21 de julho - meu aniversário de 15 anos
Jorge ( meu pai ): parabéns minha princesinha!
Julia ( eu ): pai, não sou mais uma criança.
Marina ( minha mãe ): você é nossa filha, sempre vamos cuidar de você. Hora de soprar as velas.
Amanda e Vitória, minhas melhores amigas, e outros colegas da escola estavam presentes também. Todos cantaram parabéns. Depois de se divertirem, todos foram embora. Minha mãe e eu fomos abrir meus presentes.
Ju: o último é o da Amanda. - abri a caixa e vi um lindo anel - Eu amei.
Ma: ele não é o último. Aqui está o meu.
Eu abro a caixa e vejo uma pulseira com muitos enfeites referentes ao mar, como golfinhos, conchas e pérolas.
Ma: é idêntica à minha. Você já deve saber que é tradição na nossa família dar essa pulseira a seu primogênito. Você sabe que nunca, nunca deve tirar ela.
Ju: isso parece um ritual, mas eu sei sim.
Ma: meu pai deu a minha quando eu fiz 15 anos. É uma tradição da nossa família.
Ju: sim, sim, eu sei.
( saindo um pouco da história: eu achava essa tradição um pouco " assustadora ". Depois de ganhar, nunca poder tirar. Depois eu entendi que era por necessidade. Voltando a história... )
Como estávamos de férias, Amanda decidiu dar uma festa na piscina da casa dela ( sim, ela é rica, mas não se importa muito com níveis sociais ). Uma semana depois do meu aniversário, ela decidiu fazer essa festa. Chegando lá, encontro só ela, seus pais e Vitória.
Ju: cadê todo mundo?
Amanda: vai ser uma festa só entre nós. De melhores amigas. Só alguns petiscos e refrescos, nada demais.
Minutos depois, minha mãe ligou.
Ju: sim mãe. Eu tô usando. Também te amo. Tchau.
Vitória: o que ela queria?
Ju: saber se tô usando essa pulseira.
Amanda: sua mãe tem uma igual.
Ju: ela me deu de presente. É tradição na família, mas parece maldição. Quando recebe, nunca mais pode tirar.
Vitória: credo!
Amanda: vamos esquecer isso e começar a festa.
Ju: eu vou só me trocar, já volto.
Fui até o banheiro e me troquei. O piso estava um pouco molhado e eu estava descalça. Lembro de ter caído, mas não lembro como. Quando abri meus olhos, vi uma enorme cauda de peixe na minha frente. Quando vi que aquela cauda era minha, fiquei desesperada. Tão desesperada que nem vi minha pulseira brilhando.
Ju: ah! Socorro! Alguém me ajuda!
Vi a maçaneta girar e Amanda entrando.
Amanda: Julia o qu... ah! O que é isso!? O que aconteceu!? Você está bem!?
Ju: eu não sei, só sei que tô assim!
De repente, minha mãe entrou no banheiro.
Ma: uma semana. Durou muito até.
Ela tocou na minha pulseira, que parou de brilhar, e voltei ao normal.
Ju: como fez isso?
Ma: vamos embora. Agora!
O jeito que ela falou me deu medo. Antes de sair do banheiro, ela se virou pra Amanda.
Ma: você não viu nada.
Amanda fechou os olhos e, quando abriu, ficou confusa, perguntando o que estava acontecendo e porque minha mãe estava ali. Ela não lembrava de nada. Fui levada até meu quarto. Ainda estava com a roupa de banho.
Ju: chega! Me explica agora o que tá acontecendo!
Ma: eu só poderia te contar quando isso acontecesse.
Ju: o que tá acontecendo!?
Ma: você pode não acreditar, mas... é uma sereia.
Ju: se-sereia!? Como aquelas em filmes?
Ma: não exatamente. É difícil de explicar.
Ju: como você sabe? Como me fez voltar ao normal?
Ma: é uma longa história...
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O Blog da Sereia
Teen FictionOlá, meu nome é Julia e eu... bem... sou uma sereia. Metade sereia, na verdade. Minha mãe é uma sereia, meu pai é humano. Até meus 15 anos não tinha nenhum sinal que eu era uma sereia e nem que tinha poderes. Eu me descobri em uma festa na casa da m...