Capítulo 33: Enigmas

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Enquanto isso no torneio mortal a Dharphinier dava uma surra na Laurine e com certa facilidade já que ambas estavam em níveis diferentes assim saiu vitoriosa se classificando para a segunda fase do torneio para a alegria de todos que torcia por ela, seu sonho estava perto e se tornar uma grande governanta no país da Energia seria a realização de uma meta que era do seu pai. Ao sair do combate passando pelo corredor percebeu um anel que estava no chão apanhou ficou a observar como se soubesse a quem pertencia e guardou dentro do seu bolso até que o Xerife apareceu para parabenizar pela vitória, ela então corre o abraçando muito forte e carinhosamente já que ela sentia algo a mais por ele além de admiração. Lá fora dava continuidade ao torneio com a próxima luta então o Bryan olhou em volta percebendo alguma coisa estranha o que despertou a curiosidade da Violet:
- o que foi Bryan? Está serio e calado. Conheço esse jeito de quem está incomodado com alguma coisa.
- Vi, não acha estranho um torneio desse nível ter um armamento tão pesado?
- Como assim? Estou vendo soldados no portão principal e outros perto da arena caso ocorra algum inconveniente. Não acha normal?
- Isso é o que eles querem que pareçam. Andei observando e tem algumas pessoas aqui na arquibancada assistindo que se comunicam com outros a distancia por meio de gesto e tem uma espécie de pulseira no pulso idênticas como se fosse pra reconhecer membros.
Violet após escutar começou a reparar e percebeu que o Bryan tinha razão ficou atenta e perguntou:
- o que você acha que é isso ou o que estão querendo?
- não sei lhe dizer mas, com certeza é algo além da nossa imaginação.
- Pessoal, cadê as outras ? estou com muita fome acho que vou dar uma volta e comprar um lanche.
Disse o Arthur levantando-se.
- Você não vai a lugar nenhum, a Tia Mione mandou todos ficarem aqui e juntos para não ter problemas quando formos voltar.
Respondeu o Bryan de forma seria mais atento a luta que estava começando, a Izabelle logo se levantou acompanhando o Arthur falando:
- eu que não vou ficar aqui esperando ninguém e com fome, a gente volta logo relaxa. Vamos Kelzinha!
- Podem ir Iza, a Mione pediu pra ficar aqui e é o que farei.

- tudo bem então, lhe trago um lanche.
- não obrigarei ninguém a ficar façam o que bem entenderem mais arquem com as consequências depois.
Falou o Bryan firme e serio convicto que suas tias ficariam muito aborrecidas ao saberem que alguém foi contra as ordens delas mesmo assim eles foram, após uns minutos a Manu também resolve sair por estar preocupada com a demora da sua mãe.
- Até tu Manu?
- Sim Bryan, cuida da Kelzinha.
Disse ela saindo e a Kelzinha ficou sem entender o pedido dela. Manu foi em direção ao precipício era ali que ela ia sempre refletir se localizava poucos metros do coliseu só não esperava encontrar o Tito se aproximou falando:
- Não deveria ficar aqui ainda mais sozinho.
- Oi Manu, não tenho medo de ficar sozinho já acostumei com a solidão.
Respondeu ele olhando ela. A Manu logo percebeu que algo estava diferente nele, aquela energia boa e contagiante já não era transmitida muito menos vista.
- Acostumou? Como assim? Você tem sua família, tem a Nina, tem a Iza, tem a mim e outras pessoas e se sente só?
- Isso mesmo sentir. O sentimento não tem nada haver com quantidade mais vale uma pessoa te fazendo se sentir tudo do que um bilhão e você não se sentir nada.
Manu fica sem reação com a resposta dele e baixa o olhar refletindo o que foi dito e toda sua vida e momentos passam em suas memorias de forma discreta corre uma lágrima dos olhos dela que sussurra:
- desculpa... Mais por favor, não faça nada de errado com você, promete?
- eu não faço promessas que sei que não vou cumprir.
Mais uma resposta que a deixou sem saber o que dizer e de forma espontânea ela vai até ele o abraçando forte. Passa alguns minutos e os dois estavam sentados na beira do precipício olhando o sol que estava se pondo Tito já tinha contato tudo o que passou e a decisão da Nina que de certa forma deixou a Manu irada.
- Manu posso  lhe  fazer uma pergunta?
- Sim claro, sempre que quiser.
- Você alguma vez já amou ou teve um amor?
Ela fica pensativa e suspira olhando o Tito que olhava a todo tempo pro mar imenso e profundo.
- Tive sim, mas, não quero falar sobre isso. Por que a pergunta?
