Brendon ama os palcos, a música é seu grande amor. Sua paixão pela vida artística só não é maior que pela moça de cachos dourados capaz de arrancar-lhe suspiros e que, a propósito, o acompanha em todos os lugares e shows. Ele fez uma promessa a ela...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era sempre um lugar de reflexão. Mesmo com toda a carga emocional ruim que a jovem policial sentia ao passar pelo portal de ferro fundido, os pensamentos pareciam fluir melhor quando estava ali. Talvez a saudade fosse o fator principal para que o misto de elementos fantasiosos permeasse a sua cabeça de uma forma agradável ou, quem sabe, era apenas o espírito da tia que a deixava tão em paz em seus devaneios.
Tessa encarou a lápide arredondada por dois minutos, sem falar ou se mover, apenas se preparou para ajoelhar-se.
A rosa vermelha foi abandonada sobre a grama e, depois, a moça beijou a própria mão antes de deslizar os dedos sobre o nome gravado no concreto.
— Os dias têm sido muito difíceis, tia Wanda. — Ela engoliu um pouco de saliva e sorriu. — Quem disse que seria fácil, não é?
Enquanto conversava com o jazigo de sua ente mais querida, Tessa percebeu um rapaz chorar, ao longe. Ele abandonou um buquê de rosas brancas sobre o túmulo à sua frente e não demorou para sair. Mesmo com a distância, foi possível notar um pequeno bilhete escorregar do bolso do homem e valsar lentamente até o chão.
A moça correu até onde ele estava e tentou chamar sua atenção enquanto o rapaz parecia cada vez mais longe. Foi em vão. O moço desconhecido entrou em uma Van, assim que passou pelo portão, e, sem que Tessa pudesse anotar ao menos a placa do veículo, ele partiu.
— Lembrar de comprar as flores antes de ir para o show — ela leu o que estava escrito no papel e o dobrou.
Enquanto enfiava o bilhete no bolso, Tessa olhou para a lápide na qual o rapaz depositara as flores. Havia três nomes com datas diferentes de nascimento, mas a mesma de falecimento:
"A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo"
Em memória de J. Hutchison (1968-2019) D. Hutchison (1970-2019) e de sua doce menina Tori Hutchison (1997-2019)