Reencontro

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Ok, eu estou oficialmente atrasada mas a culpa não é minha, eu cheguei cansada depois da viajem do Brasil pra cá, mas acho que se eu me arrumar com pressa, consigo pegar o trem, rapidamente coloco minhas roupas na mala, visto calças pretas, um casaco e botas pretas, pego meu malão, vassoura e coruja e vou para a estação pegar o trem.

Ainda bem que eu achei uma cabine vazia, não estou afim de ficar perto de ninguém... Eu realmente estou muito cansada, então tiro uma soneca no caminho. Acordo com o barulho de uma pessoa entrando dentro da cabine, abro meus olhos e era Cedrico

- CEDRICO -- Eu grito animada e me levanto para dar um abraço nele, que estava de pé
- Lya? -- Diz Cedrico assustado, ele fecha a porta e começa a gritar
- COMO VOCÊ PODE? EU PENSEI QUE VOCÊ TAVA MORTA... Você tem idéia do quanto que eu sofri por sua causa? POR QUE NÃO ESCREVEU? POR QUE NÃO AVISOU QUE ESTAVA BEM?
- Sabe quantas noites eu passei em claro esperando uma carta sua? -- Cedrico diz com os olhos cheios de lágrimas o que me faz chorar também e meus cabelos ficam totalmente pretos
- Sabe quantas vezes eu chorei por que achei que perdi você? Você era minha melhor amiga -- Eu interrompo
- PARA, PARA COM ISSO, você acha que eu não sofri? Acha que eu não fiquei triste com isso?
- Você nem se deu o trabalho de escrever
- PORQUE EU NÃO PODIA, esse tempo todo, a única coisa que eu queria era conversar com você mas eu não tinha condições de fazer isso, tá vendo meu braço? -- Eu subo a manga de meu casaco
- Tá vendo essas cicatrizes? EU NÃO TINHA CONDIÇÃO DE ME ALIMENTAR... E não conseguia escrever... Parei de sentir dor semana passada -- Um silêncio toma conta da cabine e eu me aproximo e abraço ele levanto meu rosto e digo
- Senti tanto sua falta -- Cedrico envolve seus braços sobre meu corpo e meus cabelos ficam amarelos e começamos a chorar de felicidade
- Não acredito que eu tô vendo você de novo -- Eu limpo a lágrima de seu rosto
- Eu também não -- Nós dois sorrimos

Chegamos na escola, organizei minhas coisas e fui para o Salão Principal, estou morrendo de fome, Cedrico me dá  mais um abraço e vai para sua mesa, eu vou para a minha e sinto olhares em minha direção, me sento em um lugar vazio, tinham dois garotos ruivos a minha frente, um garoto ao lado engasga com algo que bebia na hora, o que me faz olhar pra ele. Era Oliver Wood

- Lya? É você mesma? -- Ele diz assustado
- Não achou que fosse se livrar de mim assim tão fácil, não é?
- V-você não tava morta? -- Um dos gêmeos interrompe
- Que isso Oliver -- e ri logo em seguida
- Bom, aqui estou eu, na sua frente... Não pensei que se preocupava comigo assim
- Não me preocupo, agora ver uma pessoa que eu pensava estar morta é no mínimo estranho -- Diz em tom de Deboche e eu reviro os olhos

Não suporto esse menino, sempre foi metido, principalmente quando conseguiu a vaga de goleiro no meu lugar, ele fazia questão de esfregar na minha cara, nunca gostei dele. O outro gêmeo se posiciona

- Gente... Que tipo de assunto é esse? -- Wood responde
- Essa daqui ia voltar pra escola ano passado mas sumiu sem deixar rastros -- Diz ele sem tirar os olhos da comida, os gêmeos falam ao mesmo tempo
- Qual o seu nome?
- Por que seus cabelos são dessa cor? -- Eu olho pros dois, aponto pra um e respondo sua pergunta
- Lya, prazer -- Ele estende sua mão e eu aperto ela
- Sou Fred -- Aponto para o outro e o respondo
- Sou uma metamorfomaga
- O que é isso? -- O garoto fraze a testa
- Posso me transformar em qualquer animal, meu cabelo muda de acordo com meus sentimentos e eu posso transformar partes isoladas do meu corpo também
- Que legal, se transforma em algum animal... Um leão -- Eu me levanto e me transformo num Leão, dô um rujido e todos a minha volta olham pra mim, me levanto e volto a minha forma normal
- Uau... Gostei de você-- Ele estende sua mão
- Sou George Weasley -- E eu a aperto, George olha para Wood e diz em tom de brincadeira
- E você... Isso é jeito de receber uma amiga -- Eu e ele falamos ao mesmo tempo
- Não somos amigos

Continuamos a conversar e caramba esses gêmeos são muito divertidos

Yawara | Oliver WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora