?
Se até o marido bate na sua esposa, como posso confiar que desconhecidos são pessoas boas?
E nem adianta dizer que no Brasil não acontece com frequência.
No 13° Anuário de Segurança Pública, podemos ver os registros desses atos e das súplicas por ajuda.
76% dos autores são conhecidos, parentes ou amigos.
Mas o povo só acorda quando mais uma criança vira vítima, e o ocorrido consegue ir à TV.
O caso fica no ar por alguns dias, repercutindo com lamento, indignação e sofrimento.
Mas depois de um tempo o povo volta a dormir.
Assim, do nada, de repente.
O que é preciso fazer, para esse "gigante" permanecer acordado para sempre?
82% das vítimas são meninas.
54% tem até 13 anos.Ouçam as lástimas, vejam as lágrimas...
E não só de quem é estuprada. Há a dor de quem também foi violentada
psicologicamente, quero dizer, sabemos como uma palavra pode ter poder,ao ponto de nos levar aos mais altos céus e ao ponto de nos abaixar até nos sentimos réus.
Réus da depressão;
Réus da opressão;
Réus de palavras más;E o sentimento é de que somos cada vez mais ínfimas.
Na questão de violência doméstica, são 88 casos por dia.
E esses foram alguns registros de casos que acontecem pelo território brasileiro.
Mas é só um pouco do que acontece por ai à fora, porque se formos procurar, acharemos muitas histórias.
Tem tanta coisa ruim e é por cada coisa imbecil.
Que alguém salve a Pátria Brasil!
A ideia de "donos do mundo" já está enraizados na cabeça de muitos.
Como mudar um conceito formado?
Talvez não dê para mudar, já está muito aprofundado...
Se não podemos quebrar o elo de ações más, que um dia se entrelaçou entre as pessoas.
Vamos zelar, para que esse elo não se amarre à geração vindoura, que já está crescendo no meio desse caos.
Conscientize, denuncie, faça o bem, ajude alguém.
180 é o número da Central de Atendimento a Mulher, e presta serviço a todo Brasil.
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Tudo Em Mim
Poetry-À criança dentro de mim. 🔴Nesse livro você encontrará pequenos trechos e poemas sobre fatos históricos, recordações, pensamentos e sentimentos que um dia eu pude ter sobre algumas situações, críticas sociais e músicas. 🔴Alerta de gatilhos! Algun...