dentro do carro. jikook

na rua. 1nico.

Minha tia me chamou para ir até o centro com ela, acompanha-la para pagar umas contas, e eu aceitei já que estava no tédio e precisava comprar algumas coisas.

Eu esperava ela sentado no sofá da sala, enquanto olhava meu Instagram, até que ouvi a campanhinha tocar, e ir abrir a porta. Era minha tia Hani.

—Vamos, Jimin.—falou ela quando abri a porta.

—Vamo'. —Falei saindo e trancando a porta.

Entramos no carro e e fomos seguindo até o centro.

—Você vai até onde?— perguntei.

—Até a avenida onde fica o Shopping Central.—respondeu— Você vai parar em algum outro lugar? Eu vou pagar umas contas na lotérica e fazer umas compras.

—Eu vou com você até a loteria e depois pode me deixar na cafeteria? Eu preciso falar com o Taehyung.— Falei.

—Ok. — Respondeu manobrando o carro.

— Ele ainda namora com aquele irmão do  Jin?- Perguntou—O Tae.

—Oh, sim. O Hoseok.—respondi.— Aqueles lá ainda vão acabar casando.

— Se eu conheço o Tae, acho que sim. — Eu não conheço muito esse garoto, mas acho que é um bom menino.— ela falou sorrindo.

— Ele é.— sorri também.

Ela assentiu e nós seguimos o caminho.

Passamos pelas ruas calmas de Busan, observando os moradores indo e vindo do trabalho. Pessoas passeando nos parques, aproveitando a vista da incrível Busan, até chegarmos na lotérica.

Hani –minha tia– desceu do carro e em seguida eu.

— Você vai entrar?— ela perguntou.— Vai ser rápido, só vou pagar umas contas.

— Não, vou esperar aqui mesmo. — respondi.

—Okay, toma cuidado.— ela falou e entrou.

Sentei em um banco que ficava perto da entrada e fiquei observando as pessoas que passavam pelas lojas e pelas ruas. Pode parecer estranho, mas eu gosto de observar as pessoas, eu gosto de poder ler as expressões das mesmas, se elas estão felizes, tristes, gasto de sorrir amigável para as que não parecem estar em um dia bom.

É como um passatempo.

Eu passei tanto tempo olhando as pessoas andando que não percebi que uma pessoa me olhava.
Era um homem encostado em um carro. Olhando melhor eu percebi que era ele.

Era Jeon Jungkook, meu vizinho.

Ele estava com o carro da mãe dele, que era um Honda Civic preto. Ele se tornou meu vizinho há 3 anos atrás, ele e sua mãe moravam em Seul e vieram para Busan, que era sua cidade natal, boatos de que eles vieram morar aqui para recomeçar a vida pois senhor Jeon, o pai de Jungkook, havia falecido em Seul, mas eu nunca soube se essa história é verdadeira ou não por não conhecer muito a senhora Jeon, muito menos Jungkook, que era uma pessoa calada e com uma áurea fria.

Ele é uma pessoa insensível e de poucas palavras, dificilmente se abre com alguém, e só tem um amigo, Hoseok, que é meu amigo também.

Eu descobri por Hoseok que ele é bissexual assumido, e que ele tem 19 anos.

Ele é lindo.

Eu não lembro o dia mas eu me apaixonei por ele.

Nós já transamos, mais de uma vez, e ontem foi um dos dias.

Sem compromisso, como ele quis, como ele quer.

A nossa primeira vez foi depois de uma festa que nós fomos. Ele me deu uma carona pra casa, porque eu não tinha com quem ir. Nós conversamos um pouco,  sobre a festa e sobre a vida, depois de um tempo nos estávamos se beijando dentro do carro dele.

A gente fez sexo, ele sabe como fazer. Foi incrível. E nesse dia eu já estava apaixonado por ele.

Depois da transa, decidimos que nada ficaria estranho entre a gente, e seguimos nossa vida normalmente.

Nós não somos amigos, nós não nos conhecemos muito. Nós transamos.

Ele me encarava, então então eu também decidi encarar ele.  Ele estava lindo, ele sempre está. Eu o admirava.

Ficamos nos encarando seriamente, até que ele deu um sorrisinho, eu fiquei arrepiado. Ele me causava essa sensação.

Ele não desviou o olhar de mim por uma só segundo, eu estava praticamente hipnotizado.
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Nós ficamos na mesma posição até eu perceber que ele vinha na minha direção. Eu estava congelado.

Não tinha muito o que fazer então fiquei parado esperando ele chegar até mim.

Ele caminhou graciosamente até mim com aquele sobretudo preto— que era costumeiro— dele, o vendo o balançava, estava tudo em câmera lenta.

Ele chegou até mim com um sorrisinho de lado, e seu perfume amadeirado típico dele. Parou na minha frente e não se sentou, olhava pra mim de cima.

— Oi. — a voz rouca dele chegou nos meus ouvidos como uma brisa quente em dias de inverno.

— Oi. — respondi olhando para cima, de onde ele me encarava. Sorri.

— Você tá sozinho? — ele perguntou.

—Oh, não. Eu vim acompanhar a tia Hani. Ela tá pagando umas conta aqui. Hoje o banco está fechado. — respondi.

— Entendi.— ele falou ainda me encarando.

Ele sorriu, então eu sorri também.

— Ah, não fique de pé, senta.— falei indo pra ponta do banco pra ele sentar também.

—Obrigado.— ele agradeceu, e logo se sentou.

Ficamos observando a rua por um tempo, até ele falar de novo.

— Você está lindo. — ele falou e eu o olhei. Corei imediatamente.

—Obrigado, você também está lindo Jungkook.  — devolvi o elogio.

Ele continuou me encarando até eu baixar a cabeça.
Não aguento o olhar desse homem em mim. É como se o olhar dele queimasse em mim de tão profundo que era.

Fiquei sem coragem para levantar minha cabeça por um tempo, até sentir sua mão subindo minhas costas. Fiquei arrepiado. Ele subiu e desceu minhas costas e eu me remexi aproveitando o toque da mão dele.

Eu o encarei e ele sorriu, sorri também então ele pegou na minha cintura, com força e me trouxe pra perto dele, fechei meus olhos e aproveitei o máximo que pude do toque dele que estava atravessando meu suéter e tocando a pele da minha cintura.

Suspirei de prazer. Então lembrei que estávamos na rua e então olhei para ele.

— J-jungkook... Estamos no meio da rua. Minha tia pode chegar a qualquer momento.— Falei. Ele me  olhou e falou:

— Então vamos pro meu carro.—    sussurrou perto do meu ouvido.

Eu não relutei com isso, eu queria que ele continuar esse momento com ele, então assenti.

— Vamos.