Tito levanta-se olhando o mar e suspira:
- Por que quem tiver seu coração e você, terá tudo na vida.
Falou de forma natural virando-se começando a caminhar. Manu ficou sem reação e corada, sua face estava completamente vermelha quando pensou em responder gaguejou.
- Vamos Manu o que houve?
Disse ele esperando ela que se levantou sorrindo sem jeito já que nunca tinha sido cantada na vida sendo uma experiência nova para a mesma:
- nada não, vamos logo encontrar os outros. Durante o caminho todos se encontram no portão principal do coliseu onde a Mione e Ayla ficam aliviadas em ver os dois voltando.
- um homem voltando com uma mulher do mato depois de um tempo, sei não viu Nina melhor ficar de olho no seu boy.
Disse o Arthur sem saber do que estava acontecendo deixando a situação constrangedora para todos. Kelzinha corre o abraçando sorrir olhando todos, nesse momento chega um jipe preto todo equipado e para ao lado deles descendo do carro a Amy que pula nos braços do Tito, o que deixou a Nina irritada.
- Tito a quanto tempo, que saudades como você esta?
- Amy, estou bem e contigo?
- estou muito bem gatinho. Então quais as novidades?
- Olá para todos!
Disse o Joseph e esbarrou na Emanuella que se irritou com ele:
- Qual foi? Esta cego que não me viu aqui?
- Desculpe bela moça, mais literalmente sou cego.
Respondeu o Joseph com naturalidade e simpatia já que estava acostumado a esses tipos de situações. Izabelle sorrio feliz e abraça de forma carinhosa o Joseph acariciando o corpo dele para mais uma especulação do Arthur.
- Eita que parece que vamos ter outro casal.
- Me erra Arthur!
Respondeu a Izabelle abraçada ao Joseph que correspondia e ainda fazia cafuné nela. O Agente Bradley logo desce do carro se apresentando mostrando o distintivo para a surpresa de todos ali presente pois ninguém esperava a agencia em peso muito menos a Amy e o Joseph como integrantes.
- Gostaria de falar com o Tito, quem é?
- Meu Deus o que houve agora? Da ultima vez que alguém da F.I.C. quis falar comigo eu acabei indo a um julgamento. Sou eu mesmo pode falar.
- Gostaria que me acompanhasse não se preocupe não é nada sobre você, estamos investigando um caso de suicídios simultâneos, mas, tem um velho mago em prisão na cidade Titan nos país do Fogo que por algum motivo cita seu nome alegando querer te ver, pode nos acompanhar para tentar resolver esse mistério?
Tito então olha para a Ayla e a Mione que confirma com a cabeça o deixando ir, Amy logo o abraça feliz por estar ao lado dele novamente. Nesse momento Nina começa a caminhar em direção ao jipe.
- onde você está indo mocinha?
Disse a Ayla e a sua filha entra dentro esperando os outros respondendo:
- vou com eles, por quê ?
- Negativo.  Vem cá senhorita.
Falou a Ayla se dirigindo até sua filha a segurando pelo braço a mesma faz força evitando descer do carro por esta com ciúmes em deixar o Tito ir com a Amy em uma missão. Sua mãe então a solta voltando para onde estava a Mione falando:
- Mana, faça as honras.
Mione suspira ativa seus olhos estica a mão apontando os dedos em direção a Nina em forma de arma e da um tiro nela fazendo-a desaparecer para  surpresa de todos.
- Mais o que aconteceu? Indagou o Tito preocupado com ela.
- Dentro do nosso clã existem dez códigos de ética e conduta, para a formação de guerreiros do bem e impedir que o poder dos olhos sejam usados para o mau. A Nina infligiu o primeiro de todos: Honrar pai e mãe acima de tudo, jamais desobedecer. Como punição a mestre dela escolhe como ela deve pagar no caso a minha mãe puniu a Nina.
Explicou a Emanuella olhando para o Tito pedindo que se acalme que ficaria tudo bem, o Bryan logo completou a falando:
- Por isso no clã do Amargedon, nunca os pais treinaram os filhos pois na hora das punições podem pegar leve ou até evitar castiga-los deixando todos mimados e sem conduta.
- Nossa que legal isso. Admirou-se a Kelzinha.
- Entendi o que aconteceu, mas onde foi ela?
Indagou-o ainda preocupado com ela. Era inevitável não perceber que o Tito amava a Nina e a Manu o olhou suspirando:
- a Mamãe tem uma técnica especial desenvolvida por ela denominada por Quarto Branco. É uma dimensão paralela a essa realidade lá a mãe decide como ela sofrerá ou pagará, claro nada que a mate. Essa técnica ficou marcada por sempre te trazer a realidade seus maiores medos e pesadelos, sempre fui punida desde os cinco anos nessa técnica da mãe tanto que hoje só em ouvir o nome já me arrepio.
