Capítulo 8 - A festa

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Minha mãe resolveu pegar leve com os treinos, afinal eu já estava conseguindo dominar o gelo muito bem. Tanto a defesa quanto o ataque estavam ótimos. Seguimos treinando, dia sim, dia não. Quando fui para a escola, todos perguntavam como estava meu avô. Eu dizia que estava em boas condições depois de cuidarmos dele. Eu tinha que repor meus estudos de quase 2 semanas. Ficava o intervalo inteiro na biblioteca, por ser mais calmo, fazendo as atividades perdidas. Acho que as idas na biblioteca real me fez gostar mais do lugar. Tanto que, depois de repor as atividades, eu ia todo intervalo para lá. Era prazeroso ler aqueles livros.
Alguns dias depois, a Vitória estava entregando os convites pessoalmente. O que me impressionou foi o aniversário ser na praia. A Amanda deu o presente dela adiantado: deixar a Vitória escolher o local da festa e sua família iria organizar. A festa começaria de tarde e terminaria de noite, entre 7 e 8 horas da noite. Chegando em casa, mostro o convite para minha mãe. Ela iria comigo para garantir " qualquer incidente ", que no caso seria meu segredo.
O dia da festa chegou e tinha muita gente no lugar. A decoração era simples, mas bem moderna. O bolo e outros doces estavam dentro de uma casa de praia, por causa da areia e do vento.

Vitória: oi, sejam bem-vindas.

Ju: obrigada, a decoração está bem legal.

Vitória: vai deixar seu presente e eu te mostro o resto.

Deixei meu presente na pilha, com os outros que ela tinha recebido. Muitas pessoas estavam na piscina, algumas tiravam fotos e outras admiravam o lugar. Quando estava anoitecendo, cantamos parabéns e comemos o bolo. Depois ficamos em grupos ao redor de fogueiras.
Minha mãe, Vitória, Amanda e eu ficamos ao redor de uma fogueira. Outras pessoas faziam grupos de 6 ou 7 pessoas. Ficamos conversando e assando coisas na fogueira. Eu estava ouvindo minhas amigas conversarem e eu ficava olhando para o fogo. As chamas me atraíam de certa forma. Meu olhar estava fixo nelas. De repente, parei de ouvir vozes e comecei a ouvir gritos. A última visa o que tive foi da minha mãe, tentando me dizer algo, antes de desmaiar. Quando acordei, estava na minha cama.

Ma: que bom que acordou.

Ju: o que aconteceu?

Ma: bem... descobrimos seu outro poder. Fogo.

Ju: o que!?

Ma: de modo inconsciente, você aumentou as chamas da fogueira, de uma forma... assustadora. Isso causou os gritos. Você parecia atraída pelo fogo e nem conseguiu me ouvir. Eu tive que usar o controle de mentes pra fazer você parar.

Ju: era isso que estava tentando me dizer ontem?

Ma: sim.

Ju: mãe... como fogo pode ser meu poder, se nosso reino é especialista em água e ar?

Ma: sobre isso... pode ser raro, mas é possível.

Ju: quantos casos já aconteceram?

Ma: não vou entrar em detalhes, mas é extremamente raro.

Ju: esses casos foram com descendentes de humanos?

Ma: quantas perguntas! Eu não sei de tudo.

Ju: desculpa. - olho cabisbaixa para minhas pernas.

Ma: curiosidade é bom, mas em excesso pode te matar.

Ju: a curiosidade matou o gato. Já sei.

Ma: isso mesmo. Eu disse para todos que você tinha desmaiado por causa do calor. Você pode ficar em casa amanhã, se quiser. Fique descansada para o torneio. E... acho melhor você evitar olhar para qualquer tipo de chama, por precaução.

Ju: tudo bem. Eu vou pra escola amanhã. Tive trabalho pra repor as atividades, não quero passar por isso de novo.

Ma: entendo. Se estiver se sentindo melhor, pode levantar da cama. Suas amigas ligaram e querem te ver. Você pode se encontrar com elas até o torneio, não vai ter mais treino.

Ju: por quê?

Ma: você já está ágil, veloz e consegue controlar seus poderes de gelo. Decidi que seria melhor passar algum tempo com suas amigas.

Ju: obrigada, mas acho melhor encontrar elas amanhã, na escola.

Ma: vou te deixar sozinha agora. Qualquer coisa, pode me chamar.

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