Mais um dia chuvoso estava se iniciando em Seul. O tempo desta vez realmente estava terrível. Estava frio. E eu estou aqui, presa em casa.
"Será que é pedir demais que essa droga de chuva pare?"
Estou quase há uma semana dentro de casa e, para variar, estudando; o que me chega a ser um tédio. Resolvi deixar meus livros e cadernos de lado e fui tentar me entreter com meus vídeos na galeria do celular das vezes que saia com Jéssica e seus amigos. Eu ria bastante, mas ficar em casa estava me deixando com raiva. Coloquei uma roupa que pudesse me proteger da chuva e não acabar molhando o meu cabelo - que passei horas hidratando. Desci as escadas de uma forma um pouco afobada, encontrando meus pais na sala. Meu pai estava ao telefone minha mãe ao seu lado.
-Onde pensa que vai, mocinha?- questionou-me mamãe.
- Sair um pouco. Não aguento mais ficar em casa. Está chato.
-Espere, seu pai precisa falar com você. É algo sério.
Virei-me com uma expressão de "eu não quero ficar perto de vocês, então podem ser rápidos, por favor?"
- Querida, está chovendo e você ainda pensa em sair?- perguntou meu pai.
-Não... - sério mesmo que ele me perguntou isso? - coloquei essa roupa para sair voando. Claro que vou sair. Não aguento mais ficar aqui. Qualquer coisa estou na casa da Jéssica.
Quando me virei para sair meu pai pronunciou o nome de uma pessoa que a muito tempo eu não ouvia falar: Cho Kyuhyun. Ele era basicamente meu amigo de infância, mas por alguma razão da qual eu desconheço nos afastamos.
-Cho Kyuhyun precisa do nosso apoio agora.
-O que aconteceu com ele? Ele está bem?- perguntei tentando conter um pouco do meu desespero, eu realmente me preocupava com ele.
-Os pais dele faleceram em um acidente de carro essa madrugada. Parece que o carro capotou e infelizmente eles não resistiram.- respondeu meu pai.
Naquele momento eu me encontrava imóvel e com uma respiração curta. Nunca imaginei que esse seria o destino do Sr. e a Sra. Cho.
-Nós nunca imaginamos que eles morreriam tão cedo.- respondeu minha mãe.
- E o que temos a ver com o falecimento deles?- me perguntei por um segundo o motivo de ter feito uma pergunta como essa.
-Como assim? Vamos ao funeral para dar apoio. Eu não quero saber onde vai passar essa noite mas esteja em casa pela manhã. Iremos visitar Kyuhyun.- ditou meu pai em um tom autoritário.
- Eu não sou mais um bebê, appa. Sei me cuidar e tenho o direito sobre mim mesma. Não preciso que vocês se preocupem comigo. - minha raiva já estava em seu pico - Porque não vão se preocupar com a queridinha da Anne já que gostam tanto dela? Verifiquem se ela se cobriu durante o sono. A noite está fria, ela pode pegar um resfriado.
Já chega, Mary! - Assustei-me - Esse seu ciúmes pela sua irmã já está passando dos limites. Todo dia é a mesma coisa. Chega! Sua mãe e eu criamos vocês duas igualmente. Por que esse rancor todo com ela?!
- Tem certeza de que fizeram bem o trabalho de vocês? Desde pequena ela não poderia nem quebrar uma unha. Fora que se acontecesse algo com essa pirralha a culpa era minha... Era sempre minha - falei para mim mesma essa última parte.Para evitar uma briga maior, decidi sair logo de casa. Não queria ver os olhares de decepção e raiva dos meus pais sobre mim.
Mesmo com a chuva caminharia até a casa de Jéssica, ela morava no mesmo edifício que o namorado dela e seus amigos; contando somente os meninos, eles eram em cinco, mas havia um entre destes que eu não tinha visto ainda, sempre me diziam que ele era muito bonito e também apenas sabia seu nome. Com o fone nos ouvidos sorria de forma boba ao escutar uma das músicas que passava, lembrei-me que da primeira vez que um dos amigos falava sobre Aron estava a escutando, mesmo que fosse em volume baixo.
"Aron é uma boa pessoa, não digo isso pelo fato de ser meu amigo, mas sim por ser verdade. Ele e você ficariam tão bem juntos e creio que não demore muito para ele retornar pra casa."
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No Other
RomanceMary e Anne Price são duas irmãs gêmeas idênticas muito bonitas, mas ao mesmo tempo que elas eram diferentes eram também muito parecidas. No auge de seus 20 anos ainda eram bem arteiras, mas seus pais pensando nos bens para a família resolveram que...