Tito ficou abismado ao ouvir tudo aquilo olhou para Mione que confirmou tudo com a cabeça respondendo:
- Os códigos de conduta do clã é algo serio da nossa família.
- Manu e Kelzinha vão juntos com o Tito e o Agente Bradley, os outros voltaram comigo para casa.
- Como assim Ayla? a equipe é comigo e não com a Emanuella!
Questionou a Izabelle. Nesse momento a Ayla olhou ela e simplesmente ficou calada e os outros se dirigiram ao jipe e logo o agente Bradley acelerou o carro em alta velocidade indo para o país do Fogo.
- por que me tirou da equipe?
Questionou a Izabelle apertando os punhos de raiva olhando para a Ayla que responde:
- se você fosse com eles estaria regredindo, tem um potencial muito grande e quero que progrida. Ensinarei uma técnica especial e perigoso chamada de eclipse  acredito quer seja capaz de fazer ela.
- Não posso deixar você fazer isso mana, seria um suicídio para a Izabelle!
Questionou a Mione preocupada e olha para a irmã que sorrir confiante. A Izabelle logo acompanha todos, ansiosa para descobrir o que seria a nova técnica que aprenderia. Com  tudo isso no país da Água as empresas do Peury e a Bruna Erika estava se expandido tornando-se o shopping mais completo da nação onde a fama começou a passar as fronteiras chegando em outros territórios.
- vamos nesse novo shopping que inaugurou recentemente estou curiosa para conhecer!
- Sophia temos que chegar em casa logo ainda vou arrumar as coisas! E outra coisa, percebi lá no mercado que você agiu estranho o que aconteceu?
Perguntou a Anna olhando para a sua filha que ficou seria por alguns minutos e respondeu:
- tinha um homem nos espionando lá no mercado, não sei por que ou se era apenas impressão minha.
- que homem filha? Como ele era?
- estava todo de preto papai parecia um segurança mais a moça falou que lá não tinha.
A família entra no shopping a Sophia fica encantada, era a primeira vez que ela via uma loja tão grande e ter de tudo em nenhum lugar do mundo tem esse tipo de empresa.
- muito interessante a ideia de uma grande loja ter varias outras lojas dentro vendendo todo tipo de mercadoria tem tudo pra ser uma revolução e desenvolvimento para o país.
Todos olhavam encantadas e muitas outras pessoas comprando e admiradas com aquela nova invenção, o Peury e a Bruna Erika inventarão o Shopping trazendo a ideia no país da Água revolucionando toda a nação.
- Castiel! Que joias lindas eu quero essa!
- Anna, por favor, vamos para casa, não vamos comprar nada que não precisamos!
- Castiel você não entendeu? Eu quero essa joia!
Castiel suspira olhando sua esposa falando e por um momento olha para a vitrine de joias perdido em pensamentos nem ouvia o que a Anna estava dizendo, então sussurra:
- não pode ser... Moça vem aqui essa pedra aqui está de quanto?
Perguntou o Castiel apontando para uma pedra verde esmeralda lisa mais parecia um olho de algum animal selvagem. A Anna olhou e se irrita ao sabe que não era a joia que ela tanto queria e fala:
- Castiel você escutou o que falei?
- Olá pessoal, bom essa pedra é uma antiguidade valiosa e esta avaliada em meio milhão de yons.
Respondeu a Bruna Erika. Ao olhar para ela a Sophia se arrepia totalmente e se afasta a Anna fica olhando espantada com o valor da tal pedra, Castiel olha atentamente e fala:
- vou levar essa. Pode embrulhar!
Falou ele serio enquanto a Anna começou a xingar mais percebeu que não adiantava pois seu marido estava convicto ela então suspira o olhando fala:
- em casa Castiel, a gente conversa.
Retirou-se dali. A tal pedra era do tamanho de um brigadeiro esverdeada igual esmeralda, o Yon é a moeda de riqueza do país da Água cada nação tinha uma moeda conforme a sua economia denominada em escala. O Yon é três vezes mais caro que o real, Castiel então estava pagando um milhão e meio de reais.
- O que houve meu bebê?
- Nada não mãe só senti uma coisa ruim naquela moça uma energia negra, não sei lhe explicar.
- Não foi impressão não?
Perguntou a Anna olhando a Bruna Erika sorridente atendendo o Castiel que logo volta até elas.
- vamos pra casa?
