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N/a: Voltei? Voltei! 


Na manhã seguinte, quando Louis foi finalmente liberado para ir para casa, Harry não conseguiu evitar em perguntar para a médica trinta vezes se ela tinha certeza que ele estava bem, e se deveria ligar para o médico do menino, que ele imaginou que Louis tinha ao pensar no tratamento da irmã. Louis o puxava pelo braço agradecendo a médica pelos cuidados. Ao chegar no carro, Harry fez questão de abrir a porta para o menor, e perguntar mais três vezes se ele tinha certeza de que estava bem, até que finalmente começar a dirigir até a casa de Louis.

Ao chegarem na frente de casa, Harry desligou o carro e ajudou Louis ir até a porta mesmo o menino dizendo que não tinha necessidade disso tudo, e que ele já estava se sentindo ótimo. Ele deu um último beijo na bochecha do maior e se despediu entrando em casa. Encontrou a mãe sentada no sofá já pronta com a sua roupa de enfermeira para ir trabalhar. Louis deixou um suspiro sair e parou ao lado da mãe.

- Por mais alguns minutos, eu teria que cancelar meu turno hoje. - Disse a mulher ao se levantar e colocar a bolsa no ombro.

- Eu passo a noite internado e essa é a única coisa que você vai dizer? - Louis disse ainda baixo para não chamar a atenção das irmãs no andar de cima.

- Bem, você não estava sozinho, estava?

- Não, mas é sempre bom sentir um pingo de preocupação por parte da mãe. - Disse já não conseguindo mais manter a voz tão calma.

- Ora, ora, agora que você achou o final da sua linha, você não precisa mais se preocupar com os sentimentos da sua mãe. - As falas fizeram o menino revirar os olhos com força e se sentar na poltrona.

- Olha... Eu não consigo mais fazer isso... - O menino disse com a voz magoada. - Eu não consigo mais andar pisando em ovos nessa casa. Eu sinto muito por tudo que aconteceu com você, você sabe disso. Mas você não pode tratar a gente assim. Ele foi embora, ele tem uma outra vida. - Louis não precisou nem citar o nome do pai para sentir o estômago revirar. - Mas nós não somos ele, nós estamos aqui ainda. Todos os dias, todas as vezes que você se trancou no quarto, ou falou com a gente como se tivesse facas nas palavras. E nós não fomos para lugar nenhum, aguentamos tudo porque te amamos. Porque sabemos que isso não é seu, isso é da mágoa que aquele homem deixou em você. - Louis respirou fundo e se levantou, olhou fixamente para os olhos da mãe e disse. - Se você tem tanto medo assim que a gente parta quando acharmos o final das nossas linhas, então você deveria começar a tratar a gente de uma maneira que não faça a gente querer isso. Porque eu particularmente estou a um pingo de não aguentar mais.

- Fil... - Johanna tentou falar, mas Louis sentiu que ela ainda não tinha as palavras necessárias para isso.

- Vamos fazer assim. - Louis disse sério. - Eu vou deixar as meninas na senhora Rosa hoje, e vou dormir fora também. Você vai trabalhar ou qualquer coisa que você quiser, mas se você quiser, REALMENTE, quiser - O menino fez questão de enfatizar realmente. - Você me avisa que vai mudar e eu e as meninas voltamos.

Então ele saiu da sala, sem deixar a mãe falar mais nada. Foi até o quarto das irmãs e avisou para elas se arrumarem que ele iria deixá-las na escola e a senhora Rosa iria buscá-las. Foi até seu quarto, pegou uma muda de roupa e as coisas que ele precisaria para ficar fora de casa e escutou as irmãs avisarem que estavam prontas. Ao chegar na sala, Johanna já não estava mais ali, e ele não sabia se havia saído para o trabalho ou se trancado no quarto, e ele não iria atrás de descobrir. Ligou para Rosa no caminho da escola, e perguntou se haveria problema em deixar as meninas com ela, a senhora de seus 70 anos com a voz doce e serena afirmou que não tinha nenhum plano e amava a companhia das meninas.

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⏰ Última atualização: Sep 06, 2020 ⏰

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