O dia foi estressante, isso era inegável. Apenas em olhar para o rosto de todos se notava isso. Extremamente cansados.
E como Shouto imaginou, Katsuki estaria muito mais "frágil" no quesito, irritação.
Quando isso acontece, o que não é nenhum pouco estranho, ele simplesmente se tranca em seu quarto e, quando alguém bate na porta perguntando por si, o manda ir para o quinto dos infernos. Pelo menos foi o que os outros falaram.
Porém dessa vez, quando passou em frente à porta de seu namorado, sentiu um cheiro peculiar vindo dele, um que não lembrava, "fragrância Bakugo", mas sim um que nunca sentiu. Ele lembrava... flores talvez?
Deixou sua curiosidade falar mais alto e bateu na porta, vai que ele nem esteja tão irritado assim ho-!?
- VAI PRA CASA DO CARALHO E ME DEIXA EM PAZ, INFERNO!!
... era óbvio que ele não estaria Todoroki. Até parece que não conhece seu namorado!
O cheiro ficou mais forte e essa questão estava martelando em sua cabeça. Sua curiosidade já estava angustiada, então respirou fundo e insistiu anunciando alto sabendo que ele reconheceria sua voz:
- Bakugo, sou eu. Me deixa entrar..
.
.
.
Silêncio. Foi o que recebeu em troca.
Estava com uma mínima esperança de que ele abriria a porta, já que eram namorados, pensou que teria esse privilégio, mas pelo visto não. Provavelmente quer ficar sem ninguém agora.
Com isso em mente, virou os calcanhares para ir embora, mas antes de dar um passo a porta ao seu lado foi aberta, revelando um Katsuki irritado e um pouco corado. Só não entendeu o motivo do rubor.
Sentiu uma mão em sua camisa e de repente estava sendo brutalmente puxado para dentro do dormitório alheio.
Quase tropeçou nos próprios pés.
Escutou o barulho alto da pobre porta sendo fechada. E também trancada.
Depois foi empurrado para se sentar na cama encostado na parede. Por sorte não bateu a cabeça.
Ele arrumou suas pernas, esticando-as.
Em seguida se deitou com a cabeça nelas, levando a mão direita de Shouto até sua cabeça e a esquerda até sua cintura, entrelasando seus dedos.
Não falou nada. Pois sabia que ele iria se irritar mais. Apenas começou um cafuné que fez com que Katsuki fechasse os olhos lentamente.
Então começou a reparar no forte aroma do ambiente em que estava. Lembrava mesmo flores, mais especificamente um campo de rosas.
Olhando ao redor, localizou um total de três incensos. Um na escrivaninha ao lado da cama, outro na cabeceira desta e mais um em uma prateleira um pouco afastado do que havia ali.
Ao lado do incenso que estava na escrivaninha, havia a caixa da onde eles vinheram. Rosa Branca, era o nome.
Isso explica o cheiro de flor.
Mas a questão é: Por quê três de uma vez?
Para falar a verdade nem sabia que ele tinha incensos.
Estava abrindo a boca prestes a perguntar o motivo daquilo quando foi surpreendido pela fala de Bakugo:
- Se perguntar alguma coisa, eu explodo a sua cara..
Resolveu então ficar calado. Não comentou nem sobre ele estar mais rubro que antes.
E foi nesse fim de terça, enquanto apreciava Katsuki dormindo no seu colo em meio ao pôr do sol, que Shouto chegou na seguinte conclusão:
Bakugo Katsuki se acalma com seu simples cafuné na cabeça e incensos de rosa branca.
Nhaaa deu vontade de escrever algo TodoBaku. E aqui está!
Espero que tenham gostado :3
E vocês sabem por que o nosso kacchan está envergonhado??
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Cafunés e Incensos
RomanceQuando Shouto descobriu que Katsuki se acalmava com um simples cafuné e um exalar do incenso de rosa branca. [Capa: artista desconhecido]