A Anna então faz bico aborrecida sem responder sai andando na frente e o Castiel logo vem atrás junto com a Sophia. Horas depois o Agente Bradley chegou à prisão de segurança máxima da cidade Titan após se apresentar entrou e junto dos outros estava indo em direção a sela do tal mago.
- Bradley, o que realmente faz a F.I.C. ?
Perguntou a Emanuella curiosa, o que deixou Tito também na expectativa da resposta, Joseph e Amy engoliram secos enquanto só ouvia-se os passos deles dentro daqueles corredores que mais parecia um labirinto permaneceu o silencio, mas ninguém respondeu a pergunta.
- Senhor Ceifador queremos conversar um pouco com você !
Disse o agente Bradley. O velho se encontrava em uma camisa de força ofegava a todo tempo falava baixinho sozinho, imediatamente a Emanuella, Amy e Joseph duvidaram de que conseguiram alguma coisa ali devido as condições que o presidiário se encontrava. Tito percebeu os desenhos nas paredes e começou a se perguntar como o velho desenhou se seus braços estavam dentro da camisa de força, em um dos desenhos ele deduziu que alguma entidade estava julgando a humanidade tirando as energias delas, cada rabisco dava para interpretar algo diferente.
- Eu sabia que viria...
Disse o condenado virando-se com um olhar estranho e babando fazendo todos dar passos para trás.
- oi eu me chamo Cassio...
- é senhor, precisamos que responda algumas perguntas... sobre uma onda de suicídios que esta acontecendo na cidade Nuclear que por algum motivo foi prevista por você em seus desenhos.
Disse o Bradley se aproximando da cela olhando a situação do preso.
- é uma dor que sempre cresce e também permanece não importa o passar do tempo, nada muda ou melhora te sufocando aos poucos por dentro...
Sussurrou o velho dando um sorriso um pouco macabro o que começou a assustar todos, a Emanuella logo sorrir balançando a cabeça como se não se acredita naquilo ou simplesmente debochava do que foi dito. Cassio então se joga na cela olhando eles com um olhar psicopata todos recuou, ele então falou:
- então eu sou sinistro? Só por que eu não sou do seu mundinho?  Não sabia que sentimentos é a porta da insanidade? Experimenta perder tudo ao ponto de se sentir vazio...
As meninas ficaram apavoradas e com dó daquele homem que estava em seus últimos dias de vida a julgar sua aparência. O Agente Bradley entrou na cela segurou o condenado pressionando contra as grades falando firme:
- Escuta aqui, não temos tempo para seus enigmas precisamos de respostas concretas e para isso tenho ordens de arrancá-las de você da forma que for!
- sempre sorrindo, o choro engolindo, por que sei que nada é pra sempre tudo tem fim. Nem eu sei descrever o que sinto mais sei que os sentimentos só vêm para nos destruir...
O agente então se aborrece e do derruba com um soco na boca fazendo-o cuspir sangue, nesse momento o Tito fechou os olhos para não ver a cena seu coração começou a acelerar, as veias pareciam que ele se encontrava em uma situação de perigo ou algo ruim estava para acontecer. O velho começou a dar uma risada macabra enquanto se engasgava com o próprio sangue, o Tito logo entra na cela o levanta do chão fazendo o sangue sair.
- Tito saia daqui, sou seu superior nessa equipe essa é minha maneira de resolver as coisas.
- esta conseguindo alguma coisa com isso além de sujar suas mãos de sangue?
Bradley ficou em silêncio enquanto o Cassio tossia sangrando muito e falou:
- vocês me julgam e machucam por que não acreditam nas dores que vivo a sentir, nesse caso o problema metal esta em vocês e não em mim.
O silencio continuou enquanto só as tosse do velho tomava conta do ambiente, Tito então suspira dizendo:
- não é a mim que ele queria ver? Deixe-me as sós com ele que resolvo você está muito nervoso agente.
Bradley suspira se acalmando pegou o Tito pelo braço saindo da cela e trancando o velho lá dentro logo fala:
- Converse com ele daqui de fora para sua segurança, estarei esperando no portão a seguir. Agentes venham comigo deixe eles ai conversando.
Ao ouvir isso a Amy e o Joseph o acompanham deixando a Manu e o Tito para conversar com o velho mago que ainda sangrava como se estivesse com alguma hemorragia.
- pode falar o que sabe sobre o que o agente lhe perguntou, salvei sua vida.
Disse o Tito olhando o velho que nada respondeu. A Emanuella começou a prestar atenção nos desenhos da parede no qual dava pra ver um coração como se fosse pulsando e em seguida o coração parado tinha um numero do lado desses desenhos, setecentos e cinco.
