Capítulo I - Prologue.
"Choramos ao nascer, pois chegamos a este imenso cenário de dementes" - William Shakespear
Clary Waldorf Point of View's
Sentanda num avião. Assim que me encontro. Sentada num avião, em lágrimas. Por quê? Estou partindo pra Londres. Se isso é bom? Seria, se eu estivesse indo de férias ou a passeio. Ou até mesmo para morar lá em um apartamento confortável e para cursar minha tão sonhada faculdade. Mas não. Estou indo, pois sofro de problemas psicológicos, e segundo minha mãe - Emma Waldrof - em Londres, contém as melhores clínicas. Que tipo de problemas psicológicos eu tenho? Pensamentos suicidas, comportamento auto-destrutivo. Por quê sou assim? Simples, tente viver com essa família que só preza a imagem, mas que na verdade, não passa de uma merda. Meu irmão, Philip, morreu. Por minha culpa. Eu sempre soube que não deveria dirigir bêbada. Phill pediu para que eu parasse, mas eu não consegui. E tudo aconteceu muito rápido. Acordei no hospital com a notícia que meu irmão havia morrido. Que eu havia o matado.
Eu não quero partir. Eu não quero me internar, eu não preciso. Não preciso desse brutamonte ao meu lado para garantir que eu não vá fugir, ou me jogar na frentee um carro - quem sabe.
"Atenção senhores passageiros, apertem os sintos e ponham seus assentos na posição correta, estaremos pousando em Londres dentro de minutos"
Isso foi repetido novamente em diversas línguas, enquanto colocava sinto e respirava fundo. Sentimos o avião começar a descer e dentro de minutos - como disse a comissária de bordo - pousamos em Londres.
O carro preto, a prova de balas, entrou pelo grande portão preto também - grande mesmo, uns três metros. George - o brutamontes - identificou-se no pequeno interfone eletrônico que havia ao lado de fora e um segundo portão foi aberto para nos dar passagem. George, abaixou abaixou a janela do motorista e disse algo ao homem vestido de branco do lado de fora e colocou o carro em ponto morto.
- Chegamos senhorita Waldorf. - George saiu do carro e de a volta para chega ao lado do banco do passageiro que estava e abriu a porta para que eu saísse do carro, mas não me movi. - Vamos Clary, saia agora! Não me obrigue a te tirar a força - ele praticamente gritou atraindo olhares. Sai do carro e parei um instante para observar o lugar. Parecia um resort. Eu esperava que fosse mais parecido com uma prisão. Me surpreendi, mas não deixei de ficar descontente. Eu não queria ficar presa aqui.
- Senhorita Clary Waldorf, siga-me por favor, sua companheira de quarto está a sua espera. - Bom, pelo menos não ficaria de todo sozinha.
Ele passou pela porta automática e segui-o. Lá era tudo muito limpo, branco, monótono e tediante.
- Onde estão minhas malas? - perguntei, acelerando o passo para alcançá-lo.
- Estão revistando, para ver se não encontram nada que possa ferir alguém ou a si mesma.
Ele colocou um cartão em uma máquina - como aqueles de hotel - que ficava preso a parede e ao lado da porta 1005, que se abriu e revelou uma garota loira sentada de costas para a porta.
- Gemma, sua colega de quarto chegou - o funcionário saiu, deixando de a sós com a garota que virou-se. Eu sabia exatamente quem ela era. Gemma. Gemma Styles.
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Grenade
RomanceEu estava me sentindo como uma granada, prestes a explodir. Meu irmão havia morrido e minha mãe, a famosa estilista Emma Waldorf, reprimiu seu luto e passou a me pressionar mais do que habitual. Quer que eu tenha as medidas exatas para ser a perfeit...