Eduarda

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Eduarda vivia em uma das capitais mais belas dos Sete Reinos, a pequena elfa, que nasceu com os cabelos escuros da mãe e a pele clara do pai, ainda pequena já mostrava sinais de um dom avassalador com a magia, com um pouco mais de um ano, quando já falava e andava com certa proeza de tornou aprendiz da Rainha do Sexto, Reino conhecido por sua diversidade de habitantes, elas treinavam todos os dias, Eduarda tinha sede de aprender sobre seu dom, ela era feliz, o orgulho da vida de seus pais, mas tudo durou pouco, com apenas quatro anos a pequena sentiu a dor da perca.
A guerra assolou os Reinos de maneira brutal, mesmo mantendo os exércitos em prontidão ninguém esperava por um ataque com tamanha proporção, as capitais eram superprotegidas e as vilas se tornaram alvos fáceis, mas a mulher que começou tal guerra não estava satisfeita com a destruição de vilas, ela queria o domínio dos Sete Reinos, quando enfim conseguiu chegar até as capitais seus homens saquearam casa por casa, matando, destruindo e tomando para si tudo o que achavam de direito deles, foi questão de tempo para chegarem até a casa da pequena Eduarda.
Eduarda guardou em sua memoria aquele dia que parecia não ter fim, sua mãe tinha os longos cabelos negros trançados, ela segurava com força uma adaga em cada mão, seu pai vestia uma armadura dos soldados elficos e empunhava uma longa espada, os dois estavam em posição de ataque, a menina não entendia o que estava acontecendo mas temia o que estava por vir, ela gritou quando viu a porta de sua casa ser arrancada e dois homens de armaduras negras adentrarem o local, uma briga começou entre os dois homens e seus pais, mesmo sem saber o motivo quis defender sua casa, com força apertou a pedra mágica que ganhará de sua professora, e retirado o poder do pedregulho reluzente fez com que os homens estranhos fossem arremessados em direção às paredes, caindo desacordados, sua mãe a abraçou,  Eduarda pode ver machucados por todo o rosto da mulher e se desesperou, seu choro fez toda casa tremer chamando atenção da mulher que atacava seu Reino e passeava do lado de fora admirando o caos que havia conseguido criar, ela entrou na casa de Eduarda com um homem de quase dois metros e cabelos loiros ao seu lado, ela sorria, e com sorriso aberto deu ordem para que matassem os pais da menina, Eduarda viu seu pai ser lançado para o outro cômodo como se fosse uma de suas bonecas, ouviu sua mãe gritar seu nome e quis correr até ela, mas a mulher que ainda sorria a segurou pelo braço e tomou de suas mãos a pedra da qual retirava sua magia, ela a arrastou para fora de casa enquanto o homem permaneceu lá dentro com sua mãe.
“Me chame de Duquesa” disse a mulher para Eduarda, “sou sua nova Rainha”.
Depois daquele dia, a menina nunca mais viu sua mãe ou pai, cresceu sem praticar seu dom e presa a uma cela que se tornou sua nova casa torcendo pelo dia em que alguém a libertaria das pessoas que tiraram tudo dela.

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