- estou tão perdido ao ponto de não ligar pra mais nada, visto pelo mundo como um louco e até um psicopata. A minha mente esta uma loucura que em momento algum me deixa quieto, eu agora te faço uma pergunta: será que algo pode ser eterno?
Emanuella se admira com a linha de raciocínio confusa do velho, porém sempre fazia sentindo ainda mais o fato dele parecer estar rimando e volta a tentar decifrar os desenhos na cela.
- pelo visto vai ser difícil você falar alguma coisa, então vamos nos retirar daqui!
Disse o Tito e virou-se andando até que o velho deu uma risada macabra fazendo parar e a Manu o olhar.
- sou só eu? Ou você também não acredita mais nos outros? por que no fundo você sabe que vai ser magoado por todos...
Tito fecha os olhos lembrando-se da Nina e do que estava passando naquele momento, já a Emanuella suspirou lembrando-se do seu pai e de sua família olhou o velho e sussurrou:
- por favor, para de falar essas coisas...
- a pior parte em ter um problema mental é que ninguém leva a serio algo que nunca desaparece, que com o tempo só cresce. Sabe o que permanece quando você esta prestes a fazer o mau contra si mesmo e pensa se vale a pena? Não, você não passa no teste! O mundo sempre me tratou como lixo,  me fez questionar o por que que eu vivo, tudo pode ser escondido com um sorriso, culpa dos outros matei meus sentimentos pra ficar sozinho!
Falou o velho entre cuspidas de sangue. Realmente o soco do agente Bradley foi forte devido a fragilidade daquele o Tito suspira sussurra:
- Vamos Manu eu não aguento mais ficar aqui ouvindo essas coisas, não tenho psicológico para isso não.
Ela olhando os desenhos analisando conseguiu associar o número setecentos e cinco com as horas devidos ter um símbolo que parecia ser um relógio. Olhou para o relógio da cela o único objeto ali dentro e pensou:
- Sete e três? Esse relógio está muito adiantado... Mais se realmente for horas, seria setecentos e três, ou seja, daqui a dois minutos alguém vai morrer.
Ela vira-se olhando para o Tito e responde um pouco apavorada:
- vamos sim, não quero ficar mais nenhum minuto aqui.
- eu sei que sou um fracasso, mais antes eu quero que me diga se na ultima vez que suspirar valeu a pena toda a sua vida?
Disse o velho deu uma risada maligna muito forte como se fosse um psicopata enquanto seus olhos iam fechando e o sangramento não estancava Tito se retirou primeiro com aquilo na cabeça, qual era o valor da sua vida? Emanuella voltou passos atrás para ver se sua dedução estava correta o relógio já estava perto de marcar sete e cinco faltando apenas vinte segundos, o velho entre sangue e lágrimas sussurrou o que parecia ser a coisa mais consciente que ele disse de tudo ali.
- Vou te fazer uma charada, o próximo suicídio vai fazer qual vitima? Não precisa nem pensar... O solitário que todo dia sorria.
-Tito...
Sussurrou a Emanuella vendo ele se esforçar pra mostrar com a cabeça que era a pessoa que saiu da sala antes dela.
- Por favor, me diz como? Por quê? Quando?
O relógio marcou exatos sete e cinco.  o velho teve um ataque cardíaco fazendo morrer ali mesmo para o desespero da Emanuella que chamava os outros para ver a situação do velho. Enquanto isso longe dali, a Nina se encontrava exausta, o quarto branco exigia  um esforço muito grande  a Mione decidiu que ela enfrentaria um dos medos, o de afogamentos.
- Mãe me desculpa. Tia Mione, por favor, eu não aguento mais....
Sussurrou ela vendo novamente aparecer canos nos quatro cantos do quarto jorrando água dentro fazendo subir o nível.
- Já me fez andar por três dias pelo vale da penitencia estou destruída...
Falou ela fraca sentindo a água já na altura do pescoço começa a nadar flutuando enquanto o nível subia. A Nina mergulha procurando alguma saída ou passagem pra se livrar daquela dimensão sentiu-se sufocada voltando pra superfície e surpreendeu-se batendo a cabeça no teto.
- Não é possível...
Sussurrou ela colocando o nariz no teto na tentativa desesperada de conseguir oxigênio enquanto se debatia aflita e agoniada. A agua fecha totalmente contra o teto a deixando totalmente submersa viu que não conseguiria sair mais mesmo assim continuou a nadar talvez uma saída, uma luz qualquer coisa.  Nina inspira engolindo água e aos poucos fecha os olhos enquanto a água enche seus pulmões deixando seu corpo frio fazendo afundar fechou os olhos aos poucos morrendo, ela então sentiu seu corpo tocar no fundo e no subconsciente uma voz a chamava, sentindo um peso muito grande no seu peito e logo acordou desse terrível pesadelo aflita olhou a Mione e Ayla sentadas no sofá.
