Parte 21

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Pestanejo algumas vezes para ter a certeza que é mesmo ele que está ali na minha frente.
Lari: Mas... ─ tento falar alguma coisa mas me sinto confusa ─ O que acabou de acontecer aqui? ─ ele sorri.
João: Bom eu decidi preparar algo pra você e queria que fosse algo bem preparado.
Lari: E precisava me sequestrar?
João: Essa é a nossa marca lembra?
Lari: E tem como esquecer? ─ me lembro de todas as vezes que ele me ajudou e até do dia que o vi pela primeira vez.
João: Alguém te machucou? ─ nego com a cabeça.
Lari: Não, mas foram um pouco grossos.
João: Lógico né, se não fosse desse jeito você iria desconfiar. ─ suspiro aliviada e me levanto.
Lari: E o que preparou? Nem parece coisa sua.
João: Não parece mesmo e eu precisei pedir ajuda ao Pedro e Nicholas, mas queria sei lá, relembrar alguns momentos que passámos lá atrás. Lembra do dia da invasão ao galpão do Henrique?
Lari: Como poderia esquecer? ─ ele ri.
João: Isso pode ser um remember, só que sem a parte dos tiros e da adrenalina. ─ ele vai até uma porta de metal e arrasta a mesma para o lado revelando todo um cenário.
O ambiente está escuro havendo apenas dois abajures que iluminam o ambiente em tons vermelhos. No centro está uma cama com um edredon preto e o que me parece ser uma garrafa de vinho em cima da mesma. Existe uma mesa ao canto que tem comidas e duas cadeiras.
João: Eai?
Lari: Te abduziram?
João: Vai dizer que não curte essas paradas?
Lari: Eu amei, só não achei que você pudesse preparar algo assim.
João: Larissa... ─ ele coça a nuca ─ ... passámos por várias juntos e de algum jeito aquilo que sentíamos nos manteve unidos e fez com que sempre voltássemos um pro outro, o cara que você conheceu anos atrás não é o mesmo e no fundo eu te agradeço por ter trazido essa cor pra esse meu mundo negro. ─ sorrio ─ A única mulher no mundo que era importante pra mim era a minha mãe e você mudou tudo, até o meu jeito filho da puta e babaca de ser. ─ rio assentindo ─ Então eu pensei muito antes de tomar essa decisão, porque antes eu tinha medo desse negócio de amar alguém mas você deu um jeito de me transmitir confiança e agora eu quero te transmitir isso também. ─ vejo que ele leva a sua mão ao bolso da calça e tira algo ─ Você aceita se casar comigo? ─ arregalo os olhos ao escutar a pergunta mas acho que os meus olhos quase saltaram do rosto quando ele abriu a caixinha na minha frente.
Lari: Meu Deus... ─ levo a mão à boca ainda incrédula pelo que vejo na minha frente ─ Eu... ─ tento falar mas sinto que a minha voz fica presa ─ Sim, João. Porra sim, eu aceito sim! ─ ele sorri claramente aliviado e jogo os meus braços em volta do seu pescoço ─ Não estou acreditando.

Debt - O DepoisOnde histórias criam vida. Descubra agora