•Estagiários•

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— Anda logo Dei, nós vamos nos atrasar no 1° dia. — Konan gritava no pé do meu ouvido.

— Já vou levantar, mulher! — vejo ela saindo do quarto enrolada numa toalha, escovando os dentes.

Hoje é o nosso 1° dia de trabalho no Konoha Hospital Center, e vamos atuar na ala de saúde mental como estagiários, ela como psicóloga e eu como enfermeiro. Terminamos a faculdade há alguns meses e como não temos experiência em nada, lutamos muito pra ter essa oportunidade de poder estagiar no hospital referência em psiquiatria de todo o Japão.

Chegamos na cidade anteontem, e hoje, segunda-feira, vamos nos apresentar lá, juntamente com nosso professor, o médico psiquiatra, Hatake Kakashi, que por sinal, foi o melhor professor que tivemos. Pois apesar de sermos de cursos diferentes, Kakashi deu a mesma disciplina para as duas turmas, disciplina essa que encantou à nós dois, e acabou sendo um gatilho para que quiséssemos seguir essa área de saúde mental.

Passei um tempo no banheiro e mais uma vida me arrumando no quarto, até pegar todas as minhas coisas que eu usaria nesse plantão de hoje, que seria bem curto, pois nós apenas iríamos conhecer toda a ala psiquiátrica do hospital e nossos companheiros de serviço.

— Até que enfim você desceu, seu preguiço. — minha querida amiga de cabelos azuis insultou.

— Tenho que me arrumar bastante para dar uma boa impressão! — brado com um olhar furioso.

— Tá bom então, aluno exemplar. Senta aí e come a torrada. — ela falou tomando seu chá gelado.

— O Sasori me ligou ontem de novo, ele disse que talvez vem visitar a gente nas próximas semanas. — digo mastigando a torrada.

— Nós mal chegamos aqui e ele já está te seguindo? Que mais cara chato!

— Ele não é chato Konan, ele só está com saudades, só isso. E ele também anda muito ocupado.

— Ele e aquelas bonecas possuídas, devia virar ventríloquo!

— Chega, Konan! Eu sei que você não gosta dele, mas ele ainda é meu namorado! — me levanto, indo em direção a geladeira e pegando meu suco de maracujá.

— Bom, acho que devemos seguir. O professor disse pra chegarmos mais cedo hoje. — a azulada disse pegando as chaves de sua moto. Eu queria saber pilotar uma. — Vamos revezar, um dia na minha moto e outro dia no seu carro, de boa?

— Tudo bem, vou pegar meu capacete lá em cima. — digo já subindo as escadas do pequeno apartamento que alugamos. Ele não é muito espaçoso, mas é bem aconchegante.

— "Vamos Dei! Já são 6:22, temos que estar lá antes das 7:00. Você é muito enrolado!" — ela me mandou um áudio, já estava na garagem com a moto ligada.

— "Estou descendo!" — mando uma mensagem digitada porque odeio áudio.

Desci as escadas, passei pela cozinha e saí, trancando a porta. Entrei no elevador e para o meu desprazer, encontro meu vizinho arruaceiro. Esse vagabundo não trabalha e ainda por cima fica o dia inteiro tocando música alta no apartamento dele, que por sinal fica ao lado do meu.

— Oi vizinho! — ele exclama, sabendo que isso me irrita.

— Bom dia. — digo seco.

— Nossa, que animação! Vai trabalhar? — ele perguntou.

— Não, vou girar minha bolsa na esquina! Não está vendo? — mostro minha mochila para ele.

— Ah! Então essa é a sua profissão? Eu sabia! — ele gargalha e eu só não soco a cara dele porque hoje é o meu 1° dia no emprego dos sonhos, e nada vai estragar meu dia.

— Tenha um mau dia! — falo saindo do elevador e andando pela garagem, ele vai de encontro ao seu carro. Eu não gosto de me meter na vida dos outros nem nada, mas para alguém que mora num apartamento desse porte, ter um carro esportivo desses é meio complicado. Além do mais, ele fica saindo com um velhote rico, num digo nada, até porque não é da minha conta. Mas...

— Sobe logo que eu estou animada hoje! — minha amiga fala já tirando a moto da vaga. — Espero que seja um dia bem produtivo pra nós.

— Também espero. — digo subindo na garupa e ela acelera.

Foram mais ou menos 20 minutos de viagem até chegarmos no tão famigerado hospital. E caraca, ele é gigantesco. A fachada é bem moderna, não era o que eu esperava de um hospital do interior, mas visto que é um dos mais famosos do Japão, não me admira que seja tão majestoso.

Konan estacionou sua moto numa vaga e logo na entrada do hospital, observamos nosso professor lendo um livro.

— Bom dia, professor! — Konan fala cheia de entusiasmo na voz.

— Bom dia, crianças. — ele fala meio sem ânimo, como sempre, e insistindo em nos chamar de crianças, sendo que já somos maiores de idade. — Aqui estão os crachás de vocês, por favor não os sumam.

— Tudo bem. — falo pegando o crachá que tem a minha foto e meu nome.

— Estão preparados? Espero que sim, pois depois que pisarem os pés lá dentro, colocarão em cheque se essas são realmente as profissões que querem seguir pelo resto de suas vidas. — dessa vez ele falou em um tom meio sarcástico.

— O senhor só quer botar medo na gente. — minha colega de trabalho cruzou os braços.

— É o que veremos. — ele falou e começou a andar em direção à entrada principal.

Em um ponto ele tinha razão, em todos esses anos de faculdade, eu sempre ouvi dizer que hospital é um lugar onde tudo pode acontecer, e não admite pessoas fracas. Então teremos que nos esforçar muito se quisermos continuar trabalhando aqui.

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Só queria dizer que essa fic está no Spirit tbm e mais adiantada lá kk

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⏰ Last updated: Oct 28, 2020 ⏰

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Reféns da mente (Tobidei)Where stories live. Discover now