- Foi só um pesadelo?
- Não, você estava em outra dimensão sobre o meu controle.
Respondeu a Mione. A Nina então se levanta indo até a Ayla e se ajoelha falando:
- Sua benção minha mãe? Desculpa por não honrar sua ordem.
- Deus lhe abençoe minha filha, esta desculpada.
As duas então se abraçam como forma de conciliação. No quintal a Izabelle treinava cegamente e focada sem medir esforços.
- por que não descansa um pouco? Desde que chegamos você está treinando!
Disse a Kelzinha preocupada com sua amiga e companheira de equipe que responde ofegante:
- alguma coisa ruim vai acontecer Kel, esta com um mês que eu conversei com minha família todos sumiram é estranho por que o papai já deveria ter voltado para treinar a gente.
- realmente é muito estranho isso, vamos torcer que esteja tudo bem com todos!
Izabelle se encontrava de costas para Kelzinha e voltou a dar socos nas paredes de concretos enquanto seus punhos começavam a sangrar chegando ao extremo até se ajoelhar de exaustão. Sua companheira correu até ela se agachando e sem medir esforços já foi pegando curativos enfaixando as mãos da Izabelle e os arranhões se curaram.
- Você sempre tão atenta a ajudar todo mundo Kelzinha, acho isso lindo. Sua paciência não importa quem seja você sempre vai ajudar.
Kelzinha sorrir sincera e meiga agradecida pelos elogios da sua amiga de equipe, vindo dela significava muito já que a Izabelle se mostrava fria e grossa.
- nunca te perguntei sobre sua vida, quero lhe ouvir agora me conte sobre você...
Kelzinha sorri alegremente parecia se sentir bem pelo fato de alguém querer lhe ouvir e fala:
- Ah nem sei o que falar, eu não tenho pais... Bom, quer dizer, eu sou órfã. Cresci em um orfanato no país do Ar. Uma senhora cuidava de todas as crianças mais ela tinha um carinho especial por mim para que não ficasse desamparada sabe? Por que as outras funcionárias me desprezavam, pois eu nasci...
Ela suspira com um olhar triste olhando para o chão mais o sorriso não sai do seu rosto embora fraco:
- de um estupro... A minha mãe foi estuprada e morreu no meu parto. Meu pai...
- Pai? Não! Isso é um monstro! Que ódio que estou desse cara. Como você tem coragem de chama-lo de pai?
Falou a Izabelle irritada deu um soco no chão. Logo se sentou junto da Kelzinha que ficou pensativa com a argumentação da sua amiga e responde:
- por que ele é a única figura que tenho masculino, infelizmente uma figura pra não se seguir. E é muito boa a sensação de falar “pai”. Enfim, ele foi pego, porém o sistema judicial da época foi tomado por facções e soltaram-no, me revoltei mais deixei pra lá acredito muito nas leis do universo. Duas semanas depois ele foi assassinado em uma briga de gangues. Pelo menos foi o que me contaram...
- Poxa Kelzinha, desculpa te fazer entrar em um assunto tão delicado não era a minha intenção.
- tudo bem, não tem problema.
Respondeu ela com um belo sorriso terminando alguns curativos.
- Mais que bom que foi criado com uma pessoa bondosa igual a senhora do orfanato não é?
- Sim, mais ela morreu quando eu tinha seis anos de idade e orfanato fechou. Junto com as outras crianças que não tiveram a felicidade de ser adotado eu fui atrás de comida e mantimentos para nos mantermos. Liderei e cuidei de todos, erámos oito no total, conseguir cuidar e criar todos e hoje não sei de alguns e os que me veem fingem quem não conhecem por que estão com uma vida melhor e tem vergonha do passado.
- existe muitas pessoas ingratas na vida Kelzinha mais te garanto uma coisa, nossa equipe não seria nada sem você somos muito gratos por te ter com a gente. Apesar de tudo isso que passou sempre esta com um sorriso belo no rosto e disponível a ajudar isso é motivador, sirva de exemplo pra todos nós.
- Comparado a todos da equipe, sou uma insignificante Iza.
- Se falar isso de novo meto a mão em sua cara! Por que está dizendo isso?
