Capítulo 1 - I want your drama, the touch of your hand

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VITÓRIA

Não sei exatamente como tudo começou. Uma droga, uma salada, um feed do Instagram e uma pausa para descansar. O problema foi que nesse micro espaço de tempo, meus olhos viram o que ninguém gostaria de ver.

Eu sei, eu sempre falo que ciúme não é a resposta para nenhum dos nossos problemas amorosos, mas foi inevitável quando vi a bendita foto.

— Que foi, Vi? — Ana sentou-se ao meu lado. — Por que tu tá com essa cara aí de quem viu fantasma?

— Veja com seus próprios olhos.

Apontei o celular para ela, mostrando a seguinte foto:

— Parece que o coração de Vitória Falcão está tomado! — Zombou

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— Parece que o coração de Vitória Falcão está tomado! — Zombou. — O que tem de mais nessa foto? Ela tá com uma amiga, e daí?

Não era só uma amiga. Na verdade, essa menina grudou na Mariana desde que ela voltou à Portugal. Elas vivem postando vídeos cantando juntas desde então. Não me incomodava, mas vê se eu fazia isso? Não fazia.

Flashback

— Mas isso não é resposta! — Maro argumentou. — Eu sempre tenho que vir para o Brasil e tu nem ao menos tenta! O Felipe deixaria, eu sei disto!

Fazia 15 minutos que ela focava num monólogo sobre eu não ir à Portugal. Não era fácil, as coisas estavam correndo mais rápido do que eu esperava. Felipe não nos deixa descansar desde a pandemia, pois ficamos muito tempo paradas, enquanto ela, por outro lado, trabalhava no que podia.

— Mas e minha carreira? — Perguntei. — O Fê não deixa nem a gente parar pra tomar um café, imagina sair do país! Além do mais, eu tô me aventurando a compor, e pra isso, eu preciso estar perto de Ninha. Não posso deixar ela sozinha!

Mariana se sentou ao meu lado, cabisbaixa e com aspecto de quem tinha sido derrotada.

— Você que sabe então. — Deu de ombros. — Já entendi que não significo o mesmo pra ti. Quando o Deco pediu, tu foste de peito aberto! Mas nunca que podes atender a um pedido meu?

Suspirei, cansada daquilo.

— A gente não pode aproveitar o tempinho que a gente ainda tem? — Coloquei uma mecha de seu cabelo, raramente solto, atrás de sua orelha e ela a tirou rapidamente.

— Não, Vitória! Tu sempre evitaste as brigas porque simplesmente não consegue discutir relações! — Falou, possessa. — Se for desta forma, acho melhor prefiro não continuar.

A portuguesa saiu batendo os pés, indo ao seu quarto do hotel e me deixando sozinha a ver navios.

Hoje.

— Vish, então a briga foi feia, hein? — Ana prosseguiu com o assunto quando terminei de contar. — Pena que ela nunca vai saber como é sentir ciúmes.

Bad RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora