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ϟ KLAUS ϟ

Amanheci com o corpo nu de Caroline colado ao meu. Ela dormia calmamente enquanto meu membro parece ter notado sua presença já que estava duro o bastante para repetir o que foi a noite anterior.

Me levantei, vestindo ao menos minha roupa de baixo e calça, fazendo o menor barulho possível. Por sorte ela não notou. A encarei por um momento. Era absurdo a forma como eu a amava e me sentia vivo junto dela. Era fanático por essa mulher. Eu poderia ser o melhor homem existente se ela assim quisesse. Eu renegaria meu nome, se ela odiasse. Me aproximei dela, cobrindo a com o lençol de sua cama. Depositei um beijo em sua testa.

- Não há nada no mundo que me separaria de você outra vez. –sussurrei.

Fui até a cozinha, procurar alguma bolsa de sangue para suprir essa fome que surgia em minhas veias. A geladeira de Caroline não era as das mais abastecidas, o que não me surpreendeu. Eu estou disposto a dar o melhor futuro, a eternidade a ela. A palavra casamento surgiu em minha mente e uma risada idiota escapou de meus lábios. NIKLAUS MIKAELSON, CASADO? Seria os sonhos de Elijah realizados?

- Qual a graça? –perguntou Caroline, logo atrás de mim. Eu me virei e em um impulso rápido, aproximei nossos corpos. Beijei-a com vontade. Ela soltou um risinho tímido.

- Nada. –menti. Ela me analisou e quando ia insistir eu fui mais rápido. – Por onde encontro sangue fresco...? –perguntei. Ela juntou as sobrancelhas, abrindo sua geladeira e pegando do congelador, estendo a mim.

- O único sangue disponível a você. –falou, mantendo um sorriso nos lábios.

- Não espera que isso sacie minha fome, certo? –disse em um tom sério. Ela se aproximou de mim, envolvendo seus braços em minha nuca.

- Espero que isso te mantenha de boca fechada Mikaelson. -respondeu.

- Sabe o que cuidaria disso melhor? -falei, colocando a sentada ao balcão da cozinha, sentindo o entrelaço de suas pernas em meu quadril. - Você. -respondi. Nossas bocas se encontraram em uma fração de segundos.

(...)

ϟ CAROLINE ϟ

- Aonde pretende ir? Ordeno que volte. -diz Klaus, autoritário. Eu estava saindo da cama, completamente bagunçada depois de ontem e hoje. Eu me sentia cansada mas indiscutivelmente feliz. Meu cabelo estava desgrenhado, minha camisola estava desajeitada. Klaus estava deitado, parecia uma escultura de arte com os cabelos pro alto e seu peitoral a mostra. Eu o encarei, séria.

-Imploro que volte. -pediu ele. Eu sorri, sabia que seu jeito mandão não dava certo comigo. Embora estava tentada a ceder, olhando aquele par de olhos me fitando e com uma careta de inocente.

- Sabe que não podemos ficar aqui pelo resto do dia...Combinei com Elena, vamos fazer algo sobre a volta de Bon. -disse, com um sentimento de saudade no peito. Ele se endireitou na cama, ficando a beirada bem a frente de mim.

- Isso pode soar mais egoísta do que gostaria mas vou dizer assim mesmo: euquero você perto, e perto não é perto suficiente.

Dito isso eu me joguei em seu colo e o agarrei, beijando. Nossas línguas se encontraram e movimentavam lentamente, assim como nosso beijo. Era doce, ardente. Eu amava esse híbrido. Mais do que ele poderia pensar. Ao fundo meu celular vibrava com alguma chamada. Eu tentei ignorar mas quem ligava era insistente. Encerrei nosso beijo e ouvi um gemido de raiva escapando de Klaus. Fui até minha cômoda e atendi.

- Caroline. -ouvi a voz sorridente da outra linha. Meu rosto foi de encontro com o de Klaus, apreensiva.

- Oi Luther. -Klaus manteve seus olhos em mim. Sua expressão ainda era de irritação e descrença. Ele bufou, se endireitando na cama.

- Atrapalho? -pergunta.

–sua existência define isso. Diz Klaus em um tom que consegue ser ouvido do outro lado- e eu oencaro séria.

- Pode falar. -foi a única coisa que consegui pensar. Luther se mantinha em silêncio e com a respiração acelerada... Seria raiva?

-Prefiro me encontrar com você. -disse, mantendo sua postura.

-ele está passando dos limites. -Klaus se intromete mais uma vez e eu ergo minhas sobrancelhas. Afim de evitar alguma possível briga entre eles, falei:

- Émesmo necessário Luther...? -questionei. Klaus me encarou com um sorriso orgulhoso e eu ignorei, ficando de costas a ele. Luther soltou uma risada sem humor.

-Acho que é o mínimo já que claramente fez sua escolha. -aquilo me deixou desconfortável. Ele havia me pedido uma chance e esperava uma resposta a algum tempo. Eu não o culpo por se sentir magoado. Mas sempre fui fiel a meus sentimentos. E isso deixava minha consciência tranquila, por mais que eu devesse uma conversa a ele.

- Tudo bem. -respondi. A chamada foi encerrada. Me virei para Klaus e ele estava em pé, próximo a mim com uma cara nada feliz.

- Não vou ser hipócrita em dizer que gosto disso porque eu realmente não gosto.  -falou. Eu coloquei meus braços ao seu redor, mantendo seus olhos fixos aos meus. Ele tinha alguma ideia do quanto é lindo?

- Eu devo a ele. É o mínimo, já que sempre fugi sobre uma resposta a seus sentimentos... Embora ele soubesse que eu sempre amei você. -disse sincera. Ele desfez seu rosto abrindo um sorriso travesso para mim.

- Sempre é? -falou irônico.  - Acho que gostei disso.

- Você é o mal em pessoa! -brinquei, dando um leve tapa em seu peito. Ele riu.

- E você gosta. -sua mão percorreu pelas minhas costas lentamente descendo até meu quadril. Eu arrepiei com o toque. Imagens da noite anterior ainda percorriam em minha mente. Ele ainda iria me fazer perder o controle...

- Klaus. Eu preciso ir. -respondi a contra gosto. Ele beijou o alto de minha testa e me apertou em um abraço, afundando seu nariz em minha nuca, dizendo:

- Eu também, Rebekah precisa falar comigo. -falou com um sorriso nos lábios. - Me ligue depois.

- Manda um oi pra ela por mim. -respondi. Ele depositou mais um beijo nas minhas bochechas e saiu, descendo as escadas. Pude ouvir o barulho da porta principal batendo.

Sentei na cama por um momento e ainda podia sentir seu cheiro ali. Inspirei um pouco, era tão marcante quanto sua presença. O mais louco de tudo isso era o quanto eu não sentia nenhuma pontinha de preocupação ou sentimento ruim. De alguma maneira, essa é a hora e o momento em que acredito que ele e eu, ficaremos juntos por toda eternidade. Posso jurar que esse foi um dos melhores momentos que tive com ele.



(...)


[não muito distante dali - chamada a distância]

- Espero boas notícias. -disse a voz alarmada.

- Nosso plano falhou. -respondeu com raiva.

- Isso é boa notícia???? -a voz aumentou algumas oitavas.

- Estou te colocando por dentro dos fatos.-disse com irritação.

- Alguma coisa que podemos fazer?

- A amiga bruxa está fora da cidade... Não há proteção entre ela e os amigos. Faça um feitiço e a domine. De resto, cuido eu. -desligou, com um sorriso diabólico nos lábios.


(...)


'-Espero que tenham gostado, ficou um pouco pequeno mas achei legal. Essa última conversa, em breve entenderam e vão saber quem são... Algum palpite?



Helpless When She Smiles.Onde histórias criam vida. Descubra agora