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Deita Aqui - 24

Sina Deinert

Quando a Linsey chamou eu e o moreno, eu fiquei muito preocupada, e se ele estiver com algum problema que não tem cura, e se ele não tiver muito tempo de vida por ai, e se ele estiver com alguma doença degenerativa. Imaginei como o Noah ficaria se algo de ruim acontece-se com o Pai dele, coitado, ele não deve sofrer igual eu sofri com meu pai...

- Gente eu - ele respira fundo novamente - estou com câncer - Pai do noah abaixa a cabeça e todos ficam boquiaberto

- Você está brincando pai? - o moreno pergunta muito preocupado - eu não brincaria com isso filho - começa seus olhos marejarem

Percebo que Wendy e Linsey começaram a chorar, a mãe daquela família abraçou fortemente seu marido, minha mãe chegou ao lado da mesma para conforta-lá, isso era o único que poderíamos fazer naquele momento até que percebo o Noah se levantando e saindo do local rapidamente

- Filho... - O pai de família chama - eu vou atrás dele marco - falo isso me levantando e procurando ele pela casa - noah cadê você? - repito isso pela casa toda até abrir a porta do quarto dele e ver ele deitado de bruço na cama com a cara no travesseiro

- Noah - falo e vou me sentando na cama dele - olha pra mim - passo a mão pelo cabelo dele - Sina saí do m-meu qua-quarto por favor - ele diz soluçando por causo do choro e eu apenas fico quieta por um tempo - noah eu não vou deixar você aqui sozinho vem levanta - puxo ele mas não aguento por causa do peso - não pensava que você era tão pesado assim - ele da uma risada muito rápido mas logo volta a chora

Eu simplesmente fiquei ali por um bom tempo sentada olhando para o quarto dele e chamando ele mas o moreno não sequer olhava no meu rosto só chorava

- Noah olha aqui, agora é sério - dou ordem e ele tira a cabeça que estava soterrada no travesseiro - por que tanto insisti Sina? - fala e os olhos deles começam a marejarem - Deita aqui - bato nas minhas coxas e ele fica com uma expressão de confuso - deita logo Noah - mando e ele deita - pode desabafar comigo - noah da um fungada e começa a falar e chorar enquanto acaricio o cabelo dele - Sina eu não vou conseguir, câncer não tem cura, não vou conseguir viver sem meu pai, quem vai me dar broncas? Quem vai me ensinar a dirigir um carro antes de fazera carteira? quem vai ajudar eu quando estiver encrencado?

enquanto ele falava seu choro só piorava, era cada vez mais soluços longos, cada vez mais ele fungava mais forte

- Noah eu já passei por isso, é a pior coisa do mundo viver sem um pai, mas você não tem que ficar chorando aproveite seu pai até seu último segundo, aproveite, é isso que digo para você - ele para de chorar ao ouvir eu dizer isso

Sina seu pai teve câncer também? - pergunta - Sim, mas isso não é assunto pra agora - percebo que ele estava com os olhos muito vermelho

- Sina, eu não tirava um tempo para se divertir com meu pai, eu só fico aqui nessa bosta de computador jogando, nunca desci e chamei meu pai para jogar um basquete ou um futebol - só fiquei ouvindo e fazendo cafuné em seu cabelo

- eu apartir de agora vou aproveitar muito meu pai - ele diz isso e dou um beijinho na bochecha dele - quero que você faça isso mesmo, chama ele para fazer tudo - ele assente com a cabeça concordando e eu simplesmente continuo fazendo cafuné em seu cabelo