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        𝗉𝗈𝗏 𝖠𝗋𝗍𝗁𝗎𝗋

2 ANOS DEPOIS

- Se doer eu juro que te mato, Arthur. - Vitória ameaça. Dou risada. Com certeza não vai doer nada, considerando a tatuagem minúscula que ela escolheu tatuar. Já fiz a mesma, comparada às outras que tenho no corpo, a sensação não é nada.

- Olha aqui, eu já passei mais de sete horas fazendo as minhas. Fica tranquila, afinal, olha o tamanho disso... - Eu digo, encarando as letrinhas que serão pintadas em seu pescoço.

Ela respira fundo, um pouco nervosa. Pego sua mão enquanto o cara prepara. Dou um beijinho dedo por dedo nela, carinhosamente. Ela sorri e depois continua com sua expressão preocupada.

Eu a convenci de fazer tatuagem. Se eu pergutasse à ela cinco anos atrás, ela não me responderia, porque provavelmente não faria.

Vitória estende o pescoço, segurando minha mão com mais força. Assim que o cara começa o processo em uma espécie de agulha semelhante a caneta, Vitória estremece.

- Amor, se você se mexer vai piorar. - Eu digo.

- Não dá! Sei lá parece uma... - Ela faz uma careta. - Sei lá, uma formiguinha me picando.

- Calma, ele já fez a primeira letra. - Dou risada, a deixando mais nervosa ainda.

No final das contas a palavra Blessed escrita em seu pescoço ficou melhor que no meu. É como se a tatuagem tivesse se encaixado perfeitamente em seu pescoço macio. Ela entra dentro da casa com o maior entusiasmo, indo até o quarto e se colocando na frente do espelho.

- Meu deus, ficou perfeito mesmo! - Encaro seu pescoço, com as letrinhas meio avermelhadas.

- Ficou mesmo? Achei que ia morrer. - Diz ela.

- Ficou perfeita, como você. - Digo, envolvendo seu corpo de costas para mim, dando um beijinho em sua orelha. Ela sorri, colocando a mão em meu pescoço e o estendendo na visão do espelho para analisar as duas tatuagens iguais.

Ela sorri e beija minha bochecha, depois meu nariz e por fim, minha testa.

Depois vai para a cama, mexendo em seu celular.

Sua mania de colocar o feijão por baixo do arroz nunca mudou. Eu já falei para ela que é algo totalmente ridículo, porque o feijão é líquido e é bem mais distribuído quando é jogado por cima, mas ela sempre diz que prefere assim.

A mania de bagunçar meu cabelo por horas da manhã, todos os dias, quando acordamos. É uns dos meus momentos favoritos, claro. Também tem a mania de esticar os pés no porta-luvas do carro e é uma graça de vê-la assim.

E de molhar a pasta de dente na escova antes de começar a escova-lá na boca. Tudo bem, parece normal para a maioria das pessoas, mas não era algo que eu fazia com frequência.

Também tem a mania de ficar colocando música quando vai cozinhar, que são poucas vezes, porque tudo é eu que faćo nessa casa.
Eu também tenho minhas manias, mas para mim não são muito explícitas. Nós de vez em quando brigamos, mas quem disse que consigo ficar brigado com ela? Se o erro foi meu ou não, eu assumo, não quero nem saber... Mais sempre nos resolvemos no final.

Meus pais e os dela raramente vem para São Paulo, já que é agente que vai visitar eles. O canal da Loud está com mais de vinte milhões de inscritos. Nós jogamos sempre free fire. Não moramos mais na mansão, pois lotou de tanta gente que entrou, moramos em um apartamento em São Paulo e sempre visitamos o pessoal da casa.

- No que está pensando? - Vitória pergunta, abaixando o celular e me encarando. Eu coloco o dedo em seus lábios, os delineando e ela sorri.

- Estou pensando em como você se tornou o amor da minha vida. - Eu digo. Ela sorri me dando uma travesseirada na cara.

- Como assim eu me tornei? Sempre fui. - Ela se gaba, dando risada. Caio na gargalhada junto, fazendo cosquinha na sua barriga.

- Eu te amo. - Digo.

- Eu também te amo e sempre vou te amar. - Ela diz me dando um selinho demorado.

END.

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➵ 𝖼𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈 𝗋𝖾𝖾𝗌𝖼𝗋𝗂𝗍𝗈!

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𝒀𝑶𝑼 & 𝑰٫ 𝒂𝒓𝒕𝒉𝒖𝒓 𝒇𝒆𝒓𝒏𝒂𝒏𝒅𝒆𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora