Robert segurava minha mão enquanto eu tentava parar de tremer, minha bochecha ardia, como se outra facada tivesse a cortado outra vez.
— Muito bem, Jungkook, — Robert aperta minha mão minimamente, um sorriso triste está desenhado em seu rosto. — quer saber o que aconteceu quando apagou?
— Ele já me contou. — Minha voz treme.
— Não, Jungkook, ninguém te contou o que aconteceu. — Robert se afasta minimamente.
Meus olhos são capturados novamente para o fundo da sala, dedos silenciosos forçam o tubo de aquecimento, as mãos pálidas agarram as grades com força. Um barulho mínimo passa pela sala.
— Minha filha queria visitar você. — Volto minha atenção para Robert.
— Sua filha?
— Sim, — Ele sorri. — espero que não fique chateado, mas contei lá em casa sobre você, Robin, minha filha mais nova, gostaria de te conhecer.
— Eu queria ver minha irmã. — Soluço.
O rosto do psiquiatra se torna sombrio.
— Já falamos sobre isso, Jungkook, é impossível. — Pela primeira vez, a voz de Robert treme.
— Se eu vejo ele, por que não posso vê-las também? Por quê? Por quê? POR QUÊ? POR QUÊ?
— Respire, vamos, conte comigo! Um...dois...três, isso...
Fiz como o psiquiatra mandou, fechei meus olhos por longos segundos e contei.
— Eu queria vê-la. - Repito agora mais calmo.
— Jungkook, sua família foi assassinada. Hoje fazem vinte e quatro dias, foram encontrados por um vizinho de vocês, estavam mortos, os corpos haviam sido abertos, balões vazios foram encontrados nos lugares dos órgãos. Ainda estamos procurando o coração da sua irmã, e o pulmão do seu pai... Eu sei que é cruel te dizer isso, mas é por isso que preciso que me ajude a achá-lo.
— Quando você apagou, — Robert continua. — Taehyung ligou a van, os policiais à paisana abriram a porta do veículo ao mesmo tempo que o garoto fugia pelo outro lado. Kim Namjoon foi o que ficou e ligou para a ambulância, enquanto Jung Hoseok correu atrás do seu sequestrador. Infelizmente, para o nosso azar, Taehyung é bom em fugas, e logo foi perdido de vista. Você foi encaminhado ao Seul's hospital, onde foi atendido às pressas. Sua família foi contatada, havia dois dias que te procuravam, sua mãe quase não saiu do seu lado no hospital, mas após ter uma crise alérgica ao purificador de ar da sala, foi encaminhada para casa, de onde deveria se cuidar. Infelizmente, em algum momento, o pior aconteceu, lamento mais uma vez. Tentamos entrar em contato com seus outros parentes, mas nenhum se mostrou disponível para vir cuidar de você, alegando terem medo de acontecer algo semelhante.
As grades foram soltas, uma mão pálida acenou para mim, tinha longos dedos que se moviam silenciosamente, a palma estava suja de poeira, ganhando uma coloração mais escura, quase preta.
— Jungkook, faz ideia para onde Taehyung possa ter ido? — Questionou o psiquiatra.
É só minha imaginação... Estresse pós traumático, estou inventando, aquilo no tubo de aquecimento, todas as visitas no meu quarto... Você imagina isso, você tem medo disso, não é real, nada aqui é...
— Jungkook? — Olho assustado para Robert. — Taehyung não te disse mais nada? Isso foi tudo?
Um balão vermelho sai flutuando de dentro do tubo negro, enchido com gás hélio, ele flutua até ficar imóvel contra o teto.
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𝐛𝐚𝐥𝐥𝐨𝐨𝐧𝐬 | 𝐤𝐭𝐡 + 𝐣𝐣𝐤
FanfictionTaehyung ama balões... Taehyung ama balões... Taehyung ama balões... Taehyung vai fazer Jungkook amar balões... Jungkook odeia balões... Jungkook odeia balões... Jungkook odeia balões... Jungkook precisa contar a história para seu psiquiatra antes q...