brisa do mar ☼ minsung

01: ele

A madrugada se estendia pela areia da praia, e Minho, sentado sobre uma toalha, lembrava-se de Jisung. Aquele menino louco que quase morava no mar e que havia lhe roubado o coração sempre moraria nos seus pensamentos, mesmo que não fosse seu.

Quando se mudou para uma nova cidade, acreditou que não acharia seu lugar nunca mais, até que Han apareceu. Com seus sorrisos fáceis, cabelos sempre ondulados, corpo dourado e amor pelo mar, conquistou Minho no instante em que olhou em seus olhos.

Foi como uma conexão de almas. Desde aquele dia, nunca esqueceram um do outro.

– Eu devo ter enlouquecido. – respirou profundamente, passando a mão pelo cabelo e saindo da posição que estava. Agora tinha os joelhos dobrados e se apoiava sobre eles.

– Posso perguntar quem te enlouqueceu?

Era Jisung. E ele sentou-se ao lado do Lee, que o olhava surpreso por ainda estar ali a essa hora.

– Acho que não poderia responder, loirinho.

– Você parece pensativo. Não quer me contar o que aconteceu?... A não ser que também não possa responder.

– Sendo sincero, você sabe a resposta. – “porque você é a resposta”, pensou.

Passaram alguns minutos em silêncio, ouvindo apenas as ondas do mar baterem. A lua brilhava e tudo era calmo, assim como a brisa do mar que passava pelos seus corpos.

Jisung vacilou antes de falar, abaixando a cabeça na busca por coragem.

– Se a causa for eu, Mino, não tem porque estar com essa cara.

– Como assim? – virou a cabeça para Han, que ainda mantinha o olhar sobre as ondas.

– Eu gosto de você. – dessa vez o olhou nos olhos – Eu gosto de como você passou a vir aqui todos os dias depois da primeira vez que me viu. Gosto de como, apesar de parecer um garoto da cidade, agora vive no mar. Gosto de como me olha, Mino, gosto muito.

– E-eu.. – foi sua vez de vacilar. Sentia as pupilar dilatadas, sua visão tremia, e sabia que aquilo era ansiedade. – Como percebeu?

– Me sinto diferente quando você está por perto. – sorriu – Mesmo que sempre esteja aqui na areia, sentado nessa toalha e ouvindo música sozinho, só de saber que está no mesmo lugar que eu, me sinto mais feliz.

– Seria muito clichê se eu dissesse o mesmo? – riu baixinho, sendo acompanhado por ele – É estranho dizer isso, mas eu também gosto da sensação de estar perto de ti. A gente nem se conhece direito! Mas ver você me acalma, Jisung.

Ficaram em silêncio mais uma vez. Era como se os dois temessem dizer algo errado.

– Nunca imaginei que fosse me apaixonar por alguém que tira a roupa pra tomar banho de mar de madrugada. – Jisung gargalhou com a confissão, escondendo o rosto entre as mãos.

– Não acredito que já viu! Argh, o universo me odeia.

– O universo nos fez estar aqui agora, juntos. – pegou as mãos de Jisung com cuidado – Então não vamos perder essa oportunidade.

– Você quer tomar banho de mar sem roupa também? – agora Minho sorria.

– Eu quero ter você pra mim... Você me quer?

Nada foi dito antes de Jisung entrelaçar seus dedos aos de Minho e colar seus lábios.  Beijaram-se sob a luz do luar e a brisa do mar, assim como nos sonhos de Minho. Transmitiram a paixão tão singela que surgiu apenas com olhares.

Minho e Jisung já foram julgados por acreditarem em destino e almas gêmeas. Mas ali estavam, numa ligação tão intensa quanto um dia sequer imaginaram poder sentir. Se amaram, e por inteiro.

Ali, banhados por alegria genuína, sorrisos bobos e carícias recíprocas, se entregaram um para o outro de corpo e alma.

Agora, já deitados sobre a toalha que Minho levava todos os dias para a praia, olhavam o sol nascer, aconchegados no carinho que sentiam.

– Você vai continuar vindo me ver todos os dias? – Jisung perguntou baixinho, abraçado ao corpo do amado, quase caindo no sono.

– Até o fim dos meus dias, Jisung.

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@winkjisung obrigada por estar comigo até hoje. Eu amo você, meu solzinho, hoje e até o fim dos meus dias.