"É assim que funciona no amor: dois destinos nada mais são do que veredas confusas que se abraçam!"
- Reinaldo Ribeiro.
21 de agosto de 2000 - Reino de Genóvia.
- Você nunca irá me pegar, boboca!
Stéfani gritava enquanto corria do seu irmão.
- Você vai ver, eu sou mais rápido.
Seguia em disparada atrás da princesa como se sua vida dependesse daquilo. Stéfani correu o mais rápido que pôde sentindo suas pernas começarem a doer.
Olhou para trás e viu que o irmão a alcança aos poucos.
- Droga!
Resmungou só sentir a mão de Kleber em seu ombro.
- Agora tá com você. - sentou no chão. - Cansei de brincar de pega-pega, irmã.
- Eu também. - colocou as mãos no joelhos e começou a respirar fundo para controlar a adrenalina no corpo. - Vamos pra casa da árvore? Tá escurecendo.
- Podemos dormir lá.
- Se a mamãe não nos achar, eu apoio.
- Qualquer coisa a ideai foi sua, eles não brigam com a primogênita.
Revirou os olhos e viu a irmã rir daquilo. Os dois caminharam esperaram a respiração regularizar e caminharam até a escadinha que dava na casa da árvore.
Aquele lugar foi dado como presente de natal dos pais para eles. A casa mediana e na cor amarela, cor favorita dos irmãos. Havia uma abertura enorme que dava a vista inteira da cidade por trás das muralhas. Os dois escolheram a maior árvore do castelo justamente pela vista privilegiada.
- Eu estou realmente cansado! Eu nem suei muito, isso que é bizarro.
Passou a mão na testa seca.
- Não brincamos tanto hoje, até porque a aula da senhorita Josi foi um saco.
- Odeio aulas de inglês. Por que temos que aprender outra língua? Se nosso país fala português temos que aprender apenas isso.
Stéfani gargalhou da cara emburrada que o príncipe fez.
- Eu concordo. - se sentaram no chão pegando um coberto para se cobrir. Stéfani jogou em volta de suas costas e esperaram começar o pôr-do-sol. - mas pensa comigo, se quisermos viajar para países que falam outras línguas como iremos pedir as coisas para eles?
- Mímica? - riram. - Ou podemos levar um tradutor, somos príncipes podemos fazer isso.
Stéfani gargalhou novamente começando a empurrar Kleber com seu ombro e sentiu o mesmo devolver o ato. Ambos riam sem parar.
- Tenho apenas seis anos e você oito, mais lá pra frente pensamos em estudar outras línguas, a única língua que me interessa agora é a nossa nativa. Somos muito novos pra saber "inglês", malmente sei português. Darei essa ideia ao papai: "Fim das aulas de língua estrangeira". Que tal?
- Você está é louco! Sabe o que papai dirá: "Isso não é um comportamento de um príncipe, conhecimento sempre é uma benção".
- Senti a voz dele. Me arrepiei olha.
Mostrou o braço e começou a se tremer causando risadas da irmã. Stéfani sabia que era muito fácil se divertir com o irmão, por conta disso eram melhores amigos e inseparáveis.
- Será que as gêmeas estão dormindo?
- Presumo que sim. Elas só comem, choram e dormem.
- Elas são quase você o tempo todo, Kleber.
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A Filha do Rei || Sterella
Fanfiction"Tarde demais a conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-la, amei-a profundamente." - William Shakespeare.