O tempo realmente passa

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(...)
Quando estamos numa situação horrível o tempo passa mais lentamente do que em qualquer vez na vida, ele fica em slowmotion.
Alguns anos se passaram, mas esses anos com certeza passaram de modo tão lento que senti que décadas da minha vida foram tiradas.
Ok, que eu só tenho uns 15 anos nesse corpo, mas, foi muito tempo mal cuidado.

Meu corpo dói.
Meu corpo inteiro dói.
Minha cabeça lateja.
Eu estou morrendo de dor.
Eu. Quero. Morrer.
Puta-que-me-pariu
Eu não como há dias...

Ainda tenho que encontrar aquele idiota, apesar de tudo eu vim aqui com ele.
Aposto que ele, "o"rapunzel, tem uma vida muito melhor que a minha.
Vai a merda.
Se ele souber o quanto eu já passei até agora,
Aquele Bastardo do meu "pai" só faltava me matar igual fizeram com a minha querida mãe desse mundo.

Melhor eu me apressar, depois de anos descobri onde aquela merda de torre está. — penso comigo mesmo e sigo caminho

Andei até uma entrada coberta de Ramos e folhas secas.
Deve ser essa a passagem.

Entrei por ela, avancei mais alguns passos.

Nada.

Virei para á esquerda e andei mais.

Nada novamente.

Eu não achava aquela torre de forma alguma.

Horas se passaram e para minha surpresa em vez de achar uma torre, eu pelo menos achei comida.

Um arbusto cheio de ameixas e amoras selvagens, não pareciam perigosas ou por algum motivo envenenadas.

Peguei umas e comecei a comer.

— Mm, precisava disso. — entupia minha boca com cada vez mais frutas, até que quando fui mover as folhas para pegar mais uma, vi de relance, á minha frente estava a torre

Olhando para o que estava á alguns metros de mim eu não pude não pensar "inacreditável".

Pelo menos, essa perturbação toda me rendeu comida.

Quando pus os pés perto da torre eu podia ouvir uns berros:

— VÊ SE LIMPA ESSA MERDA TODA DE NOVO, NÃO FAZ NADA QUE PRESTA VAI SE FODER.
EU JURO SEU IMUNDO, SE VOCÊ NÃO LEVANTAR DESSE CANTO E TRATAR DE LIMPAR  DE NOVO, EU MATO-TE.

Eu vi a dona daquela voz de velha a sair, aproveitei a chance é fui entrar na torre para ver com quem ela estava a falar.

— Hey, — tento chamar a atenção dele — tá tudo b—

Depois de reparar o estado em que ele estava eu pulei para trás.
Ele estava pior do que eu e minha mãe antes de morrer juntos.

Ele estava um graveto, todo sujo, a cara manchada de sangue? Machos roxas embaixo dos olhos. Sujeira e marcas pretas por suas bochechas.

— É-és o dabi? — uma voz trémula e baixa perguntava

A única pessoa que sabia da minha identidade nesse mundo era...
Não é—
Aproximo me e questiono ao sofrido á minha frente:
— MANO, SHIGARAKI?

𝚂𝚝𝚞𝚌𝚔 𝚒𝚗 𝚏𝚊𝚒𝚛𝚢𝚝𝚊𝚕𝚎 𝚠𝚒𝚝𝚑 𝚊𝚗 𝚒𝚍𝚒𝚘𝚝Onde histórias criam vida. Descubra agora