Poesia

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Eu não vejo a morte como o fim
E nem a vida como única!
Eu vejo a morte e a vida ambas entrelaçadas...
Eu vejo a morte como uma continuação da vida em outro plano
E esse corpo o qual minha alma faz morada
Vejo como uma matéria morta
Que se desconstrói com o tempo
Mas nosso espírito não!
Esse é eterno e imortal.

Sabemos que a nossa vida aqui na terra tem prazo de validade
Mas é difícil aceitar o desencarne de quem tanto amamos
Choramos, sofremos e não entendemos o porque da partida
Mas nosso espírito precisa evoluir...
A morte nem sempre é o fim
Mas sim a transgressão da vida para uma outra vida eterna.

Eu fui a flor da primavera
A chuva de verão
O sorriso de criança.
Eu fui a lagarta que se transformara em borboleta
Eu fui o sol que iluminou a terra
Eu fui a lua cheia daquela terça-feira.
Eu fui o frio do inverno
A saudade de quem amou
Eu fui o choro que nunca se calou.

Eu sou o reflexo de tudo aquilo que me faz bem
Eu sou a andorinha que nunca voou sozinha
A paz na estrada!
Eu sou a brisa que sopra da montanha
A gaivota que bate asa e foge da invernada...
Eu sou manhã de primavera
A rosa que se desabrocha ao som da passarada.

Somos instantes
E num instante não somos mais nada.
Somos apenas uma passagem
Que se perde com o tempo
Restando apenas as lembranças e a saudade.

Eu vou morrer de saudade
E de saudade morrerei
Porque sempre amei
E por te chorarei a despedida
Desde que partisse e não mais voltasse
Eu vou morrer de saudade
E de saudade morrerei
Porque sempre amei
E só quem chora a saudade
É quem um dia já amou
E só quem sabe a dor da ausência
É quem um dia já sentiu saudade.

Choro, sorriso!
Amor, ódio!
Dor, felicidade!
Amigos, sozinho!
Vidas, mortes!
Luz, escuridão!
Medo, segurança!
Saudade...
Sentimento descontente
A ferida que não tem cura
E destrói o coração.

A vida como uma flor
Uma hora triste,
Outrora, na primavera, tão bela.
Ah, a vida como um instante
Um momento que até existe
E o tempo...
O tempo mesmo que por maldade
Pode até calar a minha voz
Mas jamais apagar a minha história.

A luz atravessava a minha retina
E eu não me encontrava mais
Eu não respirava mais
E meus olhos para sempre se fecharam
E eu não enxerguei mais.
Se cumpriu a profecia
Vivi tudo que me fora permitido viver
Restaram apenas as lembranças na memória de quem me conheceu... e nada mais!

Borboletas chamam sempre atenção
E as borboletas nas manhãs de primeira
Vem sempre visitar as flores do meu jardim...
As flores que estão sempre lindas
E que sorriem sempre para a vida
Essas flores são resilientes
E não morrem no verão!
Elas resistem ao tempo
E as borboletas sempre as vem visitar a cada nova estação.

Meu corpo vaga pelas ruas nas madrugadas frias
E esse meu corpo despido de vestes arrepia
Mas minha alma não!
Minha alma está segura
E sabe a sua direção.
Minha alma está sempre leve
E leva consigo todo o sentimento bom que habita o coração.

Ave que voa
Que segue o seu caminho
Que paira no céu
E não se perde no escuro.
Ave que vai e que volta
Não se esquece do seu ninho.
Ave que está sempre a voar
E quando não voa, morre!
Nunca mais canta no seu ninho.

Eu vi o bonde passar
Mas parado fiquei
Sozinho no vagão a pensar
E ninguém não mais encontrei
Só mesmo as memórias
E de saudade eu chorei.

E se eu morrer de saudade
Foi porque te amei
E a tua presença me fez falta.
E se eu morrer de saudade
Foi porque vivemos momentos inesquecíveis
E desses para sempre irei lembrar.
E se eu morrer de saudade
Foi por te amar demais
E a vida hoje sem você
Pra mim tanto faz!

                        
Meu corpo é negro
Minha alma é negra
Meu sangue é negro
E a minha história tem marcas de sangue...
Meu povo ainda chora a dor das chicotadas
Mas somos fortes, e resistimos!
Tenho orgulho do meu povo
Meu povo negro, resilientes!
Não baixamos a cabeça
Nós somos negros
E temos muito orgulho de quem somos.
       Viva o dia da consciência negra!

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⏰ Última atualização: Nov 23, 2020 ⏰

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