Kelzinha apenas sorrir com o modo da Izabelle de se expressar e resolver as coisas e responde sensata:
- você tem uma aura de uma lendária guerreira, o Tito também além de uma possessão demoníaca que aumenta suas capacidades ao extremo, nosso mentor é uma dos membros do quarteto fantástico, mas... Eu?
- você é nosso anjo da guarda, estrategista e cérebro da equipe que se não existisse não seriamos absolutamente nada.
Kelzinha sorrir com elogio da sua amiga e as duas muda de assunto conversando, ela então percebe a Nina saindo de casa e indo para floresta. Logo pediu licença para a Izabelle e discretamente seguiu a Nina preocupada com a companheira do seu amigo de equipe, já que a mesma não sabia que os dois tinham terminado, ao chegar a um local distante dentro da floresta ver a Nina sentada no chão chorando segurando os medalhões como se fosse escondê-los.
- o que aconteceu com você Nina? Por que o choro?
- não é nada Kelzinha, me deixe só. Não me leve a mal, não quero parecer ignorante por que és uma ótima pessoa mais não estou em um dia bom!
- esta com ciúmes por que o Tito foi junto da Amy ou da Emanuella?
- Ciúmes?  De quem? A gente terminou, não temos mais nada. Alias sua chance, sempre percebi um amor imenso seu por ele por que não tenta algo?
- Eles terminaram?...
Sussurrou a Izabelle escutando a conversa um pouco distante para que não fosse notada, a Kelzinha então responde:
- Eu sinto muito por vocês, mas, não deveria estar oferecendo ele assim para outras pessoas. O nome disso é ingratidão, é como se não significasse nada o que vocês viveram.
- o que? Como assim? Não sou ingrata. É que eu só achei que vocês...
- você e todo mundo. Entre a humanidade existe um veneno muito letal que mata qualquer pessoa chamado de: Eu acho. Já escutei muito isso, ando com o Tito e tenho um carinho grande por ele mais nada de desejo sexual, paixão  e um amor que não seja fraterno entende?  Mesmo assim rotulam a gente como casal por que para as pessoas é mais interessante inventar algo sobre você. Mais aposto contigo que o Tito jamais diria para uma pessoa que ela daria certo com você, ele sempre me contou a sua importância e confesso que agora estou muito preocupada com isso.
- Entendi. Você é sempre sábia nas palavras Kelzinha, muito obrigada.
- Converso muito com o Mikelangelo e sempre recebi ótimos conselhos, esse é outro que sinto falta, pois não tenho noticia dele há um mês.
- ele deve está bem. Já eu sei que meu pai não voltará mais, tenho certeza que se ele tivesse aqui tudo seria mais fácil e não me permitiria ser castigada dessa forma.
A Kelzinha sorrir docemente como se quisesse confortar sua amiga e fala contente:
- Sinto muito por você. Mais olha talvez não seja tão ruim assim já que...
- talvez não seja ruim?
Disse a Nina aborrecida cortando a fala da Kelzinha que ficou confusa. A Nina levantou-se entregando os medalhões a Kelzinha de maneira brusca a assustando e falou com um tom de arrogância:
- Você sabe a dor de perder um pai? Sabe o que é ter seu porto seguro perdido? Aposto que você é bem feliz com sua família, és muito feliz! Talvez não seja tão ruim? Pra você! Não tem um poder pra controlar e treinar! Não tem uma essência assassina pra conter! Não vê a família se destruir! Talvez não seja tão ruim? Pra você... Por que eu já estou farta de tudo!
A Kelzinha fica com os olhos cheio de lágrimas segurando os medalhões e sorrir disfarçando responde de um jeito carinhoso:
- ah Nina, eu não sabia dessa responsabilidade toda sua. Eu concordo com você talvez não seja tão ruim para mim que sou feliz...
Nina percebe o tom de voz da sua amiga e vira-se para ela falando desesperada:
- Kelzinha me perdoa, eu não quis me alterar com você ou falar essas coisas, é que minha cabeça esta cheia de problemas ando estressada e tudo...
- tudo bem Nina entendo. Vou para dentro de casa guarda os medalhões qualquer coisa me chama estarei disponível para conversar, se cuide e não faça nada de ruim.
Disse ela saindo em passos lentos enquanto as lágrimas já escorriam pelo rosto. Uma das lágrimas da Kelzinha cai em cima de um dos medalhões que começou a brilhar fraco tanto que não foi percebido, Nina ver sua amiga saindo triste de costas para ela fala arrependida:
- Kelzinha, por favor, não vai embora sem me dizer se perdoa ou não, se esta tudo bem com você!
- esta tudo bem Nina, eu te perdoou...
