Quero poder olhar no olho e dizer que amo
Quero a troca de olhares, apertos de mãos, um sorriso
Quero poder partir tranquilo
Na certeza de que a vida teve sentido
E que eu não fui esquecido.
Quero poder olhar para trás
Sentir orgulho!
E ter a certeza que nada foi em vão
Que não foi tempo perdido.
Essas águas
Chuvas de março
De verão outono
Águas de abril
Da mata, do céu
Do choro dos córregos
Dos seres que não viram
Das rosas que floriram
No meu setembro
É primavera
E tem água no rio.
Eu vejo os olhos que choram
Eu escuto o grito que não cala
Eu sinto a dor que não tem cura
Eu tenho um medo que não passa
Eu enxergo o amor... anam Cara!
Eu tenho sonhos, fantasias
Tenho paixões, um amor... anam Cara!
Eu sobrevivo das memórias
Das lembranças que são muitas e que sobrevivem ao tempo
Eu sou o vento que cessou
A poeira na estrada... Anam Cara!
