Um estranho na ponte

1 1 0
                                    


00:00hrs.


Era uma noite calma, estava voltando pra casa por um atalho cantando uma música bem baixinho, com medo de ser assaltada resolvi não deixar o meu celular a vista, digamos que São Paulo não é a cidade mais segura do mundo. Sabe quando temos um sentimento ou uma sensação de que algo não esta certo, algo esta fora do lugar....com medo dessa sensação que invadia o meu peito resolvi passar pela ponte, era como se o meu corpo pedisse pra ir ali,não era o lugar mais seguro ficava em frente a uma rodovia muito movimentada e apenas pedestres podiam passar por lá,não era iluminado se não pelas fracas luzes dos prédios em volta, eu não sabia o porque estava ali mas eu sabia que tinha que estar.

Meu corpo começou a tremer e uma brisa gelada invadiu meu corpo  ,instantaneamente corri mas do que achei q seria capaz um dia, (acho que meus professores de educação física ficariam orgulhosos de mim)parei com medo de assustar quem quer que seja. 

-E- EU NÃO SEI O QUE DIZER MAS NÃO VALE APENA POR FAVOR PARE- gritei mesmo sem folego tirei forças que não sei explicar de onde viram.

-Me deixa moça segue seu caminho-não podia ver seu rosto mas pela voz sabia que precisava de ajuda sabia que estava chorando e precisava da minha ajuda.

-Por favor desça dai- cheguei mas perto e ele se virou um minha direção ,seu rosto estava inchado e avermelhado em contraste evidente com a sua pele alva.

-ACHA QUE É FRESCURA NÃO É?APENAS UM ADOLESCENTE COM PROBLEMAS INFANTIS QUE NÃO SABE O QUE ESTA FAZENDO....TALVEZ TENHAM RAZÃO TALVEZ EU NUNCA SAIBA O QUE ESTOU FAZENDO MAS NÃO VOU PRECISAR FAZER NADA SE PULAR DAQUI- ele disse aos berros como se falasse tudo de uma vez entre soluços ,enquanto falava me aproximei mais dele -PARE ONDE ESTA AGORA.

-Eu não disse que pensava isso, voce que disse eu só pedir pra não fazer isso, não sei pelo que passou ou esta passando mas me deixa te ajudar - aproveitei que ele estava distraído e peguei sua mão- me escuta por favor ,não vele apena ,deixa eu te mostra que não vale apena .

-Como?como pode não valer apena ?

-Confia em mim , não compensa, sua vida vale mais do que isso, não deixe a diversidade ou a tristeza e decepção com algo tirar o brilho de momentos tão incríveis que voce pode viver ....como voce se chama?- apertei mais forte sua mão e percebi que ele apertou a minha também 

-Meu nome é Vitor- aproveitei o momento e puxei ele que caiu em cima de mim fazendo nossos corpo irem para no chão, sem soltar sua mão por nenhum minuto o abracei ,mesmo ele se debatendo e me xingando por palavras que eu nem sabia que poderiam ser xingamentos .

-Prazer vitor meu nome é Ana e por mais que tente não vou te soltar desse abraço por mais que me bata sei que não faz por mau, eu só quero te ajudar me de 1 dia para tentar te ajudar, 24 horas pra de fazer feliz, depois eu juro que te levo de volta pra ponte .

Me afastei um pouco do abraço e pela primeira vez vi o rosto do estranho na ponte ,seus olhos castanhos da mesma cor que seu cabelo que estavam sem forma como se estivessem sido cortados em um excesso de raiva ele apenas concordou com a cabeça e encostou a cabeça em meu ombro voltou a chorar.

Não sabia por onde começar mas sabia que ali estava mas que um estranho estava uma vida que de alguma forma atraiu o meu corpo para esse caminho e que precisava da minha ajuda.


continua.....

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 14, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

24 horas pra te fazer felizOnde histórias criam vida. Descubra agora