Falou a Kelzinha parando virou-se olhando sua amiga com o rosto molhado de lágrimas, porém com um sorriso sincero e inocente e completa:
- talvez eu não  esteja tão ruim assim...
- Kelzinha..
Sussurra a Nina triste e ver sua amiga sair correndo para casa. Nesse momento a Izabelle chega falando:
- sabe, eu sempre detestei o clã do Amargedon sabe por quê? Por que sempre achei uma família muito arrogante e orgulhosa. Mais conheci a Mione e a Ayla que são pessoas excepcionais mudei meu ponto de vista, mas, agora cheguei a uma conclusão: é a criação.
- Mais o que?
Surpreendeu-se a Nina virando-se vendo a Izabelle que continuou a falar:
- acho uma maravilha vocês serem criados dentro de regras e punições, acredito que a mães foram criadas assim. Seus olhos podem ser sedentos de sangue mais a sua boca é cheia de arrogância, você fez chorar uma pessoa que nunca fez mal a ninguém, esta sempre disponível para ajudar. Só para você entender, ela deixou tudo que estava fazendo para vir aqui saber como você estava, quando que tu fizeste isso por alguém?
- Quem você pensa que é pra tentar me dar lição de moral?
- cala boca! Cala a droga da sua boca e me escuta que só vou falar uma vez! A Kelzinha pode parecer inocente e muito feliz às vezes talvez você não saiba disso mais, ela cresceu sem pai, na verdade ela nunca conheceu nenhum dos seus pais. Mesmo assim eu nunca a vi chorar, reclamar da vida ou ficar zangada, meu palpite? Ela se cansou disso e percebeu que em vez de parar pra reclamar sorrir e seguir em frente é a formula para mudar a vida. Não entenda “seguir em frente” como não se importar, são coisas diferentes.
- Eu já pedi desculpas para ela, foi um momento de estresse ando mal esses dias.
- Nina, se você pegar um espelho e jogar no chão o que acontece com ele?
- Quebra?
- Isso, depois pede desculpas para ver se ele volta ao normal. Não Nina, nunca mais. Mesmo que você junte todos os pedaços e cole ainda ficarão as rachaduras no espelho. Assim também são os sentimentos das pessoas, você pode no máximo juntar por que nunca mais voltarão ao normal. Só pra constar eu ouvir a conversa de vocês, destruiu o Tito e fez a Kelzinha chorar se acontecer mais alguma coisa com alguém do meu ciclo por sua causa eu arrancarei esse seus olhos com minhas mãos. Passar bem!
Retirou-se a Izabelle enquanto a Nina fecha os punhos de raiva ativando inconscientemente seus olhos onde começou a chorar sangue. Enquanto isso a família Buttovysk chegou em casa onde a Anna começou a falar:
- Castiel como é que você paga quase dois milhões em uma pedra? Esta maluco?
- Maluco estaria se eu não comprasse, essa é a pedra Absinto. Uma relíquia do exercito celestial de Deus tem muitos poderes.
- O que? Serio?
- Que pedra é essa papai?
Perguntou a Sophia.  Antes de ouvir qualquer resposta ela sentiu um tipo de agulhas em seus tornozelos fazendo-a desmaiar, Castiel se aproxima da sua filha e teve seus dois braços perfurados por duas espadas curtas o derrubando no chão em sua volta surge um circulo em símbolo de ritual deixando-o preso naquela gaiola, a pedra cai debaixo do sofá. A Anna se esquiva das outras cinco laminas lançadas mas, uma acertou sua nuca instantaneamente suas asas de anjos queimaram e seus poderes angelicais foram bloqueados. A mesma cai no chão de joelhos e sente uma faca posta em sua garganta fazendo-a levantar o rosto para ver que é, surpreendendo-a:
- Mikelangelo...
- Me perdoa Anna, mais eu amo a minha família. Enquanto isso no shopping do Peury chega uma mulher procurando pela Bruna Erika, uma das atendentes liga para o gabinete da gerencia para certifica se ela estava no momento, a mesma se encontrava e autorizou a mulher a ir a sala. Bruna Erika estava no banheiro retocando a maquiagem e arrumando a mascara facial que cobria o lado do seu rosto queimado nem percebeu quando a tal mulher entrou em sua sala e trancou a porta esperando a mesma.
- Olá cliente, o que deseja comigo temos uma coleção de inverno chegando que vai arrasar!
Dizia a Bruna Erika entrando na sala de olhos fechados, ao abrir e ver quem estava na sala assustou-se batendo em um jarro da mesa o fazendo cair e se quebrar no chão, apavorada ela fala admirada:
- Ellyzabeth?...

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