Chuviscos

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Não demorou muito para chegarem ao apartamento de Rantaro, ao chegarem, o mesmo convidou Wakiya para entrar.

Ambos tiraram os sapatos e entraram.

Estava escuro, Kiyama então ligou as luzes, revelando a sala de estar e uma parte da cozinha.

— Com licença. — Disse Wakiya olhando em volta ao entrar.

Era um apartamento bem simples, mas parecia aconchegante.

O rapaz continuou olhando em volta em busca dos outros residentes, mas estava tudo muito quieto.

Notando a curiosidade no rosto do outro, Rantaro disse:

— Não há ninguém em casa, meu pai está viajando a trabalho e minha mãe saiu com o meu irmão para visitarem nossa prima, durante o final de semana.

Wakiya soltou um "Oh" silencioso em compreensão.

— Vou pegar uma toalha para você se secar um pouco.

Ao dizer isso ele adentrou um dos cômodos do apartamento e em poucos minutos retornou com uma toalha branca.

Agradecido, o jovem de olhos azuis pegou a toalha e começou a enxugar seus cabelos dourados.

O outro loiro aguardou pacientemente, e assim que o menor terminou de enxugar, ele lhe entregou um telefone fixo.

— Aqui, pode ligar para o seu motorista.

Wakiya pegou o telefone e ficou olhando para as teclas por alguns instantes.

Um pouco incomodo, ele disse:

— E-eu não sei o número do meu motorista.

Confuso, Rantaro inclinou um pouco a cabeça para o lado.

— Como assim? Como você faz quando quer chamá-lo, então?

Wakiya deu de ombros e disse:

— Eu tenho o contato salvo no celular, não preciso ficar decorando números.

Após aquilo, um silêncio dominou a sala. Ambos os garotos ficaram se encarando, Wakiya esperando o mais alto dizer alguma coisa, e Rantaro assimilando o que acabou de ouvir.

— Você só pode estar brincando, certo? — Finalmente Kiyama reagiu. — Como você pretende contata-lo, então??

O outro loiro desviou o olhar e ficou um tempo em silêncio. Enquanto pensava, ele inconscientemente enrolava as pontas úmidas de seus cabelos em seu dedo indicador.

Rantaro ficou olhando aquilo e não pode deixar de pensar que, Wakiya parecia muito fofo quando estava pensativo.

Espera... o que eu estou pensando?! – Ele sacudiu a cabeça na esperança de escapar daquele pensamento. – O Wakiya não pode ser fofo, ele é egoísta. Pessoas egoístas não são nada fofas.

Mesmo pensando dessa forma, ele não pode deixar de observar os movimentos do rapaz a sua frente.

O menor finalmente havia parado de enrolar suas pontas úmidas, e agora estava com os olhos fechados e um dedo indicador na têmpora direita.

Não ficou muito tempo assim, logo ele disse:

— Você tem o número do Hoji no seu celular?

Por um instante a mente do mais alto ficou em branco com a pergunta abrupta, mas logo ele se recompôs e respondeu:

— Acho que sim.

Depois de uma Tempestade vem a Calmaria (Rantaro x Wakiya)Onde histórias criam vida. Descubra agora